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      Operação Carbono Oculto mira Reag Investimentos e PCC na Faria Lima

      Reag Investimentos é alvo de busca e apreensão na Operação Carbono Oculto, que investiga infiltração do PCC em negócios da economia formal

      Fachada do Prédio da Polícia Federal em Brasília (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A Operação Carbono Oculto, uma das maiores ações de combate ao crime organizado no Brasil, cumpriu mandados de busca e apreensão e prisão nesta quinta-feira (28). Entre os alvos da operação está a Reag Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do país, sem vínculo com bancos, informa a Folha de S. Paulo A empresa, especializada na gestão de recursos e patrimônio, teve sua sede na alameda Gabriel Monteiro, em São Paulo, invadida por agentes. Além disso, outras administradoras de fundos em três endereços da avenida Faria Lima, centro financeiro da cidade, também foram alvo da operação.

      A operação, que mobilizou 1,4 mil agentes em oito estados, tem como objetivo desarticular a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) na economia formal, especialmente no setor de combustíveis e nas instituições financeiras que auxiliam essa rede criminosa. Segundo informações da força-tarefa, cerca de 40 fundos de investimento são suspeitos de estar sendo utilizados pelo PCC, e os gestores dessas carteiras são os principais alvos da investigação. A Reag, embora ainda não tenha respondido aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta matéria, figura entre as gestoras investigadas por sua possível relação com essas movimentações ilícitas.

      Fundada por João Carlos Mansur em 2012, a Reag Investimentos tem se destacado por um rápido crescimento, impulsionado por aquisições e pela diversificação de seus investimentos. Recentemente, a gestora se tornou patrocinadora do tradicional cinema Belas Artes, em São Paulo, e também realizou uma série de movimentos estratégicos no mercado financeiro. Em janeiro deste ano, a Reag estreou na B3 com uma operação do tipo IPO reverso, adquirindo a GetNinjas, plataforma de serviços que passou a ser sua nova ferramenta de investimentos. Essa aquisição, que a levou a ser listada no segmento Novo Mercado da B3, gerou polêmica por conta da demora em comunicar ao mercado suas intenções de controle da empresa. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) instaurou um processo para investigar a falta de transparência no processo.

      Além de sua participação na GetNinjas, a Reag também controla uma série de outras empresas no setor financeiro, como a Reag Asset Management, especializada na gestão de fundos de investimento, e a Empírica Investimentos, uma das maiores gestoras de crédito estruturado no Brasil, com R$ 25 bilhões sob gestão. A Reag Administradora de Recursos e a Reag Trust, agora conhecida como Ciabrasf, também fazem parte do portfólio do grupo, com atuação em segmentos variados, incluindo multimercados, crédito estruturado e private equity.

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