<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quarta-feira (8), em Luziânia (GO), da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (VI CNIJMA), evento que reuniu centenas de estudantes, professores e representantes de comunidades de todo o país. A conferência é considerada uma das principais iniciativas de educação ambiental e justiça climática no Brasil, estimulando o debate sobre mudanças climáticas e preservação da biodiversidade dentro das escolas.</p>
<p>O encontro mobilizou mais de 2,2 milhões de pessoas em quase 9 mil escolas espalhadas por 2.307 municípios. A etapa nacional, que ocorre até o dia 10 de outubro, conta com 800 participantes e reforça a importância da juventude como protagonista da agenda ambiental brasileira.</p>
<h2>Lula: "a juventude é a solução para o planeta"</h2>
<p>Durante a conversa com os estudantes, Lula ressaltou a importância da participação das novas gerações no enfrentamento da crise climática. “Temos condição de fazer com que a educação do clima não seja uma coisa eventual e faça parte sistematizada do dia a dia e da nossa cultura. Esta conferência é um exemplo disso. Se quase 3 mil municípios e os 27 estados envolveram milhões de crianças e milhares de professores, isso é uma revolução sendo feita”, afirmou.</p>
<p>O presidente destacou ainda que a experiência mostra um processo intergeracional. “A meninada não veio aqui para me ouvir, vieram para me ensinar como é que a juventude brasileira conhece a questão do clima”, disse.</p>
<h2>Educação, transformação e consciência social</h2>
<p>O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), enfatizou o impacto da pauta ambiental nas escolas. “Foi um ano inteiro de discussão nas escolas brasileiras, mas o tema tem que ser permanente e em todos os níveis escolares. É impressionante como filhos e filhas vão para a casa e mexem na consciência dos pais em relação ao meio ambiente”, destacou.</p>
<p>Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, celebrou os avanços recentes na redução do desmatamento: 46% na Amazônia, 25% no Cerrado e 77% no Pantanal. “Celebro a decisão corajosa do Brasil em ser o único país com o compromisso de desmatamento zero até 2030”, afirmou. Ela reforçou também a importância de aliar justiça ambiental e justiça social para garantir um futuro democrático e sustentável.</p>
<h2>Preparação para a COP30 em Belém</h2>
<p>A conferência infantojuvenil faz parte da preparação do Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA). Marina Silva ressaltou que o país pretende sediar o encontro como a “COP da Verdade, da Implementação e da Justiça Climática”.</p>
<p>O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), lembrou que a retomada das conferências nacionais foi um pedido de Lula para fortalecer a participação popular. “Precisamos de uma sociedade socialmente justa e ambientalmente equilibrada. É fundamental que a escola trate dos temas ambientais para formar uma geração que não repita os problemas atuais”, declarou.</p>
<h2>Diversidade e protagonismo infantojuvenil</h2>
<p>A edição deste ano também reforça a pluralidade cultural e social do Brasil: 1.478 escolas da zona rural, 186 indígenas e 139 quilombolas participaram do processo, além de unidades localizadas em áreas de risco socioambiental e que atendem estudantes com deficiência.</p>
<p>Entre as produções apresentadas pelos jovens, destacam-se a Carta Compromisso e a Carta Musical “Raiz que Floresce”, inspiradas em uma lenda guarani e que simbolizam o engajamento das novas gerações na construção de um país mais justo, solidário e sustentável.</p>

Guilherme Levorato

6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA)

original

2560x1440

1250x600

1280x490

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

Brasil Sustentável

Lula: "a solução do planeta está na participação da nossa juventude"

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (8) que a juventude brasileira tem papel essencial na conscientização sobre a crise climática. A declaração foi feita durante a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), realizada em Luziânia (GO).</p>
<p>Lula ressaltou que as novas gerações vivem um momento em que, pela primeira vez, possuem mais acesso ao conhecimento do que os mais velhos. O presidente destacou que a revolução digital e a avalanche de informações em tempo real transformaram a forma como crianças e adolescentes compreendem o mundo.</p>
<h2>Lula fala em aprendizado com jovens</h2>
<p>Em seu discurso, Lula reconheceu que os jovens têm mais domínio sobre questões atuais, especialmente no universo digital, mas frisou que a experiência dos mais velhos também traz ensinamentos importantes. “Hoje é um dia de aprendizado para nós que somos mais velhos. Vocês vieram aqui para me ensinar como a juventude brasileira conhece a questão do clima. Duvido que tenha no mundo um presidente que tenha tido o prazer que eu estou tendo hoje ouvindo a meninada do meu país”, afirmou.</p>
<p>O presidente também criticou a falta de valorização das riquezas naturais do Brasil em comparação ao estímulo ao turismo internacional. Ele defendeu que crianças e adolescentes conheçam a Amazônia, os rios e as tradições culturais nacionais, e não apenas destinos como a Disney.</p>
<p>“É preciso que a gente diga isso na escola, na televisão, e que o governo facilite para que a gente possa fazer viagens e levar as crianças. Isso é turismo, é desenvolvimento de conhecimento, é fazer com que a gente possa crer, ver aquilo que é nosso”, disse Lula.</p>
<h2>Juventude no centro da COP30</h2>
<p>A 6ª CNIJMA, que reúne cerca de 800 participantes, incluindo delegados infantojuvenis de 11 a 14 anos, professores e representantes de todo o país, serve como preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), marcada para Belém, em novembro do próximo ano.</p>
<p>As propostas elaboradas pelos jovens durante o encontro serão levadas ao Balanço Ético Global, que fará parte da agenda oficial da COP30. Para Marina, esta será a conferência da “implementação”, já que muitas decisões técnicas e políticas foram tomadas ao longo dos últimos 30 anos, mas ainda carecem de execução.</p>
<h2>Mobilização nacional pelo clima</h2>
<p>A etapa nacional da 6ª CNIJMA se estende até sexta-feira (10), com atividades culturais, oficinas, painéis e diálogos. De acordo com dados do Ministério da Educação, o processo de mobilização envolveu 8.732 escolas em 2.307 municípios. Entre elas, quase 1.300 estão em áreas de risco socioambiental, além de 186 escolas indígenas, 139 quilombolas e 158 voltadas a estudantes com deficiência.</p>
<p>O evento é organizado pelos ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).</p>

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a "VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA)", no Centro Técnico Educacional da CNTI, Luziânia-GO - 08/10/2025

3000x1800

'Vocês me ensinaram como a juventude brasileira conhece a questão do clima', diz Lula em conferência

<p><b>Por Daniella Almeida, repórter da Agência Brasil - </b>Cerca de 6,7% (10.541) das escolas brasileiras e quase 6,1% (2,51 milhões) dos alunos da educação básica foram impactados com a suspensão de atividades escolares em 2024 devido aos eventos climáticos extremos. Os dados da pesquisa suplementar sobre diversidade e inclusão do Censo Escolar 2024 foram apresentados nesta segunda-feira (6), durante a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (6ª CNIJMA), em Luziânia (GO), que neste ano tem o tema “Vamos transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática”.</p>
<p>Idealizadora da primeira Conferência, realizada em 2003, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, disse que as crianças e os idosos são os mais afetados pelas mudanças climáticas e pelo clima extremo. “As ondas de calor prejudicam muito mais as crianças e os idosos. Quando tem os incêndios, são as crianças que pagam o preço mais alto com problemas respiratórios.”</p>
<p>Por isso, a ministra justificou a necessidade de realização dessas conferências para dar voz ao público infantojuvenil para que cobre a justiça socioambiental e foque no enfrentamento de desigualdades para combater as mudanças do clima.</p>
<blockquote>“Uma das principais ferramentas para essa transformação é a mudança de mentalidade que ajuda a produzir também mudança de atitude. Desde 2003, essa é a lógica das conferências, em uma abordagem adequada à linguagem das crianças, criando ao mesmo tempo o diagnóstico do problema, mas tendo o cuidado de colocar as soluções para que se crie também um espaço de esperança”, afirmou a ministra Marina Silva.</blockquote>
<p>O evento conta com cerca de 800 pessoas de todo o país, entre delegados infantojuvenis de 11 a 14 anos; professores, acompanhantes e representantes das comissões organizadoras estaduais. &nbsp;</p>
<h2>COP da implementação</h2>
<p>A 6ª CNIJMA é um dos eventos preparatórios à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém, em novembro, sob a liderança do governo brasileiro.</p>
<p>O ponto de vista das crianças e dos adolescentes durante a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, nesta semana, será levado ao Balanço Ético Global (BEG), no centro da COP30.&nbsp;</p>
<blockquote>“A voz das crianças será levada para o Balanço Ético Global, que será apresentado na COP30, na versão que elas mesmas fizeram. Ao mesmo tempo, que [as propostas concretas] estão sendo levadas para negociadores, para tomadores de decisão, da forma adequada em que isso pode ser feito.”</blockquote>
<p>“São as crianças e os jovens que estão jogando na frente dos adultos para dizer que não dá para continuar sem fazer o que precisa ser feito. Por isso, a COP30 está ligada a essa conferência [infantojuvenil].”</p>
<p>A ministra entende que a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas, pela primeira vez na Amazônia brasileira, será a COP da implantação de medidas que são discutidas desde a Rio92, 33 anos antes.</p>
<blockquote>“Nós já tomamos decisões muito importantes em relação a viabilizar recursos na ordem de R$1,3 trilhão; de triplicar a energia renovável; de duplicar a eficiência energética, de fazer a transição para o fim do desmatamento e do uso de combustível fóssil. As decisões políticas já foram tomadas. A maior parte das respostas técnicas já existem. O que precisa é o compromisso político e ético de fazer com que essas decisões sejam implementadas. Por isso, o presidente Lula tem dito que essa tem que ser a COP da verdade.”</blockquote>
<h2>Mobilização nacional</h2>
<p>A 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente será realizada até sexta-feira (10) e envolve, sobretudo, estudantes de 11 a 14 anos matriculados em turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, que podem ser delegados do evento.</p>
<p>Desde o primeiro semestre, a 6ª CNIJMA mobilizou 8.732 escolas, em 2.307 municípios brasileiros. Entre essas, 1.293 escolas estavam localizadas em áreas de risco socioambiental e 158 atendiam estudantes com deficiência (PCDs).</p>
<p>O MEC ainda contabiliza o envolvimento de 1.478 escolas da zona rural, 186 indígenas e 139 quilombolas, de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.  &nbsp;</p>
<p>A programação da etapa nacional conta com atividades culturais, gincanas, oficinas, painéis e diálogos com adultos, entre outros, até sexta-feira.</p>
<p>O evento foi organizado pelos ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).</p>

VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente

Em conferência, jovens debatem propostas para levar à COP30

<p><b>247 - </b>O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), destacou nesta quinta-feira (2) a necessidade de integrar a agenda climática às políticas de emprego e proteção social. A fala ocorreu durante a 20ª Reunião Regional Americana da Organização Internacional do Trabalho (OIT), realizada em Punta Cana, na República Dominicana.</p>
<p>Marinho afirmou que a transição para uma economia sustentável deve se apoiar em três pilares: proteção social, requalificação profissional e inclusão. Ele citou os efeitos recentes de secas na Amazônia, nos Pampas e no Pantanal, além das enchentes no Rio Grande do Sul, como exemplos de como eventos extremos já impactam diretamente o mundo do trabalho. “Eventos extremos demonstram a urgência de integrar a agenda climática às políticas de emprego e de proteção ao trabalhador”, declarou.</p>
<h2>Medidas adotadas pelo Brasil</h2>
<p>O ministro ressaltou que o país tem avançado em ações concretas. Entre elas, destacou a atualização da legislação de saúde e segurança no trabalho para lidar com riscos relacionados ao calor, incluindo protocolos de emergência e a definição de responsabilidades das empresas. Outro exemplo é o aplicativo Monitor IBUTG, que mede a exposição dos trabalhadores ao calor, além da produção de materiais educativos em parceria com a Fundacentro.</p>
<h2>Proteção a trabalhadores vulneráveis</h2>
<p>Luiz Marinho lembrou que o governo vem reforçando a fiscalização e ampliando políticas de proteção social, especialmente para os trabalhadores informais e autônomos, considerados mais vulneráveis às transformações do mercado. Nesse sentido, mencionou o envio ao Congresso Nacional do projeto que cria um novo marco regulatório para o trabalho em plataformas digitais, que inclui direitos como proteção social, segurança e representação sindical.</p>
<h2>Empregos verdes e requalificação</h2>
<p>Outro ponto central do discurso foi a importância do diálogo social tripartite e da articulação entre ministérios para alinhar emprego, capacitação e desenvolvimento regional. Marinho defendeu ainda investimentos em empregos verdes e programas de qualificação em setores estratégicos, como energias renováveis, agricultura sustentável, reflorestamento e saneamento.</p>
<p>A intervenção do ministro reforçou a ideia de que a luta contra as mudanças climáticas não se limita à agenda ambiental, mas exige também políticas públicas que garantam condições dignas de trabalho e inclusão social.</p>

'É urgente integrar agenda climática e políticas de emprego', diz Luiz Marinho

<p><b>247 - </b>A 11ª edição da Semana de Inovação foi aberta nesta terça-feira (30), em Brasília, com um forte apelo à cooperação internacional diante da crise climática. O encontro, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), é considerado o maior espaço de debate sobre inovação em governo da América Latina.</p>
<p>A edição deste ano integra a programação oficial da COP30, que será sediada em Belém em 2025. Sob o lema “Um Planeta, Uma Chance”, o evento reúne mais de 15 mil participantes, entre presenciais e virtuais, vindos de 40 países, reforçando o papel do Brasil na construção de soluções conjuntas para enfrentar os impactos ambientais.</p>
<h2>Esther Dweck: liderança brasileira no cenário climático</h2>
<p>Na cerimônia de abertura, a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, destacou a urgência de ação multilateral contra a crise ambiental. “É impossível enfrentar a emergência climática de forma isolada. Essa é uma agenda em que o multilateralismo é essencial. Se a maioria dos países fizer sua parte, ainda assim alguns poucos podem comprometer os esforços globais. Por isso, precisamos de um compromisso coletivo”, afirmou.</p>
<p>Para Dweck, sediar a COP30 fortalece a imagem do Brasil como referência em políticas climáticas. Segundo ela, “esta é a COP30 da implementação, que é como fazer as coisas; já sabemos o que fazer, mas temos muita dificuldade em como fazer. Precisamos cada vez mais do envolvimento do Estado nessa agenda”.</p>
<h2>Enap, MMA e Caixa reforçam papel do setor público</h2>
<p>A presidenta da Enap, Betânia Lemos, enfatizou a centralidade do setor público na formulação de políticas que aliem sustentabilidade, inovação e justiça social. “A inovação pública não é o fim em si mesmo, ela é uma ponte. Neste caso, uma ponte entre a política e o território, entre a gestão e as pessoas, entre os desafios presentes e as possibilidades do futuro”, declarou.</p>
<p>O secretário de Mudança do Clima do MMA, Aloísio Melo, alertou para o impacto desigual das mudanças climáticas, que atinge com maior severidade países em desenvolvimento. “Os países que estão vivendo emergências climáticas e que estão sendo mais afetados pelos impactos dos eventos extremos são aqueles que se desenvolveram menos, que estão mais expostos, que têm mais vulnerabilidades econômicas e sociais”, afirmou.</p>
<p>Já o superintendente nacional de Impacto e Sustentabilidade da Caixa, Rogério Saab, destacou a urgência de uma transição justa para uma economia de baixo carbono. “A gente percebe que os eventos climáticos extremos vão acontecer, vão acontecer cada vez com maior intensidade, com maior recorrência, e nós precisamos fazer alguma coisa, precisamos tomar alguma atitude de forma proativa, para que essa realidade não prejudique aqueles que são mais vulneráveis”, alertou.</p>
<h2>Manifesto 2025 e mobilização global</h2>
<p>Durante a solenidade, foi lançado o Manifesto 2025 da Semana de Inovação, que convoca governos, sociedade civil e setor privado a transformar os desafios ambientais em oportunidades para o desenvolvimento sustentável, com servidores públicos como protagonistas desse processo de mudança.</p>
<p>A programação segue até 2 de outubro e inclui debates, palestras e atividades voltadas à construção de soluções inovadoras que unam sustentabilidade, justiça social e transformação digital.&nbsp;</p>

Compromisso coletivo contra crise climática marca abertura da Semana da Inovação em Brasília

<p><b>247 - </b>Com o Brasil prestes a sediar em Belém a COP30, a maior conferência mundial sobre mudanças climáticas, um dado chama atenção: 71% dos brasileiros não sabem o que é o evento, segundo pesquisa do Ideia Instituto de Pesquisa e pelo instituto LaClima. De forma adicional, outra questão acompanha esse dado: , 34% da população desconhece o que são as mudanças climáticas, como mostra levantamento do Datafolha e da Tereos. Os números revelam a lacuna crítica do distanciamento entre a crise socioambiental e o cotidiano das pessoas.</p>
<p>Para o Pulitzer Center, uma das causas dessa desconexão é a falta de comunicação acessível e educação de qualidade em torno do tema, especialmente em contextos locais. A solução para essa lacuna passa justamente por reconhecer e fortalecer as narrativas construídas nos territórios como ferramentas essenciais para engajar a sociedade em torno de soluções justas e eficazes.</p>
<p>“As mudanças climáticas ainda são tratadas como um tema distante, técnico ou institucional. Mas elas já impactam a vida de milhões de pessoas todos os dias. Tornar essa crise compreensível, concreta e mobilizadora depende de uma mudança de abordagem que passa por escutar os territórios, apoiar o jornalismo local e articular saberes em espaços educativos e públicos”, afirma Maria Darrigo, gerente do programa de educação para a América Latina do Pulitzer Center.</p>
<h2>A força das narrativas locais</h2>
<p>Em regiões como a Amazônia e os territórios costeiros, os impactos da crise climática são intensos e crescentes. Mas são também nesses lugares que surgem iniciativas de resistência, estratégias de adaptação e propostas de futuro, construídas por comunidades tradicionais, povos indígenas, educadores populares, pescadores e trabalhadores rurais.</p>
<p>Ao apoiar reportagens e projetos educativos nesses espaços, o Pulitzer Center tem contribuído para amplificar vozes que historicamente foram silenciadas. Ao lado de comunicadores locais, educadores e cientistas, a organização trabalha para transformar experiências vividas em informação acessível e estratégica, seja por meio de cartilhas comunitárias, programas para rádios locais, podcasts, campanhas em redes sociais ou reportagens investigativas de alcance nacional e global.“Quando as histórias são contadas por quem vive a realidade, elas ganham potência, legitimidade e mobilizam muito mais. O jornalismo, nesse contexto, é uma ponte entre mundos: conecta saberes locais às políticas públicas, aproxima quem vive nos centros urbanos dos territórios e dá visibilidade às soluções construídas fora dos grandes fóruns institucionais”, destaca Gustavo Faleiros, diretor do núcleo de investigações ambientais do Pulitzer Center.</p>
<h2>Na prática: jornalismo e educação que mobilizam</h2>
<p>As ações do Pulitzer Center mostram, na prática, como jornalismo, comunicação e educação podem gerar engajamento real. Nos estados do Maranhão e Pará, por exemplo, a mostra <i>Histórias da Amazônia</i>, organizada pelo Pulitzer em parceria com universidades, levou filmes, rodas de conversa e debates sobre a floresta para dentro da floresta, atingindo diretamente estudantes, professores, lideranças locais e moradores, a partir de reportagens apoiadas pelo Pulitzer. Por meio das atividades, o público pode conhecer modelos de desenvolvimento impostos na região, ameaças aos povos da floresta e o que eles têm a ensinar no enfrentamento às mudanças do clima.</p>
<p>Já o programa educacional Clima no Antropoceno articula uma série de iniciativas com foco na interseção entre crise climática, ciência e saberes tradicionais. Entre elas, os <i>Diálogos Itinerantes Amazônia no Antropoceno</i>, que percorrem universidades e centros comunitários da região Norte com mesas de discussão sobre o futuro da floresta; e os webinários interdisciplinares, que conectam oceano, clima, maretórios e territórios a partir de múltiplas perspectivas.</p>
<p>Nas universidades, o Pulitzer também atua na formação de estudantes de instituições públicas, a partir de suas narrativas investigativas e cobertura socioambiental. Nas escolas de ensino médio e fundamental, o Pulitzer tem promovido planos de aula baseados em reportagens, além de concursos de ensaios que convidam os alunos a escreverem sobre temas que impactam seu futuro. As atividades envolvem diretamente professores e gestores escolares, com foco em territórios mais vulneráveis às mudanças climáticas.</p>
<p>Além disso, o <a href="https://pulitzercenter.org/pt-br/grants-fellowships/impact-seed-funding">Fundo Semear</a> apoia pesquisadores e professores da América Latina a desenvolverem projetos de comunicação e pesquisa com impacto local. Boa parte dessas iniciativas integra universidades e escolas públicas na construção de uma educação crítica e inclusiva, ancorada nas realidades locais.</p>
<h2>Comunicar para agir</h2>
<p>A emergência climática é um tema transversal que afeta a saúde, a segurança alimentar, questões de energia, economia, tecnologia e trabalho. Mas ainda é costumeiramente vista como debate de nicho. Um estudo recente do próprio Pulitzer Center, <a href="https://pulitzercenter.org/sites/default/files/2024-10/MakingWaves.pdf"><i>Making Waves</i></a>, revelou que isso se reflete na cobertura sobre o oceano, que continua subrepresentada na mídia e desconectada de discussões maiores - como justiça climática, biodiversidade e políticas públicas - em meio a dificuldades estruturais como falta de orçamento, treinamento e conexão com outras agendas globais.</p>
<p>Quase 90% dos jornalistas ouvidos pela pesquisa consideram a atenção dada ao tema insuficiente, com matérias concentradas em eventos pontuais e pouca presença de vozes locais, indígenas ou de comunidades costeiras. Temas como mineração em alto-mar, conflitos territoriais e os impactos sociais de políticas de conservação são apontados como pouco explorados ou ausentes. Ainda assim, a mídia é vista como peça-chave para aproximar o público da ciência e influenciar políticas públicas. Ao trazer esses dados à tona, o estudo reforça a urgência de investir em jornalismo e comunicação que ampliem o acesso à informação qualificada e diversificada e o engajamento social com as soluções climáticas.</p>
<p>O mesmo vale para a educação formal, onde a crise do clima ainda é, na maioria das vezes, ausente ou abordada de forma lateral. “Falta debate e também material didático atualizado, falta conexão com a realidade dos alunos. A educação precisa ser um campo estratégico para a transição climática, com metodologias engajadoras, baseadas em saberes múltiplos e no cotidiano dos territórios”, reforça Maria Darrigo.</p>
<h2>COP30: a chance de mudar o rumo da conversa</h2>
<p>A realização da COP30 em Belém representa uma oportunidade inédita para o Brasil colocar os territórios no centro do debate climático global. Para isso, é importante ampliar o alcance de debates relevantes no contexto do evento e diversificar as narrativas climáticas, não apenas para explicar as negociações, mas para mostrar que o futuro do planeta depende especialmente do que acontece nos territórios, em espaços onde há conhecimento capaz de indicar caminhos e soluções climáticas.</p>
<p>A educação, o jornalismo e a comunicação são ferramentas potentes para garantir essa virada. Se encarados como prioridade estratégica, em um ambiente seguro a defensores, jornalistas e comunicadores, é possível abrir espaço real para a escuta e o protagonismo local.</p>
<p>“Sem facilitar o acesso ao debate climático de qualidade e sem reconhecer os saberes que nascem dos territórios, qualquer solução climática estará incompleta”, conclui Gustavo Faleiros.</p>

Redação Brasil 247

COP30

Às vésperas da COP30, desinformação expõe desafio do Brasil em engajar a sociedade sobre a crise climática

<p><b>247 - </b>Ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, <i>chairman </i>do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), criticou duramente o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU. Em postagem nas redes sociais, Prates classificou como “desonestidade intelectual, demagogia barata e irresponsabilidade ambiental” as declarações do líder norte-americano sobre energia eólica.</p>
<p>Trump afirmou que a fonte é “patética” e “a mais cara do mundo”, além de insinuar que a China apenas vende turbinas, mas não aproveita o vento para gerar eletricidade. Segundo Prates, essas afirmações carecem de base técnica e ignoram dados recentes de agências internacionais de energia.</p>
<h2>Energia eólica é competitiva e estratégica</h2>
<p>Prates destacou que a energia eólica terrestre (onshore) está entre as fontes mais baratas da matriz elétrica global. Relatórios da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e da Agência Internacional de Energia (IEA) comprovam que o custo nivelado de eletricidade (LCOE) da eólica onshore já compete, e em muitos casos supera, o de usinas fósseis como gás natural e carvão.</p>
<p>Embora a geração offshore ainda apresente custos mais elevados, o ex-presidente da Petrobras ressaltou que esses valores estão em rápida queda, impulsionados pela inovação tecnológica, pela escala de produção e pelo fortalecimento das cadeias de suprimento globais. “Chamar a fonte de ‘a mais cara do mundo’ não passa de retórica política sem fundamento técnico”, afirmou.</p>
<h2>China lidera em capacidade instalada</h2>
<p>Em contraposição ao discurso de Trump, Prates lembrou que a China é hoje a principal potência mundial em geração eólica. Entre 2023 e 2024, o país asiático foi responsável por mais da metade da nova capacidade instalada global, tanto em projetos onshore quanto offshore.</p>
<p>“As maiores turbinas eólicas já fabricadas, de 16 a 18 MW, são chinesas e estão sendo instaladas em parques offshore”, destacou Prates. Ele acrescentou que é incorreto afirmar que a China apenas comercializa equipamentos: “Na realidade, os chineses utilizam a energia eólica em escala inédita, integrando-a a políticas industriais e de descarbonização”.</p>
<h2>Retórica política versus realidade de mercado</h2>
<p>Não é a primeira vez que Trump ataca a energia eólica. Durante sua presidência, ele chegou a difundir alegações sem respaldo científico, como a de que turbinas poderiam causar câncer pelo barulho. Para Prates, essa narrativa está diretamente ligada ao apoio do presidente norte-americano a combustíveis fósseis — carvão, gás e petróleo — e ao apelo a setores rurais conservadores que resistem à mudança da paisagem.</p>
<p>Enquanto isso, no mercado internacional, a eólica é cada vez mais vista como estratégica para garantir segurança energética e competitividade industrial. “As falas de Trump se assemelham mais a um papo de clube de golfe, regado a estatísticas distorcidas e argumentos equivocados, do que a um discurso alinhado à realidade econômica e tecnológica”, concluiu Prates.</p>
<p>Para o ex-senador, o ataque do presidente dos Estados Unidos não apenas ignora a transformação em curso no setor energético, como também desconsidera a relevância da energia eólica como pilar da matriz elétrica do século XXI.</p>

Jean Paul Prates e energia eólica offshore

Meio Ambiente

"Desonestidade, demagogia e irresponsabilidade ambiental", diz Jean Paul Prates sobre Trump na ONU

<p><b>247 - </b>O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma linha especial de crédito no valor de R$ 12 bilhões para apoiar agricultores atingidos por fenômenos climáticos extremos. A medida, segundo a coluna <a href="https://www1.folha.uol.com.br/blogs/c-level-plano-brasilia/2025/09/governo-abre-linha-de-credito-de-r-12-bi-para-produtores-afetados-por-eventos-climaticos-extremos.shtml">C-Level</a>, da Folha de S.Paulo, busca dar fôlego a produtores impactados por estiagens, enchentes, geadas e vendavais.</p>
<p>O programa, financiado com recursos do Tesouro Nacional, cobre dívidas do crédito rural de pequenos, médios e grandes produtores, além da emissão de Cédulas de Produto Rural (CPR), que são títulos vinculados à produção agrícola.</p>
<h2>Quem pode acessar os recursos</h2>
<p>Cada produtor individual poderá solicitar até R$ 3 milhões, enquanto cooperativas terão limite de R$ 50 milhões. O prazo de pagamento é de até nove anos, com possibilidade de um ano de carência e juros que não ultrapassam 6% ao ano.</p>
<p>Para aderir, é necessário que as dívidas tenham sido contraídas até 30 de junho de 2024. Outro requisito é que o município do empreendimento tenha decretado estado de calamidade pública ao menos duas vezes entre janeiro de 2020 e dezembro de 2024, com perda mínima de 20% na produção local.</p>
<h2>Impacto no campo e na economia</h2>
<p>O crédito emergencial chega em um momento em que as mudanças climáticas intensificam os prejuízos no setor agrícola. Eventos como estiagens prolongadas e enchentes já comprometeram safras inteiras em diferentes regiões do país, afetando desde agricultores familiares até grandes cooperativas.</p>
<p>A expectativa do governo é que a medida reduza o risco de insolvência e ajude a manter a estabilidade econômica das comunidades agrícolas, garantindo a continuidade da produção e a preservação de empregos ligados ao campo.</p>

Paulo Emilio

Agro

Agricultores terão R$ 12 bi em crédito contra perdas climáticas

<p><b>Por Camila Boehm, repórter da Agência Brasil - </b>A Virada Sustentável celebra 15 anos de história com programação gratuita e descentralizada, em São Paulo, no ano da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, que será realizada em novembro em Belém.&nbsp;</p>
<p>De 17 a 21 de setembro, o maior festival de sustentabilidade da América Latina ocupa diversos espaços da capital paulista. Instalações artísticas, feiras, exposições, performances, oficinas, shows, cinema, debates e o Fórum Virada Sustentável são parte da programação.</p>
<p>No Centro Cultural São Paulo (CCSP), um dos destaques é a exposição de Araquém Alcântara, um dos precursores da fotografia de natureza no Brasil. No local, estão previstos também show da cantora Mariana Aydar e sessão do filme de Anna Muylaert, “<i>A Melhor Mãe do Mundo</i>”.</p>
<p>Realizada em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, a Virada Sustentável completa 15 anos de existência com a marca de 55 edições realizadas em diversas cidades do país. Em São Paulo, esta é a 15ª edição.</p>
<p>Obras artísticas que se tornaram emblemáticas ao longo desses anos de história do evento serão expostas, constituindo-se em uma proposta de museu temporário da sustentabilidade. Ainda no CCSP, palestras e debates sobre cidades, ambiente, sociedade e economia serão realizados no âmbito do fórum.</p>
<p>Estão confirmados nomes de referência como Maria Beatriz Nogueira, chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados da ONU (Acnur); Rodrigo Perpétuo, secretário executivo do ICLEI América do Sul, associação internacional de governos locais e subnacionais dedicados ao desenvolvimento sustentável; e Kamila Camilo, ativista, empreendedora social e fundadora do Instituto Oya e Creators Academy.</p>
<p>Serão montadas também instalações artísticas de Lixomania e Oxil, reconhecidos pela atuação na arte urbana, como o grafite e o pixo, além da instalação Insalubre de SpParis, que denuncia o ciclo destrutivo da fast fashion e seus impactos socioambientais. As obras pretendem estimular reflexões sobre consumo e resíduos.</p>
<h2>Atividades pela cidade</h2>
<p>Na Casa das Rosas, museu localizado na Avenida Paulista, funcionará uma feira de brechós, exposições, música, além da roda de conversa Raízes da Resistência, com a ativista indígena Txai Suruí, Jaci Martins do povo Guarani Mbya, Day Moreira também ativista indígena, com mediação de Chirley Pankará, pedagoga, mestre em educação e ativista ambiental.</p>
<p>A pauta indígena será reforçada em atividades realizadas no vão livre do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). No local, o público poderá assistir a mais performances artísticas e apresentações de artistas da etnia Fulni-ô.&nbsp;</p>
<p>Na Aldeia Pindomirim, na Terra Indígena Jaraguá, haverá uma exposição inédita na cidade, com imagens do projeto Ruínas da Floresta, do fotógrafo e jornalista brasileiro Rafael Vilela, vencedor do POY-Latam 2025, importante concurso de fotografia documental ibero-americana. A exposição estará em São Paulo pela primeira vez após temporada em Londres, no Reino Unido.&nbsp;</p>
<p>Na ciclovia às margens do Rio Pinheiros, na zona oeste da cidade, a instalação artística Capivaras vai chamar a atenção do público. É uma escultura inflável de quatro metros de altura, na forma de capivara, representando uma fêmea e seu filhote. Criada pelo artista Eduardo Baum, a obra simboliza o papel silencioso desses grandes roedores no equilíbrio ambiental.</p>
<p>A arte do muralismo também integra a programação desta edição da Virada Sustentável. Um novo mural, produzido pelo ativista Mundano, localizado no número 930 da Rua Jaceguai, já está visível para quem passa pelo endereço. A obra, de 195,5 metros quadrados, é uma homenagem às catadoras e aos catadores de materiais recicláveis. O mural foi feito com tintas produzidas a partir de cinzas da floresta queimada na aldeia Anambé, localizada no Pará, além de argilas coletadas em diversas regiões do estado.&nbsp;</p>
<p>A variedade da programação se estende a espaços públicos em outras regiões da cidade, como unidades de centros educacionais unificados (CEUs), unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc), unidades básicas de Saúde (UBSs) e parques.</p>
<p>De São Paulo, o festival partirá para o Rio de Janeiro,, com programação entre os dias 16 e 19 de outubro.</p>
<p>A programação está no <a href="https://viradasustentavel.org.br/sao-paulo/#programacao." target="_blank"><i>site</i> da Virada Sustentável</a>.&nbsp;</p>

Virada Sustentável celebra 15 anos com programação diversa e gratuita

<p><b>247 - </b>O Ministério das Cidades anunciou que sete projetos sociais foram contemplados pelo primeiro Edital Periferias Verdes Resilientes, lançado pela Secretaria Nacional de Periferias. A iniciativa destina R$ 15,3 milhões a organizações da sociedade civil para implementar Soluções Baseadas na Natureza (SBN) em comunidades periféricas, com foco em adaptação às mudanças climáticas.</p>
<p>O anúncio foi feito na quarta-feira (10), durante o seminário <i>Cidades Verdes Resilientes</i>, em Brasília, pelo ministro das Cidades, Jader Filho. “São projetos criados para a realidade das comunidades periféricas, que se somam às ações já consolidadas pelo programa Periferias Vivas Urbanização de Favelas, que unem macrodrenagem, obras de pavimentação, esgotamento sanitário e abastecimento de água”, destacou o ministro.</p>
<h2>Projetos contemplados pelo edital</h2>
<p>As propostas selecionadas abrangem diferentes regiões do país:</p>
<ul>
  <li>Belo Horizonte (MG): Instituto de Assessoria a Mulheres e Inovação – R$ 1,5 milhão para ações na comunidade Izidora.</li>
  <li>Rio de Janeiro (RJ): Redes da Maré – R$ 2,4 milhões para projeto no Complexo de Favelas da Maré.</li>
  <li>Santo André (SP): Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores de Favelas – R$ 1,5 milhão para intervenção na favela Nova Centreville.</li>
  <li>Fortaleza (CE): Taramela Assessoria Técnica em Arquitetura e Cidade – R$ 2,4 milhões para atuação na comunidade Afluentes do Rio Maranguapinho.</li>
  <li>Olinda (PE): Federação de Órgãos para Assistência Social e Educação – R$ 2,3 milhões para ações na comunidade Beira do Rio Condor.</li>
  <li>Belém (PA): Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa – R$ 2,5 milhões para intervenções na bacia do Tucunduba.</li>
  <li>Colombo (PR): Organização Soylocoporti – R$ 2,3 milhões para atuação no Jardim das Graças II, na Região Metropolitana de Curitiba.</li>
</ul>
<h2>Expansão das políticas públicas</h2>
<p>Além do edital, foi lançada a chamada pública AdaptAção, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A iniciativa vai selecionar propostas de 50 municípios para atualização das políticas locais de adaptação climática.</p>
<p>Segundo Jader Filho, os investimentos devem ser contínuos e integrados entre diferentes esferas de governo: “O governo federal está fazendo sua parte, mas é fundamental que os governos municipais e estaduais incluam em seus orçamentos esses investimentos. Isso tem que ser distribuído de maneira perene, constante e representativa em todas as esferas da nossa federação”.</p>
<h2>Outros projetos em andamento</h2>
<p>O programa SBN nas Periferias já desenvolve cinco protótipos em parceria com universidades federais, aplicando R$ 873,5 mil em comunidades de Ilhéus (BA), Ceilândia (DF), Palmas (TO), Fortaleza (CE) e Belém (PA).</p>
<p>O Ministério das Cidades destacou que o edital recebeu 91 propostas, superando a expectativa inicial de seis contemplados, e reforça o compromisso do governo com a resiliência urbana, a justiça ambiental e a participação social no enfrentamento das mudanças climáticas.</p>

Periferias urbanas receberão investimentos para projetos ambientais em sete cidades brasileiras

<p><b>Agência Brasil - </b>Especialistas da área de arquitetura e urbanismo se reuniram nos últimos dias, em Brasília, para debater as principais questões envolvendo a vida nas cidades.</p>
<p>Os debates ocorreram durante a Conferência Internacional CAU 2025, promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). O evento reuniu cerca de 4,5 mil profissionais e foi encerrado neste sábado (6).</p>
<p>A contribuição negativa da geografia urbana para as emissões de gases de efeito estufa foi um dos principais temas discutidos. A questão está em destaque em função dos preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro deste ano, em Belém.</p>
<p>Durante os painéis, os palestrantes debateram os desafios da arquitetura para diminuir os efeitos das mudanças climáticas e tornar as cidades mais resilientes aos efeitos de enchentes e outros desastres naturais.</p>
<p>A partir da conferência, os profissionais ressaltaram a necessidade de soluções que combinem sustentabilidade e desenvolvimento urbano.</p>
<p>Para a presidente do conselho, Patrícia Sarquis Herden, o evento conseguiu promover debates essenciais para a sociedade.</p>
<p>"Mesmo com quase 15 anos, o CAU/BR mostra sua capacidade de promover grandes debates essenciais em arquitetura e urbanismo, como habitação, mobilidade, mudanças climáticas e inclusão", afirmou. </p>
<p>Também foram abordados temas como o direito à cidade para pessoas LGBTQIAPN+ e justiça ambiental e povos originários.</p>

Arquitetos debatem soluções para diminuir mudanças climáticas

<p><b>Lucas Pordeus León, repórter da Agência Brasil - </b>A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, pediu o fim do uso dos combustíveis fósseis e do desmatamento, considerando as limitações de cada país. Em Adis Abeda, capital da Etiópia, a ministra participou na sexta-feira (5) do encerramento do Balanço Ético Global, iniciativa do Brasil em parceira com as Nações Unidas (ONU) para aumentar a participação da sociedade civil na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém.</p>
<p>“Precisamos iniciar o planejamento de forma justa para o fim do desmatamento e o fim dos combustíveis fósseis. Não podemos mais continuar sem atacar as causas da mudança do clima”, enfatizou a ministra.</p>
<p>Para acabar com a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, que estão entre as principais causas da geração de gases que provocam o aquecimento global, raiz da crise climática, Marina pondera que é preciso considerar as diferenças entre os países.</p>
<p>“Para tanto, há que considerar as diferenças entre países, suas necessidades, dificuldades e circunstâncias nacionais, abordando esse desafio tanto pelo lado da produção, quanto do consumo. Esse processo precisa ser justo, inclusive, para pessoas, países e regiões e, sobretudo, para os mais vulnerabilizados”, completou a ministra.</p>
<p>Para Marina Silva, o grande desafio da transição energética é ajudar os países que não têm condições econômicas de abandonar os combustíveis fósseis por conta própria.</p>
<p>“O grande desafio é que a gente possa fazer uma transição justa e planejada para o fim de combustível fóssil, acelerando a energia renovável, ajudando os países que, às vezes, têm que usar carvão, têm que usar lenha, para que possam ter também outras alternativas”, acrescentou.</p>
<h2>Adversários poderosos</h2>
<p>Ainda segundo a ministra, o combate às mudanças climáticas enfrenta a oposição de "poderosos", que se opõem aos esforços para a transição energética. "Existem aquelas pessoas que não querem enfrentar a mudança do clima. Infelizmente, uma grande quantidade delas no mundo têm muito poder, com muita tecnologia, com muito dinheiro, e não é fácil de enfrentá-las”, acrescentou.</p>
<p>Com o retorno de Donald Trump à presidência, os Estados Unidos (EUA) anunciaram a saída do Acordo de Paris, compromisso internacional para evitar que a temperatura média da Terra suba mais que 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais ─ limite considerado um ponto de não retorno para a recuperação do meio ambiente.</p>
<p>Em seu mandato anterior, o republicano já havia tomado essa medida, que havia sido revertida durante o governo do democrata Joe Biden, que o sucedeu.</p>
<p>Trump também autorizou a exploração de petróleo sem limites, acabou com subsídios para carros elétricos e desmontou políticas para transição energética.&nbsp;</p>
<p>Já as gigantes da tecnologia, as big techs estadunidenses, têm anunciado apoio aberto às políticas da Casa Branca. Em um jantar na quinta-feira (4), em Washington, chefes da Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp), Apple, Microsoft e OpenIA agradeceram a “liderança” de Trump, enquanto prometem investimentos no país.</p>
<h2>Financiamento</h2>
<p>A ministra Marina Silva ponderou ainda que, após mais de 30 anos de discussões sobre mudanças climáticas, apenas na COP28, em 2023, nos Emirados Árabes Unidos, é que foi definido a necessidade de abandonar o uso dos combustíveis fósseis, além de triplicar a energia renovável e duplicar a eficiência energética.</p>
<p>Na COP30, no Brasil, o governo espera que sejam definidas as metas para se chegar a esse objetivo, assim como o desmatamento zero até 2030. “Todos têm os meios para fazer isso? Claro que não, e precisarão ser ajudados para poder conseguir fazer essa transição”, ponderou.</p>
<p>Na COP29, do Azerbaijão, foi definido que os países desenvolvidos devem fornecer, pelo menos, US$ 300 bilhões por ano até 2035 aos países em desenvolvimento, para ajudá-los na transição energética, com convocação às nações para alcançar US$ 1,3 trilhão anuais em 2035.</p>
<p>Entre os objetivos da presidência brasileira na COP30, está criar os mecanismos financeiros para viabilizar esse financiamento para transição energética e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.</p>

Tudo sobre mudancas-climaticas