Corrêa do Lago destaca integração entre clima e economia na abertura da COP 30 em Belém
Em discurso de abertura, presidente da COP 30 afirma que evento será marco na implementação de ações climáticas e geração de empregos
247 - Durante a cerimônia de abertura da 30ª Conferência das Partes (COP 30), realizada nesta segunda-feira (10) em Belém, o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência, destacou o papel do encontro como um ponto de virada na luta global contra as mudanças climáticas. Em seu pronunciamento, ele ressaltou que “muitos caminhos serão mostrados durante o evento”, reforçando a mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que classificou a COP 30 como “a COP da verdade” e “da implementação”.
Corrêa do Lago afirmou que o encontro deve ser lembrado também como “uma COP de adaptação, uma COP que vai avançar na integração do clima, na economia, nas atividades, na criação de emprego”. Ele acrescentou ainda: “E, mais do que tudo, uma COP que vai ouvir e acreditar na ciência. Nesse sentido, presidente, obrigado por ter encontrado a fórmula ideal para definir esta COP, que é a COP da verdade”.
União nacional pela agenda climática
O diplomata destacou que a conferência simboliza a união do Brasil em torno da agenda ambiental, ressaltando a presença de representantes de diversas esferas do poder público. “Acho muito importante que o mundo veja que há no Brasil essa união de todas as instâncias por uma agenda que, como nós sabemos, será excepcional para o crescimento, para a criação de emprego e para a melhora da vida das pessoas”, declarou.
Corrêa do Lago enfatizou ainda o papel fundamental dos governos locais, dos parlamentares e do Judiciário na implementação das decisões tomadas nas COPs anteriores e nas novas metas a serem discutidas em Belém. Para ele, essa articulação é essencial para garantir que os compromissos internacionais se convertam em políticas públicas concretas.
“Mutirão” como símbolo da ação coletiva
O presidente da COP 30 também fez referência ao termo “mutirão”, amplamente utilizado durante a preparação do evento, destacando seu simbolismo no contexto da cooperação global. “Nós conseguimos que uma palavra de origem indígena brasileira, mutirão, se tornasse uma palavra em todos os dicionários. E é através do mutirão mesmo que nós vamos poder implementar as decisões desta COP e das anteriores”, disse o embaixador.
Ele concluiu reforçando a necessidade de ações práticas e imediatas: “Nós já dissemos tantas vezes, mas temos que repetir: esta é uma COP que tem que apresentar soluções. E a agenda de ação que nós estruturamos para esta conferência, da qual vão participar tantos ministros de Estado brasileiros e outras autoridades, vai mostrar muitos caminhos”.


