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COP30: Brasil chega com metas climáticas agressivas e compromisso com o meio ambiente, diz Alckmin

Vice-presidente detalha os planos do Brasil para a COP30 e reforça o compromisso com a transição energética e a sustentabilidade

O vice-preisdente Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - Na abertura oficial da Pré-COP30, realizada em Brasília nesta segunda-feira (13), o presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), destacou o papel do Brasil como líder na luta global contra as mudanças climáticas. Durante seu discurso, segundo a Sputnik Brasil, Alckmin sublinhou o compromisso do país com uma transição energética justa, visando a sustentabilidade e a proteção ambiental.

O papel do Brasil na COP30

Alckmin enfatizou que, como país anfitrião da COP30, o Brasil tem uma responsabilidade significativa em guiar as discussões sobre o futuro climático do planeta. O presidente em exercício apresentou três objetivos-chave que norteiam a agenda do Brasil para o evento: reforçar o multilateralismo e o regime climático dentro da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), integrar as questões climáticas às necessidades reais da população e acelerar a implementação do Acordo de Paris.

"Nosso objetivo é promover ações concretas para limitar o aquecimento global a 1,5°C", afirmou Alckmin, destacando a importância das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) como mecanismo essencial para avaliar o compromisso dos países com as metas climáticas globais.

Metas climáticas e redução das emissões

O Brasil, segundo o vice-presidente, propôs uma redução das emissões de gases de efeito estufa de 59% a 67% até 2035, com base nos níveis de 2005. Este plano, apresentado na COP29 em Baku, inclui ações de corte de emissões que vão desde o crescimento econômico até a proteção das florestas. "Trata-se de um plano ousado, mas realista", afirmou Alckmin, destacando a importância de conciliar desenvolvimento e sustentabilidade.

Combate ao desmatamento e transição energética

A luta contra o desmatamento continua sendo uma das principais bandeiras do Brasil. Alckmin afirmou que, nos últimos dois anos e meio, o país conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia em quase 50%. "A meta é desmatamento ilegal zero até 2030", acrescentou, mencionando iniciativas de recomposição florestal com o apoio do Fundo do Clima.

O Brasil também demonstra, na prática, que a transição energética é possível. Com mais de 80% de sua matriz elétrica proveniente de fontes renováveis, o país é um exemplo global de como conciliar crescimento econômico com políticas ambientais eficazes. "Somos o exemplo de que a transição energética é factível e rentável", afirmou Alckmin.

Avanços em biocombustíveis e combustíveis sustentáveis

Entre as políticas mais recentes, o vice-presidente destacou o Programa Mover (Mobilidade Verde) e a Lei do Combustível do Futuro, que estabelece metas de descarbonização para vários setores, incluindo a aviação. A partir de 2027, será exigido o uso de 1% de SAF (combustível sustentável de aviação), com meta de 10% até 2037.

Alckmin também mencionou o aumento na mistura de biocombustíveis, como o etanol na gasolina (30%) e o biodiesel no diesel (15%), destacando que a Lei do Combustível do Futuro é "mais que uma lei: é um novo paradigma de política energética e industrial".

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