Petrobras alerta para novo impasse com Ibama na Margem Equatorial
Estatal teme atraso na licença ambiental e corre risco de perder perder contrate de sonda de R$ 4,2 mi por dia
247 - A Petrobras foi surpreendida pelo pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de apresentar novas informações no processo de licenciamento para perfuração na Margem Equatorial. A decisão, anunciada nesta terça-feira (14), ameaça o cronograma da estatal.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a demora pode custar caro. Segundo ela, se a licença não for liberada até 22 de outubro, a empresa terá que contratar uma nova sonda, já que o contrato atual expira nessa data. “Espero que no dia 16 tenhamos autorização para perfuração”, disse Chambriard durante evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de acordo com a agência Reuters.
Sonda rara e custo bilionário
Chambriard destacou a raridade do equipamento já alugado e os custos envolvidos. “A sonda já contratada que está de prontidão é rara no mundo e custa R$ 4,2 milhões por dia”, disse a executiva. A pressão reflete a urgência da estatal em iniciar o projeto, considerado estratégico para abrir uma nova fronteira exploratória no Brasil.
Exigências adicionais do Ibama
O novo parecer técnico do Ibama, anexado ao processo na segunda-feira (13), apontou “pendências e incertezas” nos planos de Emergência Individual e de Proteção à Fauna apresentados pela companhia. Em agosto, a Petrobras realizou um teste de resposta a emergências que recebeu aprovação preliminar do órgão, mas com recomendações de ajustes. A estatal respondeu às exigências em 26 de setembro.
O potencial da Foz do Amazonas
A Margem Equatorial é vista pela indústria como uma das áreas mais promissoras para descoberta de petróleo em larga escala. Para a Petrobras, a região pode representar uma nova fronteira energética para o país. Organizações civis e parte do próprio governo federal, contudo, resistem ao avanço da exploração, citando riscos à fauna, aos ecossistemas marinhos e às comunidades locais.

