Jeffrey Sachs: Trump acha que pode dar ordens a Lula na internet e que ele tem que obedecer

247 – O economista norte-americano Jeffrey Sachs fez duras críticas à política externa dos Estados Unidos e destacou o protagonismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma liderança capaz de enfrentar a prepotência da Casa Branca. A análise foi apresentada em entrevista publicada no canal de Glenn Diesen no YouTube.

Sachs afirmou que a dominação econômica do Ocidente chegou ao fim e os Estados Unidos não aceitam a nova realidade multipolar. O economista acusou Donald Trump de agir como um imperador que tenta dar ordens ao mundo e denunciou o desprezo das lideranças norte-americanas por acordos multilaterais. “Trump acha que pode postar qualquer coisa em sua rede social e que o mundo inteiro, inclusive o presidente Lula, tem que obedecer”, afirmou Sachs, destacando que Lula é um dos poucos líderes globais a não se curvar às pressões de Washington.

O economista lembrou um episódio recente envolvendo o Brasil, quando Trump, após declarações de Lula contra o imperialismo, decidiu retaliar o país com tarifas. Sachs elogiou a reação firme do presidente brasileiro. “O presidente Lula disse claramente: ‘Nós não queremos um imperador’. E quando Trump retaliou com tarifas de 50% contra o Brasil, Lula respondeu: ‘Temos uma lei de reciprocidade. Vamos retaliar’”, relatou Sachs.

Lula é o símbolo da resistência ao imperialismo

Durante a entrevista, Sachs destacou que o presidente Lula se transformou em uma das principais referências globais na defesa de um mundo multipolar, baseado em soberania, respeito mútuo e cooperação internacional. Para o economista, Lula tem sido a voz mais corajosa a enfrentar a retórica agressiva dos Estados Unidos.

“Grande parte do mundo segue a linha do presidente Lula, embora ele seja praticamente o único com coragem para dizer isso de forma aberta. Ele olha para os Estados Unidos e diz: ‘Nós não aceitamos imposições’”, afirmou Sachs. Segundo ele, líderes como Lula são fundamentais para equilibrar o cenário internacional, que hoje é dominado pela instabilidade criada pelos Estados Unidos.

O economista foi categórico ao apontar a hipocrisia norte-americana: “O documento da cúpula do BRICS não menciona os Estados Unidos nenhuma vez, mas Trump chama o BRICS de antiamericano só porque o grupo defende o multilateralismo, a ONU, a Organização Mundial do Comércio”, denunciou.

Lula enfrenta arrogância histórica dos Estados Unidos

Jeffrey Sachs lembrou que a arrogância do Ocidente não é nova, mas vem de séculos de dominação colonial. No entanto, ele ressaltou que a resistência de países como o Brasil, sob a liderança de Lula, está mudando o equilíbrio de forças global.

“A Casa Branca sempre se comportou como se o mundo tivesse que obedecer. Mas Lula mostra que há líderes com coragem suficiente para dizer não, defender a soberania e exigir respeito ao Brasil e aos países do Sul Global”, disse Sachs.

Para o economista, o avanço do BRICS é uma reação natural ao fracasso do modelo imperialista norte-americano. Sachs frisou que as políticas de Trump, de sanções e tarifas arbitrárias, não intimidam países que construíram liderança política legítima, como o Brasil sob Lula. “Eles pensavam que podiam intimidar todo mundo, mas Lula mostra o contrário”, afirmou.

A entrevista de Jeffrey Sachs é um reconhecimento da postura soberana do presidente Lula diante das pressões e ameaças de Donald Trump e da elite política norte-americana. Lula é exaltado como símbolo de dignidade e resistência em um mundo em transição para uma ordem multipolar. Sachs faz um alerta: enquanto os Estados Unidos insistem em agir como donos do mundo, países como o Brasil mostram que a independência nacional e o respeito ao multilateralismo são valores inegociáveis. Assista: