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Ibama exige novos dados da Petrobras e marca reunião sobre Margem Equatorial

Órgão ambiental aponta falhas nos planos de emergência e adia decisão sobre exploração na região

Sonda de perfuração ODN II-Margem Equatorial (Foto: Divulgação / Foresea)

247 - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiu solicitar novas informações à Petrobras no processo de licenciamento para perfuração de um poço na Margem Equatorial. A decisão foi tomada após um parecer técnico indicar “pendências e incertezas” em planos de emergência e proteção da fauna apresentados pela estatal.

De acordo com a reportagem da Reuters, a decisão foi tomada após o Ibama avaliar que os documentos apresentados não eram suficientes para garantir a segurança plena das operações. A autarquia sugeriu ainda uma reunião nesta quinta-feira (16) para debater os ajustes.

Testes aprovados, mas com ressalvas

Em agosto, a Petrobras havia realizado um teste de resposta a emergências que recebeu aprovação do Ibama, embora condicionado a correções em pontos específicos. A estatal enviou uma resposta no fim de setembro, mas os técnicos do órgão consideraram que parte das recomendações ainda não foi atendida. Até o momento, segundo a Reuters, a companhia não comentou o novo parecer.

Uma nova fronteira petrolífera em disputa

A Margem Equatorial é considerada estratégica pelo setor de petróleo, que aposta na possibilidade de grandes reservas ainda inexploradas. Para a Petrobras, a abertura dessa frente poderia significar um salto na produção nacional e na ampliação das reservas do país. Contudo, ambientalistas e até setores do próprio governo federal manifestam oposição ao projeto, citando riscos socioambientais em uma região reconhecida por sua biodiversidade única.

Custos já ultrapassam R$ 1 bilhão

Segundo dados divulgados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), desde 2022 a Petrobras já desembolsou mais de R$ 1 bilhão em atividades ligadas ao processo de licenciamento. Os gastos incluem R$ 543 milhões com o aluguel de sonda de perfuração, R$ 327 milhões com embarcações e R$ 142 milhões em serviços aéreos. Apesar do volume de recursos empregados, a empresa segue sem a licença definitiva para iniciar a perfuração.

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