Alckmin e Tebet viajam ao México para buscar saídas ao tarifaço dos EUA
Brasil e México reforçam parceria diante das barreiras comerciais impostas pelo governo norte-americano
247 - Brasil e México intensificam a aproximação econômica em meio às barreiras comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos. Nesta semana, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, desembarcam na Cidade do México para discutir alternativas ao tarifaço norte-americano, que elevou em 50% as taxas sobre produtos brasileiros. As informações são do g1.
A missão, que também conta com empresários brasileiros interessados em ampliar suas exportações, busca expandir o comércio bilateral em áreas como agroindústria, biocombustíveis, energia e saúde. O México, além de ser um dos principais importadores de carne brasileira, enfrenta tarifas adicionais semelhantes impostas por Washington e vê na parceria com o Brasil uma oportunidade estratégica de diversificação de mercados.
México como alternativa estratégica
O México já figura entre os maiores compradores de carne do Brasil e, nos últimos anos, ampliou a demanda por outros produtos nacionais. Assim como os exportadores brasileiros, os mexicanos têm sentido o impacto da política tarifária dos EUA e procuram reduzir a dependência comercial de seu vizinho do norte.
Atualmente, o Brasil mantém superávit comercial na relação com o México, o que, segundo o governo, abre espaço para intensificar o fluxo de bens e serviços em setores de alto potencial de crescimento.
No último sábado (23), em São Paulo, Alckmin reforçou o esforço do governo em derrubar as tarifas impostas pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Se depender de nós, o tarifaço acaba amanhã. O trabalho é esse: diálogo e negociação. Entendemos que tem espaço para ter mais produtos excluídos e para ter uma alíquota mais baixa”, afirmou o vice-presidente.
Ele lembrou que algumas medidas já foram tomadas, como a exclusão de derivados de aço e alumínio da taxa extra de 50%, que passaram a pagar a mesma alíquota aplicada ao restante do mundo. Segundo Alckmin, a mudança fortalece a competitividade de setores como máquinas, retroescavadeiras e motocicletas.
Além disso, o governo ampliou a linha de crédito do BNDES destinada a empresas exportadoras atingidas pelo tarifaço, passando de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões.