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      Em editorial, Global Times defende cooperação entre Estados Unidos e China

      Jornal chinês relembra luta conjunta contra o fascismo e critica distorções históricas que afetam a relação bilateral

      Guerra comercial entre China e Estados Unidos (Foto: llustração Global Times)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Oitenta anos após a vitória da China na Guerra de Resistência do Povo contra a Agressão Japonesa, a lembrança da luta comum entre chineses e americanos permanece viva. Em editorial publicado pelo Global Times (leia aqui), o jornal enfatiza que a relação entre China e Estados Unidos continua sendo uma das mais determinantes do mundo, com impacto direto sobre a estabilidade global.

      O texto ressalta que a paz nunca foi um estado natural, mas uma conquista que precisa ser preservada continuamente. “Jamais esqueceremos os feitos heroicos dos povos chinês e americano lutando ombro a ombro contra o fascismo durante a Guerra Mundial Antifascista”, afirma o editorial. Para o jornal, a memória histórica deve servir de guia para que as duas potências retomem o caminho do respeito mútuo, da coexistência pacífica e da cooperação.

      A memória da luta comum

      O Global Times recorda o papel dos Flying Tigers, pilotos americanos que combateram nos céus chineses contra as forças japonesas, e a coragem de civis chineses que arriscaram suas vidas para salvar soldados abatidos. Também lembra que, nas batalhas travadas em Myanmar, tropas chinesas e norte-americanas lutaram lado a lado, unidas por um objetivo simples: derrotar os agressores para garantir segurança às gerações futuras.

      Segundo o editorial, essa amizade, forjada “em sangue e lágrimas”, representou o alicerce das relações bilaterais da época. Para o jornal, ela não se baseou em slogans, mas em confiança real, devendo ser preservada e recuperada para enfrentar os desafios atuais.

      As sombras do pós-guerra

      Apesar dessa história de cooperação, o texto critica duramente decisões tomadas por Washington após o fim da guerra. O Global Times aponta que os Estados Unidos protegeram criminosos da Unidade 731 — responsáveis por experimentos humanos brutais em território chinês — em troca de informações científicas. Para o jornal, esse episódio mostra como os EUA instrumentalizaram a vitória de guerra para ampliar seus interesses estratégicos, ao mesmo tempo em que o Japão se beneficiou da proteção americana para obscurecer seu papel como agressor.

      Lições para o presente

      O editorial afirma que muitos dos problemas atuais da relação entre China e Estados Unidos derivam de “amnésia histórica” e de “graves erros de cálculo estratégico” por parte de Washington. Ao mesmo tempo, lembra que ambas as sociedades passaram por profundas transformações desde então, mas continuam unidas pelo mesmo desejo de paz e prosperidade.

      “Se os dois países puderam se unir contra o fascismo, certamente podem se reunir hoje para enfrentar os novos desafios”, afirma o texto. Para o Global Times, o maior ensinamento é que a história permanece como o “grande livro didático da humanidade” — e somente ao lê-lo com atenção será possível construir um futuro melhor não apenas para os povos chinês e americano, mas para toda a humanidade.

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