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      Com juros altos e foco no mercado, BC sufoca o crescimento do Brasil, diz José Dirceu

      Para o ex-ministro, o Brasil vive um paradoxo: cresce apesar da taxa Selic elevada, o que comprovaria o equívoco estrutural da política monetária vigente

      (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - O ex-ministro José Dirceu criticou duramente a condução da política monetária pelo Banco Central (BC), mesmo após a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência da instituição pelo governo Lula. Em um artigo publicado no Jornal GGN, Dirceu ressalta que o problema não é de pessoas, mas da hegemonia histórica do capital financeiro – representado pela “Faria Lima” – sobre a política monetária brasileira, com apoio crescente do agronegócio e da grande mídia.

      No texto, Dirceu aponta que o Brasil permanece preso a um modelo monetário ortodoxo e ultrapassado, diferente das principais economias do mundo. Enquanto Estados Unidos, União Europeia, Japão e os Brics adotam políticas industriais, tarifárias e fiscais para fomentar o crescimento, inovação e soberania, o BC brasileiro mantém uma política de juros altos com uma meta de inflação considerada irreal, de 3%, mesmo diante de uma realidade em que a inflação global está ligada a crises de oferta e não à demanda.

      Segundo Dirceu, o Brasil vive um paradoxo: cresce apesar da taxa Selic elevada, o que comprovaria o equívoco estrutural da política monetária vigente. Ele critica o comportamento de Galípolo ao anunciar a manutenção dos juros altos como uma reação “birrenta” diante das críticas. Para Dirceu, o BC atua além de sua função original, interferindo em políticas fiscais e econômicas com impactos regressivos – como no caso do IOF –, penalizando os mais pobres e restringindo a capacidade de investimento do Estado.

      Leia a íntegra do artigo. 

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