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Rui Costa defende exploração na Margem Equatorial: ‘o petróleo brasileiro tem menos emissões’

Na abertura da COP30, ministro da Casa Civil afirma que petróleo brasileiro é essencial para financiar transição energética

Rui Costa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - Durante a abertura da COP30, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), defendeu a continuidade da exploração de petróleo na Margem Equatorial, argumentando que a interrupção da produção aumentaria as emissões de poluentes no país. Segundo ele, o petróleo brasileiro possui menor teor de carbono e, portanto, gera menos impacto ambiental em comparação ao de outros países.

Rui Costa avaliou que não é viável acabar com os combustíveis fósseis “por decreto”, reforçando a necessidade de uma transição energética gradual e planejada. 

“É um problema que tem duas faces. Uma é a produção, a outra é o consumo. Desde que a humanidade é a humanidade, toda vez que o ser humano demanda e consome um produto, ele vai ter alguém disposto a produzir. Então hoje, se o Brasil fizesse por decreto presidencial o fim da produção do petróleo, não significaria que no dia seguinte o Brasil seria um país com menor emissão. Ao contrário, seria um país com muito mais emissão”, explicou.

Rui Costa argumentou ainda que o encerramento das refinarias brasileiras agravaria o quadro ambiental global. “Porque o petróleo brasileiro é um petróleo com menos emissões”, disse. Para ele, os recursos obtidos com a exploração podem ser direcionados a projetos sustentáveis e ao financiamento da transição energética.

“Se a gente quer tirar queima de óleo diesel, que piora a saúde das pessoas, principalmente crianças e idosos nas cidades, se a gente quer tirar essa queima, você tem que financiar ônibus elétrico”, disse.

O ministro também defendeu a importância da realização da COP30 na Amazônia, destacando o papel da região nas soluções climáticas globais. “Se a gente quer defender a floresta, quer defender o meio ambiente, nós precisamos ir lá perto do rio, perto da floresta e perceber como as pessoas vivem para sensibilizar como cuidar daquele local. Nesse contexto, a Amazônia se torna uma referência e importantíssima para soluções para o planeta”, completou.

Ao longo de sua fala, Rui Costa reiterou o apoio ao Fundo de Transição Energética Justa (TFFF) e à integração de políticas ambientais com desenvolvimento econômico, reforçando que a sustentabilidade deve ser construída com base na realidade social e produtiva do país.

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