Em editorial, Global Times explica o que o mundo deve esperar do novo Plano Quinquenal da China
Jornal ligado detalha as diretrizes do 15º Plano Quinquenal, que prioriza modernização, abertura econômica e estabilidade global
247 – O Global Times publicou um editorial nesta sexta-feira (24) detalhando as diretrizes centrais do 15º Plano Quinquenal da China, aprovado na Quarta Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC), em Pequim.
O texto destaca que o plano, que abrange o período de 2026 a 2030, traça um roteiro abrangente para o desenvolvimento econômico e social do país e projeta impactos significativos para a economia mundial, ao reforçar a modernização chinesa e a estabilidade global.
Um plano para uma nova etapa da modernização chinesa
Segundo o comunicado oficial do plenário, o 15º Plano Quinquenal girará em torno da modernização com “reformas abrangentes, desenvolvimento de alta qualidade e abertura institucional”. O editorial do Global Times ressalta que a estratégia reflete a “iniciativa histórica e a determinação firme” do PCC em consolidar o modelo de modernização da China, em meio a um cenário internacional de tensões geopolíticas e baixo dinamismo econômico.
O documento também aponta que a China continuará sendo um pilar de estabilidade para a economia mundial, graças ao seu vasto mercado interno, à cadeia industrial completa e à capacidade contínua de reforma. Essa combinação, segundo o texto, garantirá um “impulso duradouro” para o crescimento global, ao mesmo tempo em que reforça a governança internacional e o progresso civilizacional.
Estabilidade política e consistência estratégica
O Global Times sublinha que a estabilidade política e a consistência estratégica da China servem como um “antídoto contra a ansiedade do desenvolvimento global”. O sistema de planejamento de cinco anos é apontado como um diferencial que permitiu ao país evoluir de uma economia industrial emergente para uma potência tecnológica e de crescimento sustentável.
Durante o 14º Plano Quinquenal (2021–2025), a China manteve uma das maiores contribuições ao crescimento econômico mundial, impulsionada pela resiliência de seu mercado e pela modernização industrial. Para o próximo ciclo, a integração entre manufatura avançada, serviços modernos e economia digital deve sustentar a demanda global por produtos e serviços de qualidade, além de fortalecer as cadeias de suprimento internacionais.
Tecnologia, inovação e cooperação internacional
O novo plano dá ênfase à autossuficiência tecnológica e ao fortalecimento da inovação por meio da cooperação internacional. A meta é consolidar a China como um “estabilizador e motor” do crescimento mundial, ao ampliar a abertura institucional e alinhar suas normas internas aos padrões internacionais de alto nível.
Apesar de pressões externas e do aumento do protecionismo, o país seguirá comprometido com a abertura de mercado e o investimento mútuo, aprofundando a integração produtiva com economias emergentes. A Iniciativa do Cinturão e Rota, destacada no documento, continuará sendo um eixo de cooperação global de alta qualidade.
Multilateralismo e governança global
Diante da ascensão do unilateralismo e da formação de blocos de confronto, o editorial ressalta que o plano quinquenal chinês estende o “espírito de longo prazo” da governança interna para a cooperação internacional. Ao promover o multilateralismo genuíno, a China busca fortalecer um sistema de governança global mais justo e representativo, voltado à maioria dos países.
O texto conclui que a estratégia de desenvolvimento dos próximos cinco anos será sentida em todo o mundo. “As pessoas têm todas as razões para acreditar que, à medida que a força econômica, tecnológica e diplomática da China continuar crescendo, o país seguirá oferecendo confiança, contribuindo com energia e criando oportunidades para o mundo”, observa o editorial.



