Conselho de Direitos Humanos da ONU aprova resolução proposta pela China sobre direitos econômicos, sociais e culturais
Iniciativa, apoiada por quase 70 países, busca fortalecer o multilateralismo e promover a cooperação internacional em prol da redução das desigualdades
247 – O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou, sem necessidade de votação, um projeto de resolução apresentado pela China voltado à promoção e proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais no contexto do combate às desigualdades globais. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, durante a 60ª sessão do Conselho, realizada em Genebra. A informação foi divulgada pela Global Times, com base em reportagem da CCTV News.
O texto, elaborado pela China em nome de quase 70 países, incluindo Bolívia, Egito, Paquistão e África do Sul, reforça a importância da cooperação multilateral e do diálogo construtivo entre as nações para enfrentar disparidades socioeconômicas e garantir condições dignas de desenvolvimento humano.
Durante a sessão, o embaixador Chen Xu, representante permanente da China junto ao Escritório da ONU em Genebra e outras organizações internacionais na Suíça, destacou que a proposta surge em um momento simbólico: o 80º aniversário da criação das Nações Unidas e os 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. Segundo ele, a iniciativa chinesa busca “aproximar diferenças, construir consensos e promover uma cooperação voltada à ação”.
Chen Xu defendeu o fortalecimento do multilateralismo, o apoio ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e o uso pleno do Centro de Conhecimento sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, criado por meio de uma resolução anterior apresentada pela China. O embaixador afirmou que esse instrumento poderá “oferecer assistência técnica e capacitação a países em desenvolvimento que necessitam de apoio”.
Diversos países em desenvolvimento manifestaram apoio à proposta, afirmando que ela reflete “as reais necessidades das populações” e responde “aos fortes apelos por maior investimento em direitos econômicos, sociais e culturais”. Delegações de várias regiões, inclusive da União Europeia, elogiaram o conteúdo e o espírito de cooperação da resolução.
Após a adoção do texto, diversos países e o próprio Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos felicitaram a missão chinesa, reconhecendo o papel de liderança da China na promoção desses direitos em nível global, segundo noticiou a CCTV News.
