Agência financiada por ONGs dos EUA ataca sites progressistas e é amplificada pelo ICL, de Eduardo Moreira
Investida coincide com escalada de agressões imperialistas ao governo Lula, que é candidato à reeleição em 2026
247 – A Agência Pública, que se apresenta como veículo independente, mas é financiada prioritariamente por fundações internacionais com sede nos Estados Unidos – como a Open Society Foundations, de George Soros, e a Fundação Ford, entre outras – deflagrou recentemente uma campanha de ataques contra sites progressistas brasileiros, acusando-os de participação em uma suposta “farra das bets”. A narrativa busca criminalizar veículos que mantêm contratos publicitários com plataformas de apostas esportivas, ainda que a atividade seja legal e regulada no Brasil.
Essa ofensiva foi amplificada pelo canal ICL Notícias, comandado pelo influenciador Eduardo Moreira, que ajudou a estimular ataques aos portais progressistas. O ICL reproduziu o conteúdo da Pública e usou o espaço para ecoar a acusação contra veículos de comunicação independentes, que cumprem papel fundamental na disputa de narrativas frente ao oligopólio midiático tradicional. A postura do ICL, encampada por seu fundador Eduardo Moreira, causa perplexidade, uma vez que o veículo de comunicação, em tese, se posiciona no campo da esquerda e da defesa da democracia. Confira, abaixo, um trecho:
É importante destacar que o setor de apostas esportivas foi devidamente regulamentado pelo governo brasileiro, com o objetivo central de aumentar a arrecadação pública e dar transparência ao funcionamento das empresas do setor. A regulamentação segue padrões internacionais e permite ao Estado fiscalizar, tributar e estabelecer regras claras. A publicidade, por sua vez, é regulada por entidades como o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e constitui uma das principais fontes de financiamento do jornalismo em todo o mundo – inclusive nos Estados Unidos, de onde vêm os recursos que sustentam iniciativas como a própria Agência Pública.
O ataque coordenado à imprensa progressista ocorre a pouco mais de um ano das eleições presidenciais de 2026, em um contexto em que o governo do presidente Lula enfrenta uma ofensiva internacional sem precedentes. Nesta semana, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas de 50% contra o Brasil, alegando supostas injustiças praticadas contra Jair Bolsonaro. O anúncio veio logo após o sucesso da cúpula do BRICS realizada no Rio de Janeiro – encontro que reforçou o papel do Brasil como liderança do Sul Global e como defensor de uma ordem internacional mais multipolar e soberana.
Nesse cenário, iniciativas que tentam minar a credibilidade da mídia independente e alinhada a um projeto popular de desenvolvimento não podem ser vistas como ações isoladas ou desinteressadas. O financiamento estrangeiro, os ataques seletivos e a sincronia com interesses internacionais revelam uma estratégia mais ampla de desestabilização política.
A Agência Pública, comandada pela jornalista Natália Viana, foi procurada pela reportagem, mas não respondeu aos questionamentos sobre suas fontes de financiamento nem sobre seu modelo de jornalismo. Eduardo Moreira, também procurado, afirmou que não está em campanha contra sites progressistas, disse que se incomoda ao ver propagandas de bets em veículos jornalísticos e declarou não ver contradição no fato de ter quase fechado uma sociedade com o influenciador Felipe Neto, que foi garoto-propaganda de casas de apostas.
Vale lembrar que as propagandas de apostas esportivas estão presentes em praticamente toda a mídia internacional – inclusive em veículos dos Estados Unidos e da Europa – e estampam as camisas de praticamente todos os grandes clubes de futebol, que representam uma das maiores paixões do povo brasileiro.
Apesar de ter uma audiência considerada insignificante na internet, a Agência Pública tem se dedicado a atacar veículos e lideranças da esquerda brasileira com recursos financeiros provenientes de fundações estrangeiras, colocando-se, de forma contraditória, como uma suposta referência de independência editorial – e com viés progressista.
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