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Nike, Adidas, Under Armour e Puma pedem isenção tarifária a Trump

Empresas alertam que tarifas sobre calçados importados não trarão produção aos EUA e provocarão alta de preços e fechamento de fábricas

(Foto: REUTERS/Mike Segar)
Guilherme Levorato avatar
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247 - As gigantes do setor de calçados esportivos, como Nike, Adidas, Under Armour e Puma, se uniram em um apelo direto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que seus produtos sejam excluídos das tarifas comerciais impostas por seu governo, informa a agência Bloomberg.

Em carta enviada na terça-feira (29) pela Footwear Distributors and Retailers of America (FDRA), associação que representa distribuidores e varejistas de calçados no país, as empresas classificaram as tarifas como uma “ameaça existencial” ao setor e alertaram que os tributos podem levar ao fechamento de empresas e à elevação nos preços pagos pelos consumidores. “Se a situação atual continuar, trabalhadores e consumidores americanos de calçados sofrerão”, afirmou o grupo. “Esta é uma emergência que exige ação e atenção imediatas”, acrescentaram.

O documento, assinado por representantes das quatro marcas, argumenta que a imposição de tarifas não surtirá o efeito desejado pelo governo, que seria trazer a produção de volta para território norte-americano. “As tarifas não farão com que a fabricação de calçados volte aos EUA”, disseram, explicando que a realocação da cadeia produtiva demandaria investimentos massivos e anos de planejamento.

Os principais países exportadores de calçados para os Estados Unidos, como Vietnã e Indonésia, estão entre os mais afetados pelas tarifas. No caso da Nike, por exemplo, cerca de metade de toda sua produção global é realizada no Vietnã. A FDRA alertou que as empresas não têm como absorver esses custos adicionais sem repassar os impactos aos consumidores ou sofrer perdas que inviabilizam os negócios.

O governo Trump havia anunciado uma suspensão temporária de 90 dias em algumas das tarifas propostas, incluindo aquelas aplicadas aos produtos vietnamitas e indonésios. Ainda assim, líderes empresariais demonstraram preocupação com os riscos de médio e longo prazo para o setor. A reação negativa incluiu queda nos mercados de ações e protestos de diversos segmentos da indústria.

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