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      Produção nacional de petróleo e gás natural bate marca inédita em julho

      Setor energético registra recorde histórico com mais de 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia, segundo a ANP

      Navio-plataforma (Foto: Divulgação (Petrobras))
      Paulo Emilio avatar
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      247 - A produção brasileira de petróleo e gás natural atingiu em julho de 2025 um patamar inédito, superando pela primeira vez a marca de 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (1) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

      De acordo com o boletim mensal da ANP, o país alcançou 5,160 milhões de boe/d no período, resultado que representa um aumento expressivo em relação ao mês anterior e também frente a julho de 2024. O crescimento foi puxado tanto pelo petróleo quanto pelo gás natural, confirmando a força do pré-sal como principal polo de produção.

      Petróleo e gás natural em alta

      Somente em petróleo, foram extraídos 3,959 milhões de barris por dia, um crescimento de 5,4% em relação a junho e de 22,5% frente ao mesmo mês do ano passado. Já a produção de gás natural chegou a 190,89 milhões de metros cúbicos por dia, com alta de 5,1% sobre junho e de 26,1% na comparação anual.

      No pré-sal, a marca também foi histórica: 4,077 milhões de boe/d, o que corresponde a 79,1% da produção nacional. Desse total, 3,148 milhões de barris diários foram de petróleo – primeira vez que a região ultrapassa 3 milhões de bbl/d – e 147,66 milhões de m³/d de gás natural.

      Aproveitamento e queima de gás

      A taxa de aproveitamento do gás natural atingiu 97,1% em julho. Do total, 63,81 milhões de m³/d foram direcionados ao mercado e 5,48 milhões de m³/d queimados. A queima apresentou queda de 9% em relação ao mês anterior, mas ainda ficou 62,1% acima do registrado em julho de 2024. Segundo a ANP, essa redução recente está ligada à fase final do comissionamento da nova unidade flutuante de produção (FPSO) no Campo de Mero.

      Liderança do pré-sal

      Os campos marítimos responderam por 97,7% do petróleo e 86,1% do gás natural extraídos. A Petrobras, sozinha ou em consórcios, foi responsável por quase 90% da produção nacional. No total, 6.601 poços estiveram ativos no mês, sendo 568 marítimos e 6.033 terrestres.

      O campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, manteve a liderança, com 799,37 mil barris diários de petróleo e 40,53 milhões de m³/d de gás. Já a unidade com maior produção foi o FPSO Guanabara, no Campo de Mero, que alcançou 184,3 mil barris de petróleo e 12,09 milhões de m³/d de gás natural.

      Consulta interativa e perspectivas

      Além da versão em PDF, a ANP disponibilizou os dados em formato interativo, com tecnologia de Business Intelligence (BI). A ferramenta permite que o usuário filtre informações por mês, estado, bacia e campo produtor.

      A agência destacou ainda que variações na produção podem ocorrer em função de fatores como manutenções programadas, entrada em operação de novos poços, paradas para limpeza e início de testes em plataformas, ações comuns na indústria do petróleo e gás e que visam garantir estabilidade e crescimento contínuo da produção.

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