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Lula exigiu de ministros que benefícios sociais não fossem afetados pelo corte no orçamento

Ministro da Fazenda, Haddad anunciou nesta quinta-feira uma contenção de R$ 15 bilhões no orçamento de 2024 para manter a integridade do arcabouço fiscal

Simone Tebet, Fernando Haddad e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - Em uma movimentada reunião na tarde de quinta-feira (18), os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Orçamento e Planejamento) conseguiram convencer o presidente Lula (PT) da necessidade de um congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano, garantindo ao mesmo tempo que os programas sociais não sofrerão cortes, relata Ricardo Noblat, do Metrópoles.

A maior preocupação do governo é com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, que prevê um gasto de R$ 32 bilhões em 2024. Durante o encontro, este tema foi um dos poucos pontos de impasse. Além de Haddad e Tebet, participaram da reunião Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Carlos Lupi (Previdência Social) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos).

Os ministros asseguraram que será realizado um pente-fino nos benefícios sociais para detectar fraudes e recebimentos indevidos. Esse monitoramento será conduzido também pelo Ministério da Previdência Social e pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A proposta de bloqueio de R$ 11,2 bilhões e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões será detalhada na próxima segunda-feira (22), após a divulgação do relatório trimestral de despesas. O ministro Fernando Haddad explicou que a contenção de R$ 15 bilhões é crucial para manter o ritmo de cumprimento do novo arcabouço fiscal até o final do ano.

A determinação de Lula de proteger os benefícios sociais reflete uma prioridade clara de seu governo em garantir que os mais vulneráveis não sejam prejudicados pelas medidas de ajuste fiscal.

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