Conferência Mundial de Robótica começa em Pequim com participação recorde da indústria

247 – A Conferência Mundial de Robótica 2025 será aberta em 8 de agosto, em Yizhuang, Pequim, com a maior participação da história. Segundo o jornal Global Times, que noticiou o anúncio feito pelo Instituto Chinês de Eletrônica (CIE), o evento reunirá mais de 200 empresas líderes globais e exibirá 1.500 produtos, consolidando o protagonismo da China na corrida mundial pela robótica e pela inteligência artificial.

Entre os nomes confirmados estão gigantes como ABB, KUKA, Festo, Estun, Unitree Robotics, Galbot e CITIC Heavy Industries, representando um crescimento de 25% em relação ao ano passado. O CIE também informou que mais de 100 novos produtos farão sua estreia, o dobro dos lançamentos de 2024, confirmando a conferência como vitrine para inovações.

O caráter internacional do evento também bate recorde. Vinte e oito organizações estrangeiras apoiam a conferência, que terá 80 convidados internacionais, incluindo representantes de Hong Kong, Macau e Taiwan, além de 300 delegações vindas de países como Singapura, Nepal, Camarões e membros da ASEAN, que apresentarão planos de cooperação em aplicações robóticas.

O grande destaque desta edição será o avanço dos robôs humanoides. Cinquenta fabricantes renomados apresentarão suas soluções em robôs de corpo inteiro, número inédito em feiras do setor. O interesse por essa tecnologia cresce em ritmo acelerado: a China já responde por 84,7% das entregas globais de robôs de serviço comerciais e registrou dois terços das patentes mundiais em robótica em 2024, de acordo com o CIE.

Os números do setor confirmam a liderança chinesa. As vendas de robôs industriais saltaram de 70 mil unidades em 2015 para 302 mil em 2024, garantindo ao país o primeiro lugar mundial por 12 anos consecutivos. A produção de robôs de serviço chegou a 10,52 milhões de unidades em 2024, com alta de 34,3% em relação ao ano anterior, enquanto os robôs industriais atingiram 556 mil unidades em 2023.

Com uma indústria em expansão acelerada, a conferência em Pequim não apenas reforça o protagonismo da China, como também sinaliza uma nova fase de cooperação tecnológica internacional, marcada pela integração de humanoides e soluções inteligentes nas cadeias produtivas globais.