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      Dólar fecha distante do pico do dia após EUA excluírem série de produtos do tarifaço contra o Brasil

      No ano, a divisa acumula queda de 9,56%

      Nota de dólar (Foto: THOMAS WHITE / REUTERS)
      Bianca Penteado avatar
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      SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta, mas abaixo dos R$5,60 e distante do pico do dia, após os Estados Unidos excluírem uma série de produtos brasileiros da cobrança de tarifa de 50%, trazendo alívio ao mercado.

      A moeda norte-americana à vista fechou o dia em alta de 0,36%, aos R$5,5885. No ano, porém, a divisa acumula queda de 9,56%.

      Às 17h03, na B3 o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido no Brasil -- mostrava estabilidade, aos R$5,5815.

      O avanço do dólar ante outras divisas no exterior, somado à expectativa antes das decisões sobre juros nos EUA e no Brasil, deu suporte à moeda norte-americana ante o real. A imposição de novas sanções dos EUA ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi outro fator de suporte ao dólar, que atingiu a cotação máxima de R$5,6315 (+1,13%) às 13h09 no mercado à vista.

      Pouco depois das 15h, a Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, havia assinado o decreto oficializando a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

      Em reação, o dólar voltou a acelerar os ganhos ante o real, para a faixa dos R$5,61, e as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) ganharam força, em uma primeira reação à notícia.

      Mas as informações de que os EUA haviam excluído uma série de produtos brasileiros do tarifaço fez o dólar despencar ante o real logo depois, com a moeda virando para o negativo, e as taxas dos DIs de alguns vencimentos também passarem a cair.

      O dólar à vista marcou a cotação mínima do pregão de R$5,5469 (-0,39%) às 15h46, quando as exceções à tarifação dos EUA ao Brasil já haviam sido divulgadas.

      Entre os produtos excluídos da tarifação estão suco de laranja, aeronaves civis e peças, celulose, produtos petrolíferos, fertilizantes, produtos de energia, ferro gusa e metais preciosos.

      No entanto, carne e café -- dois produtos importantes da pauta exportadora do Brasil para os EUA – ficaram fora da lista de exceções.

      O dólar ainda fechou o dia em alta ante o real, mas abaixo dos R$5,60 e distante da máxima de R$5,6315 vista no início da tarde, em um claro sinal de que as exceções aliviaram as preocupações entre os agentes com o tarifaço dos EUA.

      No exterior, o dólar seguia em alta firme após o Federal Reserve manter a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, mas em decisão dividida entre seus membros (9 a 2). Às 17h07, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,92%, a 99,799.

      Ainda nesta quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgará sua decisão sobre a taxa básica Selic, hoje em 15%. O mercado precifica amplamente a manutenção da taxa neste patamar. Mais do que a decisão em si, os agentes estarão atentos às indicações para os próximos encontros do colegiado.

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