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      "É impossível Bolsonaro não ser preso", diz Lindbergh

      Deputado federal aponta histórico de violência da extrema-direita brasileira e defende punição rigorosa

      Lindbergh Farias | Jair Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | REUTERS/Bernadett Szabo)

      247 – O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou em entrevista à TV 247 que a prisão de Jair Bolsonaro é inevitável diante das provas robustas obtidas pelas investigações da Polícia Federal. Na conversa, Lindbergh traçou um paralelo entre o bolsonarismo e a longa tradição de práticas violentas da extrema-direita brasileira, que remonta à ditadura militar.

      "Hoje, não existe uma fórmula para livrar Bolsonaro. Esses caras vão pegar 20 anos", disse o parlamentar, citando o parecer de criminalistas experientes. Segundo ele, o trabalho da Polícia Federal foi profundo e reuniu uma quantidade de evidências que torna praticamente impossível a absolvição dos envolvidos nos atos golpistas e violentos recentes.

      Raízes históricas da violência política

      Lindbergh destacou na entrevista que o bolsonarismo não é um fenômeno isolado, mas a continuação de práticas violentas da extrema-direita no Brasil, que ganharam força durante a ditadura militar. Ele relembrou a série de atentados terroristas ocorridos entre 1978 e 1987, incluindo explosões em universidades, sedes de jornais e o caso do Riocentro em 1981.

      "Essa turma, 37 anos depois, é a mesma. É uma turma violenta, com práticas terroristas. Não é de hoje", afirmou o deputado. Ele também mencionou o papel de militares como o general Silvio Frota, opositor da reabertura democrática nos anos 1970, e traçou conexões com figuras atuais que continuam perpetuando essas práticas.

      Atos golpistas e ameaças recentes

      O deputado federal também contextualizou os atos golpistas de 12 de dezembro de 2022, o plano para explodir uma bomba no aeroporto de Brasília e os esquemas para assassinar o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. Para Lindbergh, esses episódios reforçam a necessidade de uma resposta contundente das instituições. "Matar Lula e Alexandre de Moraes, na cabeça do Bolsonaro e dessa turma, não é um fato isolado", disse ele, defendendo um julgamento rigoroso.

      Lindbergh defendeu que o governo federal adote uma postura mais assertiva na promoção de mudanças estruturais nas Forças Armadas, incluindo critérios mais rigorosos para a promoção de militares. "O presidente da República, na hora de nomear um general, deve perguntar: essa pessoa tem convicções democráticas?", questionou.

      Ele também ressaltou que as investigações em curso no Supremo Tribunal Federal e as possíveis condenações de militares pela primeira vez desde a ditadura representam uma oportunidade histórica para o país enfrentar seu passado e fortalecer a democracia.

      "Se a gente não fizer nada, esse pessoal vai voltar e com os mesmos métodos", alertou o deputado, destacando a urgência de medidas concretas para impedir que a extrema-direita retome o poder com práticas violentas.

      A entrevista à TV 247 evidencia a gravidade da situação e reforça a importância de garantir a responsabilização de todos os envolvidos em atos golpistas e atentados à democracia. Para Lindbergh, a punição de Bolsonaro e de seus aliados pode marcar um novo capítulo na história política do Brasil. Assista:

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