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      Tarifas de Trump geram "profunda preocupação" entre empresas químicas brasileiras

      O setor químico brasileiro é intrinsecamente ligado aos EUA, disse a associação que representa empresas químicas no Brasil em comunicado nesta sexta-feira

      Vista geral de indústrias em Cubatão (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
      Guilherme Paladino avatar
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      SÃO PAULO (Reuters) - A Abiquim, associação que representa empresas químicas no Brasil, onde grandes companhias norte-americanas como ExxonMobil e Dow Chemical operam, expressou "profunda preocupação" em relação a um decreto dos Estados Unidos que eleva tarifas sobre exportações brasileiras para 50%.

      O setor químico brasileiro é intrinsecamente ligado aos EUA, disse a Abiquim em comunicado nesta sexta-feira, descrevendo uma relação marcada por "integração" e "investimentos cruzados".

      "O impacto será expressivo sobre as exportações brasileiras de produtos químicos, comprometendo cadeias produtivas, empregos e investimentos no Brasil e nos EUA", afirmou o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, no comunicado.

      Mais de 20 empresas químicas instaladas no Brasil são de capital norte-americano, segundo a Abiquim.

      Junto com o American Chemistry Council (ACC), a Abiquim disse que apresentou uma declaração conjunta aos governos brasileiro e norte-americano "solicitando ações para evitar danos à integração produtiva e à resiliência das cadeias de suprimento químicas, com foco em medidas de facilitação de comércio e cooperação regulatória".

      O Brasil, que exportou US$2,4 bilhões em produtos químicos para os EUA no ano passado, tem um déficit comercial de quase US$8 bilhões com os EUA nesse setor, segundo os dados comerciais citados pela Abiquim.

      O decreto de 30 de julho do presidente norte-americano, Donald Trump, afeta cerca de US$1,7 bilhão em exportações anuais de produtos químicos brasileiros para os EUA, isentando apenas cinco produtos, que representaram US$697 milhões em vendas para os EUA em 2024.

      Além das exportações diretas, a Abiquim disse que o setor sofrerá ainda mais, já que os produtos químicos têm aplicações em indústrias como alimentos, móveis, têxteis, artigos de couro e borracha, algumas das quais já enfrentam cancelamentos de pedidos dos EUA por conta da nova tarifa.

      Antes da publicação do decreto, a Abiquim havia afirmado na semana passada que o setor já enfrentava cancelamentos de contratos relacionados à ameaça tarifária de Trump.

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