Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil*
Em dia de turbulências no mercado financeiro, o dólar subiu em meio ao clima desfavorável no exterior e a tensões em torno da medida provisória que aumenta a tributação sobre investimentos. A bolsa caiu pela segunda vez consecutiva e retornou aos níveis do início de setembro.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (7) vendido a R$ 5,351, com alta de R$ 0,04 (+0,75%). Em alta durante toda a sessão, a cotação chegou a desacelerar para R$ 5,32 durante a manhã, mas voltou a acelerar durante a tarde até fechar próxima da máxima do dia.
A moeda estadunidense está no maior valor desde 25 de setembro. A divisa acumula alta de 0,51% em outubro, mas cai 13,43% em 2025.
O mercado de ações também teve um dia tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 141.356 pontos, com recuo de 1,57%. O indicador atingiu o menor nível desde 4 de setembro.
Tanto fatores internos como externos contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. No mercado internacional, houve um movimento de aversão global ao risco que fez o dólar subir em todo o planeta. Além do shutdown (paralisação) do governo estadunidense, a crise política na França, com o pedido de renúncia do novo primeiro-ministro do país, pesou sobre o mercado europeu.
No Brasil, a possibilidade de que a medida provisória que tributa investimentos para compensar a desidratação do decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) trouxe tensões. A medida precisa ser votada até amanhã (8) para não perder a validade. No fim da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um acordo para a votação, com o texto sendo aprovado pela comissão especial do Congresso no início da noite.
* Com informações da Reuters

Leonardo Lucena

Economia

Dólar registra alta em meio a tensões com medida provisória

247 - A rede de farmácias Pague Menos levantou R$ 243,5 milhões em sua mais recente oferta subsequente de ações (follow-on). Desse montante, R$ 140 milhões vieram da emissão de novos papéis, enquanto a parte secundária, envolvendo ações que estavam em posse do fundo General Atlantic, somou cerca de R$ 103,5 milhões. O preço por ação foi estabelecido em R$ 3,50.
De acordo com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico, a empresa tinha a possibilidade de aumentar em até 14,4% o volume total da oferta, mas optou por não ampliar o número de papéis colocados no mercado. A companhia informou anteriormente que os recursos obtidos com a venda primária serão destinados ao reforço do capital de giro.
O movimento da Pague Menos se soma a outras operações semelhantes no mercado brasileiro em 2025. Empresas como Orizon, Fras-Le e Caixa Seguridade também recorreram ao follow-on neste ano para captar recursos e fortalecer suas estratégias financeiras.
A decisão reflete a busca das companhias por liquidez em um cenário econômico desafiador, em que a emissão subsequente de ações tem se consolidado como alternativa relevante para reforçar balanços e financiar planos de expansão.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Pague Menos capta R$ 243,5 milhões em oferta de ações

247 – As ações da Ambipar Participações e Empreendimentos S.A. (B3: AMBP3; NYSE: AMBP) tiveram forte recuperação nesta segunda-feira (29), com alta de cerca de 20% na B3 durante a tarde, refletindo o otimismo dos investidores em relação ao futuro da empresa. A informação foi <a href="https://brazilstockguide.com/insights/ambipar-shares-jump-restructuring-plan/">publicada pelo Brazil Stock Guide</a> e reforçada em reportagem de O Globo.
O movimento positivo ocorre após o mercado interpretar que a crise financeira da companhia não decorre de fragilidades estruturais, mas de decisões equivocadas do ex-diretor financeiro João Arruda. Desde que obteve proteção judicial contra credores na quinta-feira passada (25), o papel já acumula valorização de 120% após forte queda anterior, encerrando o pregão de segunda a R$ 10,75.
<h2>Decisões controversas do ex-CFO</h2>
Arruda havia atuado anteriormente como assessor da Ambipar enquanto estava no Bank of America e, já como CFO da empresa, promoveu mudanças na estratégia de hedge da emissão de green bonds no valor de US$ 750 milhões em 2024.
Entre as medidas mais polêmicas, transferiu operações de swap para o Deutsche Bank e, em agosto de 2025, adicionou cláusulas Payment-in-Kind (PIK) aos contratos. Essas condições atrelaram exigências de colaterais ao desempenho dos títulos no mercado secundário. O que deveria reduzir riscos acabou drenando liquidez e agravando a crise.
<h2>Plano de reestruturação em andamento</h2>
Com o objetivo de reorganizar sua estrutura financeira, a Ambipar contratou o banco BR Partners como assessor para mapear dívidas e desenhar um plano de reestruturação. A companhia obteve ainda uma liminar na Justiça do Rio de Janeiro que suspende execuções por 30 dias, prorrogáveis por igual período.
A medida foi necessária após o Deutsche Bank exigir garantias vinculadas a um empréstimo de US$ 35 milhões, que poderia acelerar obrigações de até R$ 10 bilhões com instituições financeiras.
<h2>Confiança do mercado retorna</h2>
Apesar da gravidade da situação, o mercado recebeu positivamente a interpretação de que os problemas foram causados por um erro de gestão pontual. A leitura de investidores é de que a Ambipar mantém fundamentos sólidos e condições de avançar em sua reestruturação.
A disparada das ações reflete uma combinação de fatores: a saída de Arruda da diretoria financeira, a chegada da Seneca Evercore para liderar as negociações, a proteção judicial temporária contra credores e a expectativa de um plano robusto de renegociação da dívida.

Redação Brasil 247

Ambipar salta 20% após saída de ex-CFO e avanço em plano de reestruturação

247 - Um levantamento da consultoria Elos Ayta revelou que a Cosan (CSAN3) viveu um de seus piores pregões na última segunda-feira, 22 de setembro de 2025. Segundo o estudo, as ações da companhia caíram -18,13%, levando a uma perda de R$ 2,52 bilhões em valor de mercado. A cifra equivale ao valor total da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), hoje avaliada em R$ 2,51 bilhões. Com isso, a Cosan encerrou o dia cotada a R$ 11,41 bilhões.
Durante as negociações, o tombo chegou a ser ainda mais profundo: no intraday, os papéis recuaram -24,93%, o que significou uma perda momentânea de R$ 3,47 bilhões.
<h3>De recordista a queda histórica</h3>
A trajetória recente da Cosan evidencia uma deterioração constante desde o pico em 22 de julho de 2021, quando a empresa chegou a valer R$ 50,77 bilhões. De lá para cá, a companhia passou por uma sucessão de desvalorizações até atingir, em 21 de agosto de 2025, o menor nível de sua história: R$ 9,7 bilhões.
Na prática, isso representa uma redução acumulada de R$ 41,07 bilhões desde a máxima, um montante equivalente ao atual valor da Localiza, avaliada em R$ 41,8 bilhões. Apenas no intervalo entre julho de 2021 e o último pregão de setembro, a Cosan já perdeu R$ 39,36 bilhões, valor superior ao tamanho da Copel, que vale hoje cerca de R$ 38 bilhões.
<h3>Pressão crescente e espiral de desvalorização</h3>
Os dados reunidos mostram que a Cosan vem enfrentando uma espiral de perdas nos últimos quatro anos. Houve períodos de recuperação pontual, mas sempre seguidos por novas quedas, num movimento que preocupa investidores e analistas. O desempenho negativo mais recente reforça a dificuldade da companhia em recuperar parte de sua relevância no mercado de capitais brasileiro.

Cosan perde R$ 2,5 bi em um único pregão e valor de mercado despenca

Reuters - O Ibovespa renovou máxima nesta sexta-feira, em sessão de oscilações discretas e marcada por vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista, com Eletrobras entre os destaques positivos, enquanto Cosan figurava na ponta negativa.
Por volta de 11h20, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,07%, a 145.607,82 pontos, tendo chegado a 146.398,76 pontos na máxima até o momento, novo topo intradia. O volume financeiro somava R$ 4,33 bilhões.
De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP Investimentos, o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias, mas deixou resistência nos 146.331, que, se superada, pode levar aos 147.200 ou 152.900 pontos.
"Abaixo dos 143.400 teria sinal de realização de curto prazo que pode levar aos suportes em 141.000 ou 136.100", afirmou Coelho em relatório a clientes.
Em Nova York, o S&amp;P 500 tinha alta de 0,21%.

Paulo Emilio

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Bolsa brasileira bate novo recorde em dia de vencimento de opções

Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil - A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 8,9 bilhões no primeiro semestre de 2025. O rendimento é 44,9% maior do que o registrado no mesmo período de 2024, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (18), na capital paulista. A margem financeira somou R$ 32,7 bilhões, o que equivale a um aumento de 6,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado. As receitas de intermediação financeira somaram R$ 115,1 bilhões, correspondendo a &nbsp;25,4% a mais do que no primeiro semestre de 2024.
As despesas administrativas e de pessoal totalizaram R$ 21,7 bilhões no segundo semestre de 2025, uma redução de 2,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as despesas de intermediação financeira somaram R$ 82,4 bilhões, aumento de 34,9% quando comparadas ao mesmo período do ano de 2024.
Segundo o balanço, a carteira de crédito encerrou junho de 2025 com saldo de R$ 1,294 trilhão, crescimento de 10,1% em relação a junho de 2024. No segundo trimestre de 2025, a Caixa concedeu R$ 159,7 bilhões em crédito total, aumento de 0,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior e de 5,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2025.
Os dados também revelam que o índice de inadimplência da carteira de crédito total encerrou junho de 2025 em 2,66%, aumento de 0,46 p.p. em relação a junho de 2024 e 0,17 p.p. quando comparado a março de 2025. A cobertura da provisão finalizou o trimestre em 163,8%, redução de 31,6 p.p. em comparação a junho de 2024 e de 10,1 p.p. em relação a março de 2025.
A Caixa manteve a liderança no mercado do segmento imobiliário com 66,8% de market share em financiamentos imobiliários totais, além de principal operador do Programa MCMV (Minha Casa Minha Vida), com mais de 99% de share.
Segundo os dados, o saldo da carteira imobiliária finalizou junho de 2025 com o valor de R$ 875,5 bilhões, crescimento de 11,7% em relação a junho de 2024 e 2,9% na comparação com março de 2025. No primeiro semestre de 2025 foram R$ 106,7 bilhões em contratações, redução de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado (considerando recursos SBPE e FGTS).

Caixa tem lucro de R$ 8,9 bilhões no primeiro semestre de 2025

247 – O clima de confiança em relação ao Brasil cresce dentro e fora das mesas de operação de grandes bancos internacionais. De acordo com reportagem do Valor Econômico, a equipe de market intelligence do J.P. Morgan divulgou relatório destacando que a bolsa brasileira pode liderar os ganhos na América Latina à medida que o Federal Reserve (Fed) inicia o ciclo de cortes de juros.
Em nota assinada por Andrew Tyler e Ellen Wang, os analistas ressaltaram que, nas últimas semanas, os mercados do México e do Brasil superaram índices de referência dos Estados Unidos, como o S&amp;P 500 e o Nasdaq. Para o banco, esse desempenho reforça a leitura de que os ativos brasileiros atravessam um momento de valorização apoiado tanto em fatores econômicos quanto políticos.
<h2>Lula no centro das expectativas</h2>
O documento evidencia que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ambiente político do país estão no radar dos investidores. “Após a sentença do STF contra Jair Bolsonaro na semana passada, a atenção deve se voltar para se o ex-presidente irá declarar apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato ao Planalto”, destacaram Tyler e Wang.
Para o J.P. Morgan, a proximidade das eleições de 2026 e a solidez do governo Lula contribuem para aumentar a confiança do mercado em relação à estabilidade institucional brasileira, fator considerado crucial para a atração de capital estrangeiro.
<h2>Quatro pilares do otimismo</h2>
O relatório lista quatro vetores principais que sustentam a visão otimista sobre o Brasil:
<ol>
 <li>&nbsp;Política monetária: o banco acredita que o Banco Central deve iniciar a flexibilização dos juros em dezembro, com a Selic podendo recuar para perto de 10% em 2026, bem abaixo das projeções atuais do mercado.</li>
 <li>&nbsp;Cenário político: a estabilidade institucional sob o governo Lula e as perspectivas eleitorais de 2026 influenciam diretamente o apetite dos investidores.</li>
 <li>&nbsp;Posicionamento dos investidores: o nível elevado de posições vendidas no Ibovespa (3,6% do free float) e o fluxo externo estagnado podem abrir espaço para valorização caso haja maior entrada de recursos.</li>
 <li>&nbsp;Histórico positivo em ciclos do Fed: tradicionalmente, o Brasil lidera os ganhos na região em períodos de cortes de juros nos EUA, o que fortalece o otimismo atual.</li>
</ol>
<h2>Brasil como destino de investidores</h2>
O relatório reforça a visão da equipe de research do J.P. Morgan, já expressa em entrevistas anteriores da estrategista Emy Shayo Cherman. Para o banco, o Brasil deve se consolidar como o mercado mais promissor da América Latina, combinando política monetária favorável, estabilidade sob o governo Lula e potencial de recuperação de fluxo estrangeiro.

Mercado aposta alto no governo Lula e JP Morgan prevê ganhos recordes na bolsa brasileira

247 - A Petz (PETZ3) informou, em comunicado divulgado pela InfoMoney, que Sergio Zimerman, fundador e acionista controlador da empresa, reduziu sua participação no capital social. Sua posição total, incluindo ações ordinárias e instrumentos derivativos, passou de 46,73% para 41,74%.
De acordo com o documento, Zimerman mantém atualmente 141.115.975 ações ordinárias, o equivalente a 30,50% do capital social da varejista de produtos pet. Além disso, detém 15.966.700 derivativos de liquidação física, que englobam a venda de 6.966.700 opções de compra (call) e 9.000.000 de opções de venda (put). Caso esses instrumentos sejam exercidos, a participação direta poderia ser elevada em aproximadamente 0,44%.
O controlador também possui exposição em derivativos de liquidação financeira, sem impacto sobre sua fatia acionária direta. Esses contratos envolvem operações de compra e venda de opções flexíveis (call e put) e representam uma exposição líquida de 10,81%.

Zimerman reduz fatia na Petz para 41,74%

247 - A Reag Investimentos - uma das gestoras implicadas na Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal no final de outubro - &nbsp;divulgou neste domingo (8) mudanças significativas em sua estrutura societária e de governança. Segundo o jornal <a href="https://www.estadao.com.br/economia/reag-venda-capital-renuncia-executivos/">O Estado de S. Paulo</a>, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que seus controladores — Reag Asset Management Ltda. e Reag Alpha Fundo de Investimento Financeiro em Ações – Classe Única — firmaram contrato para a venda de 87,38% do capital social.
O negócio foi fechado com a Arandu Partners Holding S/A, sociedade controlada pelos principais executivos da própria Reag. O valor estimado da transação é de R$ 100 milhões, com possibilidade de acréscimo por meio de parcela contingente vinculada à receita operacional líquida da empresa nos próximos cinco anos.
De acordo com a companhia, a conclusão do acordo depende do cumprimento de condições precedentes e da realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) destinada aos acionistas minoritários. O procedimento deve seguir o artigo 254-A da Lei das Sociedades Anônimas, as normas do Novo Mercado da B3 e o estatuto social da Reag.
O anúncio ocorre em meio às turbulências recentes que atingem a gestora. A empresa foi um dos alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal, e tem enfrentado questionamentos sobre sua governança e credibilidade no mercado financeiro.
A mudança de controle veio acompanhada de renúncias em cargos estratégicos. Em outro comunicado à CVM, a Reag informou que João Carlos Falbo Mansur deixou a presidência do conselho de administração, enquanto Altair Tadeu Rossato renunciou ao posto de conselheiro independente e ao comitê de auditoria. Além deles, Fabiana Franco deixou a diretoria financeira.
Conforme o estatuto social, os substitutos devem ser indicados pelos conselheiros remanescentes para concluir os mandatos em andamento.
Em nota assinada por Dario Graziato Tanure, diretor-presidente e de relações com investidores, a companhia afirmou: “A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre os desdobramentos da Operação, em estrita observância à legislação e regulamentação aplicáveis.”
Nos últimos meses, a Reag enfrentou outros episódios que abalaram sua imagem junto ao mercado, como a renúncia em bloco de seu conselho consultivo e a divulgação de que não havia negociações em curso com a Galapagos Capital, apesar de especulações. Além disso, a agência de classificação de risco Fitch colocou o rating doméstico da empresa em observação negativa.

Após virar alvo da PF, Reag Investimentos anuncia venda de ações e renúncias em sua diretoria

247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu nesta sexta-feira (5) que cabe ao mercado — e não ao Estado — a tarefa de reduzir as desigualdades no Brasil. A declaração foi feita durante evento na B3, em São Paulo, após a assinatura da concessão de uma rodovia e poucas horas antes do leilão do túnel Santos-Guarujá. 
Segundo a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/09/estado-nao-da-conta-e-e-o-mercado-que-vai-reduzir-a-desigualdade-do-brasil-diz-tarcisio.shtml">Folha de S. Paulo</a>, Tarcísio exaltou o papel da iniciativa privada: “A gente acredita que é o recurso privado que vai trazer a transformação. A gente acredita que é o mercado que vai proporcionar a redução das desigualdades, que vai proporcionar a explosão de investimento que a gente precisa. O Estado, em si, não daria conta de fazer isso”, afirmou o governador.
De acordo com Tarcísio, o programa de concessões e privatizações de seu governo superou as expectativas. Inicialmente projetado para atrair R$ 220 bilhões em investimentos, já soma R$ 367 bilhões em dois anos e oito meses. “É bastante dinheiro”, disse ao público presente.
O governador também mencionou o leilão do túnel Santos-Guarujá, realizado em parceria com o governo Lula (PT), mas evitou citar o governo federal em seu discurso. “Algo que está sendo esperado só há 101 anos. Mas, felizmente, este time chegou e sabe entregar projetos, sabe fazer acontecer, e é por isso que a espera vai acabar e daqui a alguns anos o túnel Santos-Guarujá vai ser uma realidade”, afirmou.
As declarações de Tarcísio acontecem em meio a especulações sobre sua eventual candidatura à Presidência em 2026. Apesar disso, ele reafirma publicamente a intenção de disputar a reeleição em São Paulo. “Esse lugar é especial”, declarou ao subir no palco da B3, reforçando sua ligação com o estado.
Embora o governador de São Paulo defenda a ideia de que o mercado seria capaz de reduzir desigualdades, o setor privado, por definição, tem como objetivo central a maximização do lucro — não a promoção de justiça social. Em geral, empresas investem onde há maior retorno financeiro, o que tende a concentrar riquezas em áreas já desenvolvidas, deixando regiões mais pobres e populações vulneráveis à margem.
Dessa forma, delegar ao mercado a missão de corrigir distorções históricas pode significar reforçar assimetrias em vez de superá-las. Experiências anteriores de privatizações no Brasil e em outros países mostram que, sem forte regulação e políticas públicas de redistribuição, os benefícios acabam restritos a investidores e grandes corporações, enquanto a população em geral enfrenta tarifas mais altas e acesso limitado a serviços essenciais.

Privatista, Tarcísio diz que "o mercado vai reduzir a desigualdade no Brasil"

Reuters - O Ibovespa renovou máxima histórica intradia nesta sexta-feira, ultrapassando os 143 mil pontos pela primeira vez, após dados mostrando arrefecimento do mercado de trabalho dos Estados Unidos endossarem expectativas de um corte iminente de juros na maior economia do mundo.
Por volta de 11h10, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,58%, a 143.215,71 pontos, tendo alcançado 143.408,64 pontos no melhor momento, superando o topo anterior, de 142.378,69 pontos, registrado em 29 de agosto. O volume financeiro somava R$5,83 bilhões.
Um relatório do governo dos EUA mostrou que foram abertas apenas 22.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em agosto, após 79.000 em julho em dado revisado para cima, contra previsão de criação de 75.000 postos. A taxa de desemprego aumentou para 4,3%, de 4,2% em julho.
De acordo com a estrategista-chefe da Nomad, Paula Zogbi, os números reforçaram a sensação de enfraquecimento da atividade econômica norte-americana, fortalecendo a probabilidade de corte de juros pelo Federal Reserve no próximo dia 17.
Em Wall Street, o S&amp;P 500 operava perto da estabilidade, tendo também renovado máxima histórica intradia.
"Quando o 'payroll' vem desse jeito, o investidor olha a tela e pensa: 'finalmente uma boa notícia disfarçada de ruim'. Emprego fraco? Pode até ser… mas o rali agradece e o Fed já ganha licença poética para cortar juros", reforçou a Genial Investimentos em relatório a clientes.

Painel eletrônico mostra variações de índices na B3, em São Paulo - 10/07/2025 

Ibovespa renova máxima acima de 143 mil pontos com aposta de queda iminente de juros nos EUA

247 - As apostas pessimistas sobre os títulos do Tesouro dos Estados Unidos estão crescendo, especialmente com a expectativa em torno do relatório de empregos que será divulgado nesta sexta-feira. Este relatório pode definir o rumo das decisões do Federal Reserve (Fed) em sua próxima reunião de setembro, especialmente no que diz respeito à redução das taxas de juros. 
O levantamento mais recente realizado pelo JPMorgan, divulgado até o dia 2 de setembro, apontou uma das maiores mudanças semanais para posições de baixa nos últimos cinco anos. De acordo com a pesquisa, os investidores estão ajustando suas estratégias, em meio à preocupação com o déficit fiscal, o que fez os rendimentos dos títulos de 30 anos se aproximarem de 5%, um patamar elevado.
Esse clima de pessimismo nos mercados foi impulsionado pela perspectiva de que o Fed possa cortar as taxas de forma mais agressiva, após uma série de dados econômicos mais fracos do que o esperado. A aposta em um corte de 25 pontos-base na reunião de setembro se fortaleceu, o que levou muitos investidores a posicionar suas carteiras para uma possível queda nas taxas. "Se tivermos dados suficientes para desequilibrar as expectativas, poderemos ver uma queda nos rendimentos, especialmente no curto prazo", afirmou Kathryn Kaminski, estrategista-chefe e gestora de portfólio da AlphaSimplex Group. Ela completou: "Isso poderia ser um sinal de que as condições no mercado de trabalho estão piores do que imaginávamos."
Nos últimos dias, a diferença entre os rendimentos dos títulos de curto e longo prazo aumentou. Os rendimentos de dois anos, que costumam refletir as expectativas sobre as políticas do Fed, atingiram os menores níveis desde maio. Isso ocorreu após um relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que mostrou números abaixo das previsões dos analistas, levando os traders a quase completamente precificar uma redução de 25 pontos-base na próxima reunião. Embora a possibilidade de um corte de 50 pontos-base seja considerada remota, o mercado de opções SOFR tem demonstrado uma crescente atividade em busca de proteção contra esse cenário.
Em meio a esse cenário, os investidores também estão cada vez mais exigindo compensações maiores para financiar os déficits do governo. O aumento nas despesas e os cortes de impostos propostos pela administração do presidente Donald Trump têm gerado temores de que a situação fiscal do país piore ainda mais, a menos que o crescimento da receita proveniente das tarifas seja sustentado — uma situação que foi afetada por uma decisão judicial na última semana.
A expectativa é que o número de empregos, que será divulgado na próxima sexta-feira, tenha um impacto significativo nos mercados. Steven Englander, chefe de pesquisa cambial do G-10 do Standard Chartered, afirmou: "Qualquer número abaixo de 40.000 empregos moveria o mercado em direção a um corte de 50 pontos-base." Ele ainda complementou: "Para afastar completamente a possibilidade de corte, acreditamos que o número de empregos teria que subir para 130 mil ou mais, com revisões positivas."
A pesquisa realizada pelo JPMorgan sobre os clientes do Tesouro revelou que as posições de venda atingiram o nível mais alto desde 3 de fevereiro, com um aumento de oito pontos percentuais na semana até 2 de setembro. Ao mesmo tempo, os dados de opções SOFR indicam um forte aumento de interesse nas posições com strikes em 96,00, enquanto as opções do tipo "call" e "put" têm dominado as operações.

Homem passa em frente a sinalização de Wall Street, em Nova York, EUA - 29/12/2023

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