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      Encarregado dos EUA sugere adiar missão empresarial brasileira que tentará negociar tarifa de Trump

      Gabriel Escobar alerta que agosto é período de férias nos EUA e diz que setembro seria mais adequado para negociar o tarifaço de 50%

      Gabriel Escobar (Foto: Felipe Menezes - U.S. Embassy Brasilia)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Em visita ao Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) na quarta-feira (23), o Encarregado de Negócios e embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, recomendou que a missão empresarial brasileira aos EUA seja adiada, informa o Estado de S. Paulo.  Segundo ele, a escolha do mês de agosto não é a mais estratégica, já que se trata de um período tradicional de férias no país norte-americano. A sugestão do diplomata é que a comitiva viaje em setembro ou outubro, quando haveria maior possibilidade de diálogo com o setor público e privado dos Estados Unidos.

      O Ibram sediou a reunião solicitada por Escobar, com a presença de seu presidente, Raul Jungmann, e do vice-presidente, Fernando Azevedo. O encontro ocorreu em Brasília e teve como pauta central a missão comercial que será conduzida por representantes das mineradoras brasileiras, com o objetivo de discutir o tarifaço de 50% imposto pelo presidente Donald Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.

      “Já tínhamos essa intenção, e o vice-presidente apoiou a ideia do setor privado brasileiro conversar com o setor privado nos EUA e, havendo disposição, também com o Congresso e o governo norte-americano”, afirmou Raul Jungmann, em declaração feita no início da semana.

      Interesse dos EUA nos minerais críticos do Brasil - Segundo nota divulgada pelo Instituto Brasileiro de Mineração, Gabriel Escobar demonstrou especial interesse na chamada Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, atualmente em desenvolvimento pelo governo brasileiro. O embaixador também se mostrou atento a projetos legislativos que tratam da regulamentação e incentivo à exploração desses recursos estratégicos, considerados fundamentais para a transição energética e segurança industrial.

      A reunião evidenciou o desejo dos EUA em estreitar os laços com o setor mineral brasileiro, diante da crescente disputa global por matérias-primas como lítio, níquel e terras raras. O governo norte-americano busca diversificar suas fontes de suprimento desses minerais e enxerga o Brasil como parceiro estratégico.

      Comitiva pode incluir outros setores - Embora a missão tenha sido articulada inicialmente pelas mineradoras, existe a possibilidade de ampliação da delegação com empresários de outros segmentos da economia brasileira. A proposta foi endossada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

      Diante da sugestão de Escobar, o Ibram deverá reavaliar a data da viagem com seus associados. A eventual postergação, no entanto, implicaria que a tarifa de 50% já estaria em vigor no momento da visita, o que pode limitar a margem de negociação da comitiva. Ainda assim, a expectativa é que o diálogo com autoridades e representantes do setor privado norte-americano seja mais efetivo após o período de recesso de verão nos EUA.

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