Margem Equatorial é o 'bilhete premiado do Norte para reduzir a pobreza', diz Alexandre Silveira
Leilão da ANP arremata 19 dos 47 blocos da Margem Equatorial, com ágio recorde de 1.216%, e reforça expectativas sobre exploração petrolífera na região
247 - O leilão promovido nesta terça-feira (17) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reacendeu as expectativas em torno da Margem Equatorial como vetor estratégico para o desenvolvimento da Região Norte. Durante o evento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), exaltou o potencial da chama 'Bacia da Foz do Amazonas' e classificou a área como uma oportunidade decisiva para a recomposição das reservas nacionais e a superação da pobreza na região.
Silveira classificou o resultado do certame como uma virada para a economia da Região Norte e destacou o protagonismo do bloco: “o bloco Foz, que deveria ser Margem Equatorial, pois está muito longe do continente, é a grande chance do Brasil de repor as reservas. É o bilhete premiado da Região Norte para reduzir a pobreza. Não podemos continuar a perder oportunidades”.
O ministro também exaltou o interesse internacional no leilão, mencionando a presença de grandes petroleiras estrangeiras: “interesse das norte-americanas, Chevron e Exxon, que já operam na Guiana, demonstra que nosso potencial é gigantesco. Tenho certeza de que o Ibama vai agilizar os licenciamentos lá a partir da autorização da Petrobras”.
Outro ponto enfatizado por Alexandre Silveira foi a participação da estatal chinesa CNPC nos consórcios vencedores. Para ele, isso reforça os vínculos diplomáticos fortalecidos pelo governo Lula: “a participação da chinesa CNPC deixa claro a relevância da segurança energética e como os laços construídos pelo Presidente Lula solidificam a parceria do Sul Global”.
Leilão supera expectativas - No total, 19 dos 47 blocos ofertados na Bacia da Foz do Amazonas foram arrematados, com destaque para o setor SFZA-AP2, onde o ágio ultrapassou os 1.200%. As propostas vencedoras partiram de consórcios formados por ExxonMobil, Petrobras, Chevron e CNPC, com bônus de assinatura que somam R$ 528,56 milhões e previsão de investimento mínimo de R$ 459,35 milhões.
No setor SFZA-AP3, foram adquiridos oito blocos, gerando bônus de R$ 305,19 milhões e ágio de 691,08%, com previsão de investimento de R$ 439,8 milhões. Já no setor SPFZA-AP4, Petrobras e ExxonMobil levaram dois dos três blocos, com bônus de R$ 10,54 milhões e aporte mínimo de R$ 109,88 milhões.
No entanto, não houve ofertas para os blocos da Bacia Potiguar, nem para o setor SFZA-AP1, composto por dois blocos. Na Bacia dos Parecis, apenas um dos 21 blocos foi arrematado, pela empresa Dillianz.
Silveira celebrou os efeitos fiscais do leilão: “o resultado vai nos ajudar na arrecadação, ajudando na melhoria das contas públicas. Quase R$ 1 bilhão que não estava previsto para este ano. Isso auxilia o governo a evitar cortes maiores no orçamento, que trariam impacto para saúde e educação”.
Pelotas e a perspectiva africana para novos avanços - Além da Margem Equatorial, o ministro fez menção à atratividade da região de Pelotas, especialmente após descobertas na Namíbia e África do Sul: “pelotas mostra que segue atrativa em função das descobertas na Namíbia e África do Sul. Precisamos avançar na assinatura das manifestações conjuntas do norte de Pelotas, onde os prospectos são mais atrativos. O Brasil não pode esperar mais”.
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