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Trump cogita importar carne da Argentina para conter inflação nos EUA

Medida busca reduzir preços da carne no mercado americano e reforçar apoio político a Javier Milei

Presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Argentina, Javier Milei, se reúnem na Casa Branca (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (19) que considera autorizar a importação de carne bovina da Argentina como estratégia para tentar reduzir os efeitos da inflação no país. A fala foi dada a jornalistas a bordo do Air Force One, durante voo da Flórida para Washington. A informação é da RT.

Segundo Trump, o objetivo imediato é aliviar a pressão sobre os consumidores americanos, já que a carne figura entre os itens que mais pesam no orçamento das famílias. “Podemos comprar carne da Argentina. Se fizermos isso, os preços da carne nos EUA vão cair”, declarou o presidente, em referência ao aumento nos custos provocado pela seca em áreas produtoras e pela redução nas importações do México, onde rebanhos foram atingidos por uma praga.

Inflação

A preocupação de Trump com a escalada da inflação tem sido tema recorrente em seus discursos recentes. O presidente prometeu novas medidas para conter a alta dos preços, que vem afetando diretamente a renda das famílias. A carne, em particular, tornou-se um símbolo do impacto inflacionário no cotidiano americano, agravado por fatores climáticos e sanitários.

Apoio estratégico a Milei

Além da dimensão interna, a proposta também se insere em um movimento de aproximação diplomática com Buenos Aires. O governo dos Estados Unidos está em negociações para liberar um pacote de apoio financeiro de cerca de US$ 20 bilhões em favor da Argentina. A ajuda busca fortalecer o presidente Javier Milei, aliado próximo de Trump, que enfrenta queda de popularidade em meio às dificuldades econômicas do país.

Caso a iniciativa seja implementada, a Casa Branca atenderia a dois objetivos simultâneos: conter a pressão interna sobre os preços da carne e reforçar politicamente Milei, que aposta na parceria com Washington para estabilizar a moeda argentina e atrair novos investimentos.

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