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      "Brasil enfrenta os EUA e não baixa a cabeça", diz Jandira Feghali

      Deputada afirma que Lula mantém postura altiva diante de tarifas e ataques do governo Trump e defende reação mais firme do Congresso

      (Foto: Divulgação )
      Dafne Ashton avatar
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      247 - A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou, em entrevista ao programa Boa Noite, da TV 247, que o Brasil tem reagido de forma soberana às recentes medidas e declarações do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump. Segundo ela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “foi muito altivo” nas respostas, mas ainda falta ao Congresso Nacional uma postura mais firme para defender o país.

      Para Jandira, as tarifas impostas por Washington e as críticas a autoridades brasileiras fazem parte de um movimento político e econômico mais amplo, que busca “transformar o Brasil numa colônia política” e enfraquecer sua posição no cenário internacional. “Eu nunca vi uma agressão deste tamanho contra a Constituição, contra o poder da República e contra a economia brasileira”, disse.

      A parlamentar destacou que a ofensiva norte-americana também se insere em um contexto de disputa geopolítica, especialmente com o fortalecimento de blocos como o BRICS e a possibilidade de adoção de moedas alternativas ao dólar. “A questão nacional voltou para o centro da política. A palavra soberania voltou ao vocabulário da sociedade brasileira”, afirmou, defendendo a formação de uma “frente ampla pela democracia e pela soberania”.

      Reação brasileira e instrumentos disponíveis

      Jandira explicou que, além da negociação diplomática, o Brasil já dispõe de mecanismos para responder às tarifas, como a Lei de Reciprocidade aprovada pela Câmara dos Deputados, que autoriza medidas equivalentes contra países que adotem barreiras comerciais. Segundo ela, o governo também avalia recorrer à Justiça norte-americana. “O Lula tem vários instrumentos nessa lei que pode utilizar. Existe a possibilidade de entrar na justiça americana para recorrer das punições que fizeram ao Supremo Tribunal Federal”, observou.

      A deputada ressaltou que, apesar das pressões externas, o Executivo e o STF mantêm posição firme. No entanto, avaliou que o Legislativo ainda não cumpriu seu papel de forma adequada: “O Congresso também precisava reagir como poder de defesa do Brasil, não só aprovando matérias importantes para os setores atingidos, mas tendo uma reação política que ainda não teve”.

      Articulação internacional

      Jandira defendeu o fortalecimento das relações com parlamentares progressistas e democratas nos EUA, no Parlamento Europeu e na América do Sul, retomando contatos estabelecidos durante a CPI do 8 de Janeiro. Segundo ela, é preciso “intensificar as articulações internacionais” para denunciar ações que atentem contra a democracia e a autonomia nacional.

      A parlamentar também apontou a necessidade de mobilização interna. Citou atos realizados e programados por movimentos sociais, como o que ocorrerá na Universidade de São Paulo e outro previsto para o Rio de Janeiro, com foco na defesa da soberania e da democracia brasileiras. Assista: 

       

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