Portugal anuncia aporte de R$ 6,2 mi em fundo de florestas idealizado por Lula
País europeu é o primeiro a confirmar participação no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF); anúncio foi feito pelo premiê Luís Montenegro
247 - O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, anunciou nesta quinta-feira (6) que o país fará um aporte de 1 milhão de euros, o equivalente a R$ 6,18 milhões, no fundo internacional de proteção às florestas proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O projeto será apresentado na cúpula de chefes de Estado que antecede a COP30, em Belém, no Pará.
Segundo o UOL, Portugal é o primeiro país estrangeiro a confirmar participação no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). “Vamos estar desde o início ligados a este que é mais um projeto concreto que queremos que seja implementado e possa corresponder a uma maior capacidade de preservação no futuro, para que todos possamos viver melhor”, afirmou Luís Montenegro durante a abertura do evento.
Fundo florestal propõe novo modelo de investimento ambiental
O TFFF, idealizado pelo Brasil, busca captar US$ 125 bilhões de fontes públicas e privadas para financiar a conservação das florestas tropicais. Diferente dos mecanismos tradicionais baseados em doações, o fundo funcionará como um modelo de investimento sustentável, no qual os lucros retornam aos investidores e o excedente é destinado aos países que preservam suas áreas naturais.
A proposta prevê a remuneração de países que mantêm níveis baixos de desmatamento e garantem proteção ambiental contínua. O modelo pretende unir retorno econômico e compromisso ecológico, criando um incentivo de longo prazo para a manutenção das florestas.
Portugal reforça credibilidade internacional do projeto
O investimento português tem caráter simbólico e estratégico. Mesmo modesto em valor, o gesto coloca Portugal como primeiro parceiro externo do fundo, ajudando o Brasil a demonstrar viabilidade diplomática e confiança internacional no TFFF.
O presidente Lula já havia anunciado a destinação de US$ 1 bilhão de recursos brasileiros para o fundo, e agora busca ampliar o engajamento global antes da COP30. A entrada de Portugal fortalece a narrativa de que a proteção ambiental pode ser financeiramente sustentável e compartilhada entre países desenvolvidos e nações detentoras de florestas tropicais.
Desafios e expectativas rumo à COP30
O objetivo do TFFF é reunir capital suficiente para garantir que países com grandes áreas florestais possam preservar suas reservas sem comprometer o desenvolvimento econômico. Para isso, será essencial atrair novos aportes de governos, fundos soberanos e investidores privados. De acordo com a reportagem, o fundo poderá beneficiar mais de 70 nações em todo o mundo.
Especialistas em finanças verdes apontam que a transparência, a estabilidade e o monitoramento via satélite serão fundamentais para o sucesso do modelo. O Brasil, como anfitrião da COP30, aposta que a proposta se tornará um marco internacional de cooperação climática e financiamento ambiental duradouro.


