<p><b>247 -</b> A Prefeitura de Maricá, por meio da Companhia Maricá Alimentos S.A. (AMAR), marcou presença na Rio+Agro 2025 – Fórum Internacional do Desenvolvimento Agroambiental Sustentável, realizado entre 1º e 3 de outubro no Riocentro, no Rio de Janeiro. Considerado o maior evento da América Latina dedicado ao tema, o fórum reuniu mais de 24 mil pessoas e delegações de 25 países, consolidando-se como um espaço estratégico para articulação entre governos, empresas e instituições voltadas à inovação e à sustentabilidade no campo.</p>
<p>“A participação de Maricá na Rio+Agro foi uma oportunidade valiosa para apresentarmos nossos projetos e ampliarmos parcerias com instituições que compartilham da mesma visão de futuro sustentável”, destacou Marlos Costa, presidente da AMAR, que participou de rodadas de negócios e painéis sobre inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável.</p>
<p>O estande da AMAR atraiu gestores, produtores e pesquisadores interessados nas políticas públicas de agricultura familiar, pesca artesanal e aquicultura desenvolvidas em Maricá.</p>
<p>Além de apresentar produtos locais e experiências de sucesso, o espaço serviu como ponto de diálogo e cooperação internacional, com destaque para iniciativas voltadas à geração de renda, à valorização do trabalhador do campo e à segurança alimentar da população.</p>
<p>Durante os três dias de programação, representantes do município participaram de encontros bilaterais e mesas temáticas sobre inovação no setor agroambiental, transição ecológica e cadeias produtivas sustentáveis — temas centrais para o fortalecimento da economia local com responsabilidade ambiental.</p>

Guilherme Paladino

original

2560x1440

1250x600

1280x490

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

Sudeste

Maricá amplia parcerias internacionais na Rio+Agro 2025

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quarta-feira (1º), a Lei nº 15.228/2025, que estabelece diretrizes para a conservação, recuperação e desenvolvimento sustentável do Pantanal, reconhecido como patrimônio nacional. A norma foi publicada no <i>Diário Oficial da União</i> e promete conciliar preservação ambiental com geração de emprego e renda para a população da região.</p>
<p>O texto prevê medidas para o fortalecimento do monitoramento ambiental, estímulo à bioeconomia, turismo sustentável e recuperação de áreas degradadas. A legislação reforça ainda o papel estratégico da agropecuária, mas exige que atividades econômicas respeitem os limites do Código Florestal.</p>
<h2>Princípios da nova legislação</h2>
<p>A lei incorpora princípios como participação social, transparência, respeito às diversidades regionais e pacto federativo. Também reforça a função social e ambiental da propriedade rural e incentiva práticas tecnológicas que substituam o uso do fogo.</p>
<h2>Regras para o corte de vegetação</h2>
<p>A norma torna obrigatório o cadastramento de imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a autorização do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) para qualquer supressão de vegetação nativa no bioma. O descumprimento da legislação, especialmente das normas sobre Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal, impede qualquer autorização de desmatamento.</p>
<h2>Medidas de incentivo e financiamento</h2>
<p>O texto legal prevê programas de pagamento por serviços ambientais e incentivos fiscais para iniciativas sustentáveis. Os recursos poderão vir do Fundo Nacional do Meio Ambiente, de doações privadas e de fundos patrimoniais, fortalecendo projetos de restauração e conservação.</p>
<h2>Selo Pantanal Sustentável</h2>
<p>Uma das inovações é a criação do selo “Pantanal Sustentável”, certificação destinada a reconhecer pessoas físicas e jurídicas que adotem boas práticas ambientais. O selo, válido por cinco anos e renovável, busca valorizar produtos e serviços locais, fomentar o turismo ecológico, a cultura regional e atividades agrossilvipastoris baseadas em sustentabilidade.</p>
<p>Com essa medida, o governo federal pretende unir desenvolvimento econômico e preservação ambiental, garantindo que o Pantanal continue sendo um dos biomas mais ricos e importantes do Brasil.</p>

Guilherme Levorato

Áreas de preservação do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. 

Brasil Sustentável

Lula sanciona lei para fortalecer proteção e uso sustentável do Pantanal

<p><b>247 - </b>A 11ª edição da Semana de Inovação foi aberta nesta terça-feira (30), em Brasília, com um forte apelo à cooperação internacional diante da crise climática. O encontro, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), é considerado o maior espaço de debate sobre inovação em governo da América Latina.</p>
<p>A edição deste ano integra a programação oficial da COP30, que será sediada em Belém em 2025. Sob o lema “Um Planeta, Uma Chance”, o evento reúne mais de 15 mil participantes, entre presenciais e virtuais, vindos de 40 países, reforçando o papel do Brasil na construção de soluções conjuntas para enfrentar os impactos ambientais.</p>
<h2>Esther Dweck: liderança brasileira no cenário climático</h2>
<p>Na cerimônia de abertura, a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, destacou a urgência de ação multilateral contra a crise ambiental. “É impossível enfrentar a emergência climática de forma isolada. Essa é uma agenda em que o multilateralismo é essencial. Se a maioria dos países fizer sua parte, ainda assim alguns poucos podem comprometer os esforços globais. Por isso, precisamos de um compromisso coletivo”, afirmou.</p>
<p>Para Dweck, sediar a COP30 fortalece a imagem do Brasil como referência em políticas climáticas. Segundo ela, “esta é a COP30 da implementação, que é como fazer as coisas; já sabemos o que fazer, mas temos muita dificuldade em como fazer. Precisamos cada vez mais do envolvimento do Estado nessa agenda”.</p>
<h2>Enap, MMA e Caixa reforçam papel do setor público</h2>
<p>A presidenta da Enap, Betânia Lemos, enfatizou a centralidade do setor público na formulação de políticas que aliem sustentabilidade, inovação e justiça social. “A inovação pública não é o fim em si mesmo, ela é uma ponte. Neste caso, uma ponte entre a política e o território, entre a gestão e as pessoas, entre os desafios presentes e as possibilidades do futuro”, declarou.</p>
<p>O secretário de Mudança do Clima do MMA, Aloísio Melo, alertou para o impacto desigual das mudanças climáticas, que atinge com maior severidade países em desenvolvimento. “Os países que estão vivendo emergências climáticas e que estão sendo mais afetados pelos impactos dos eventos extremos são aqueles que se desenvolveram menos, que estão mais expostos, que têm mais vulnerabilidades econômicas e sociais”, afirmou.</p>
<p>Já o superintendente nacional de Impacto e Sustentabilidade da Caixa, Rogério Saab, destacou a urgência de uma transição justa para uma economia de baixo carbono. “A gente percebe que os eventos climáticos extremos vão acontecer, vão acontecer cada vez com maior intensidade, com maior recorrência, e nós precisamos fazer alguma coisa, precisamos tomar alguma atitude de forma proativa, para que essa realidade não prejudique aqueles que são mais vulneráveis”, alertou.</p>
<h2>Manifesto 2025 e mobilização global</h2>
<p>Durante a solenidade, foi lançado o Manifesto 2025 da Semana de Inovação, que convoca governos, sociedade civil e setor privado a transformar os desafios ambientais em oportunidades para o desenvolvimento sustentável, com servidores públicos como protagonistas desse processo de mudança.</p>
<p>A programação segue até 2 de outubro e inclui debates, palestras e atividades voltadas à construção de soluções inovadoras que unam sustentabilidade, justiça social e transformação digital.&nbsp;</p>

Compromisso coletivo contra crise climática marca abertura da Semana da Inovação em Brasília

<p><b>247 – </b>A menos de dois meses da COP 30, o Brasil reforça sua posição como protagonista nas discussões globais sobre mudança do clima. Em entrevista publicada pelo site da COP 30 e reproduzida pela Agência Gov, o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores e chefe da delegação negociadora brasileira, afirmou que o país reúne credenciais únicas para liderar as negociações internacionais.</p>
<p>Segundo Lyrio, essas credenciais vão além da diplomacia. “O Brasil tem credenciais únicas em termos de negociação na área climática, mas, além disso, eu diria de políticas públicas e também eu diria de características próprias do Brasil, que contribuem para o combate à mudança do clima. O Brasil fez uma transição energética, no sentido de tornar a sua matriz mais renovável, muito antes da própria discussão sobre combate à mudança do clima”, ressaltou.</p>
<h2>Patrimônio natural como diferencial</h2>
<p>O embaixador destacou ainda o valor do patrimônio ambiental do Brasil, lembrando que mais da metade do território nacional é coberto por florestas nativas. “O Brasil tem esse acervo extraordinário biológico que é um país de cobertura florestal. Mais da metade do território brasileiro é ocupado por florestas nativas, originais. Não só a Floresta Amazônica, mas outras florestas”, acrescentou.</p>
<h2>Energia renovável e tecnologia flex</h2>
<p>O Brasil é visto como exemplo internacional no uso de energia limpa, com mais de 90% da matriz elétrica composta por fontes renováveis, especialmente hidrelétricas, biomassa e etanol. Para Lyrio, a experiência brasileira com biocombustíveis é singular: “Isso de você poder ter acesso a carros flex já saídos da concessionária, da fábrica ou de uma compra particular não existe em outros países”, afirmou, lembrando que a tecnologia automotiva nacional tornou possível o uso cotidiano de diferentes combustíveis sustentáveis.</p>
<h2>Agenda de financiamento climático</h2>
<p>Outro ponto central levantado pelo chefe da delegação brasileira é o papel do Brasil na construção de mecanismos de financiamento para o enfrentamento da crise climática. Lyrio destacou que o país tem liderado propostas de cooperação internacional desde o G20 em 2024 e no BRICS em 2025.</p>
<p>Durante a COP 30, será lançado o <b>Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês)</b>, voltado à remuneração de países que mantêm suas florestas preservadas. “A gente criou, por exemplo, no G20, uma força tarefa específica para a questão sobre o melhor financiamento para o combate à mudança do clima. E também no BRICS, nós lançamos uma declaração, justamente, para aumentar o financiamento ao combate à mudança do clima”, explicou.</p>
<h2>Da negociação à implementação</h2>
<p>Além de fortalecer o multilateralismo, a diplomacia brasileira pretende usar a conferência em Belém como marco da implementação efetiva das decisões já tomadas em encontros anteriores. “O mais importante é a sobrevivência do regime de clima, por meio de novas regras - as chamadas negociações mandatadas. Mas queremos dar um passo além: a ideia é que esta seja também uma COP da implementação das decisões”, enfatizou.</p>
<p>O embaixador fez questão de sublinhar que o combate à mudança climática não pode se limitar a discursos. “O governo brasileiro está muito convencido de que o combate à mudança do clima não se resume a realizar uma reunião com declarações bonitas. O verdadeiro enfrentamento passa pela mudança de hábitos no cotidiano das pessoas e dos governos, em termos de políticas públicas, para que se torne uma atitude permanente e não meramente um tema de uma reunião que se esquece no dia seguinte.”</p>
<p>A entrevista reforça a estratégia do Brasil de posicionar-se como liderança global no debate climático, unindo preservação ambiental, matriz energética renovável e defesa de soluções multilaterais duradouras.</p>

Redação Brasil 247

Brasil tem credenciais únicas nas negociações climáticas, diz Mauricio Lyrio, da COP 30

<p><b>247 - </b>A fabricante de equipamentos elétricos Weg definiu uma nova meta para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, conforme informou o portal <i>Investing.com</i>. A iniciativa faz parte da estratégia global da companhia de alinhar sua produção às práticas sustentáveis e atender às exigências crescentes de clientes e investidores.</p>
<p>Segundo a publicação, a Weg estabeleceu um plano de longo prazo que prevê a redução progressiva das emissões em todas as suas operações até 2030. A empresa, reconhecida por sua atuação em soluções de energia renovável, motores e automação, passa a integrar de forma mais robusta a agenda ambiental, buscando posicionar-se entre os grandes players industriais comprometidos com metas de descarbonização.</p>
<p>O compromisso assume relevância no atual cenário internacional, em que governos e setores produtivos enfrentam pressões para cumprir os objetivos do Acordo de Paris e reduzir os impactos das mudanças climáticas. A Weg, ao definir uma política concreta de mitigação de gases do efeito estufa, não apenas fortalece sua imagem de responsabilidade ambiental, mas também atende à demanda de investidores que cada vez mais valorizam critérios ESG (ambientais, sociais e de governança) em suas decisões de aporte de capital.</p>
<p>A meta anunciada soma-se a outras medidas internas já adotadas pela companhia, como investimentos em eficiência energética, adoção de tecnologias limpas e ampliação da oferta de produtos ligados à energia renovável. O anúncio reforça a ideia de que a sustentabilidade, além de obrigação ambiental, tornou-se um diferencial competitivo para empresas que desejam manter relevância nos próximos anos.</p>
<p>Com essa decisão, a Weg dá um passo estratégico na direção da neutralidade climática, ao mesmo tempo em que sinaliza ao mercado sua intenção de alinhar crescimento econômico a responsabilidade socioambiental.</p>

Luis Mauro Filho

Brasil

Weg anuncia meta de corte de emissões até 2030

<p><b>247 - </b>O Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com a primeira-dama, Janja da Silva, visitou na segunda-feira (15) a Cozinha Solidária Mão de Mulheres, em Ananindeua (PA). O espaço, que já funciona como projeto-piloto, recebeu um biodigestor capaz de transformar resíduos orgânicos em biogás utilizado no preparo das refeições e em biofertilizante destinado ao cultivo de hortas.</p>
<p>Segundo o MME, a Cozinha Mão de Mulheres será uma das referências do Projeto Cozinhas Comunitárias Sustentáveis, iniciativa que terá destaque durante a COP 30, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, prevista para ocorrer em Belém (PA) em 2025. Durante a visita, representantes do governo conheceram as instalações, os equipamentos e o trabalho realizado pelas mulheres responsáveis pela produção diária. Atualmente, a cozinha distribui cerca de 250 marmitas por dia, cinco vezes por semana, atendendo famílias da comunidade local.</p>
<p>A entrega dos biodigestores é resultado da parceria com a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás), com o MME atuando como articulador para garantir que os equipamentos cheguem às cozinhas e sejam utilizados na geração de energia renovável. “Ao apoiar a doação dos biodigestores e integrar esforços com a sociedade civil, o MME reforça seu compromisso com a sustentabilidade, a transição energética e a inclusão social. Assim, seguimos contribuindo para levar energia limpa e segurança alimentar a quem mais precisa”, afirmou a assessora do ministério, Adriana Oliveira.</p>
<h2>Sustentabilidade e segurança alimentar</h2>
<p>O Projeto Cozinhas Comunitárias Sustentáveis foi idealizado para combinar segurança alimentar com produção de energia limpa. Além dos biodigestores, cada unidade contará com painéis fotovoltaicos para geração de energia solar e hortas comunitárias abastecidas com o biofertilizante resultante do processo.</p>
<p>A proposta prevê a instalação de sete cozinhas-piloto em diferentes regiões do país. A Abiogás é responsável pela doação dos biodigestores, enquanto Itaipu Binacional dará suporte nas reformas estruturais necessárias, na implementação dos sistemas de energia solar e na plantação de hortas comunitárias.</p>
<p>A iniciativa se insere no esforço do governo brasileiro de apresentar soluções sustentáveis que aliem inovação tecnológica, inclusão social e combate à fome, tendo como vitrine a COP 30, em Belém.</p>

Janja em visita a Cozinha Comunitária Sustentável

Energia limpa e inclusão social: cozinhas comunitárias recebem biodigestores no Pará

<p><b>247 – </b>O número de ônibus públicos elétricos na China alcançou cerca de 544 mil unidades até o final de 2024, o que representa 82,7% de toda a frota urbana do país. Os dados foram divulgados pela agência estatal Xinhua, com base em declarações de Li Yang, vice-ministro do Transporte, durante um evento promocional de transporte verde realizado em Jinan, capital da Província de Shandong.</p>
<p>Segundo Li, o avanço tecnológico e a prioridade dada à sustentabilidade colocam a China em posição de destaque mundial na mobilidade urbana. “Mais de 200 milhões de pessoas em todo o país estão optando por usar métodos de viagem ecológicos diariamente”, afirmou o vice-ministro.</p>
<h2>Expansão da infraestrutura de transporte</h2>
<p>Além da eletrificação da frota de ônibus, a rede de transporte coletivo da China tem se ampliado em ritmo acelerado. Até o final de 2024, o comprimento total das linhas de ônibus urbanos em operação atingiu 1,75 milhão de quilômetros, enquanto a malha de transporte ferroviário urbano chegou a aproximadamente 11 mil quilômetros — a maior do mundo, de acordo com Li Yang.</p>
<p>O vice-ministro destacou ainda que 100 milhões de pessoas utilizam diariamente o transporte ferroviário urbano, enquanto outros 100 milhões optam pelos ônibus públicos. Além disso, 24 milhões de cidadãos recorrem a serviços de bicicletas compartilhadas para seus deslocamentos cotidianos.</p>
<h2>Prioridade para o transporte verde</h2>
<p>Para além da conquista dos números, Li Yang reforçou a necessidade de aprimoramento contínuo: “É essencial que as autoridades locais melhorem ainda mais os serviços de transporte público urbano e criem um ambiente mais propício para viagens ecológicas”, disse.</p>
<p>Esse movimento de expansão do transporte limpo se insere no esforço da China de reduzir emissões de carbono, melhorar a qualidade do ar e fortalecer sua posição como líder global em inovação tecnológica voltada para a sustentabilidade.</p>

Sul Global

Ônibus elétricos já respondem por 82,7% dos ônibus públicos na China

<p><b>247 - </b>O Brasil e Camarões assinaram, em Brasília, um Memorando de Entendimento que busca fortalecer a cadeia produtiva do cacau e torná-la mais sustentável e competitiva. O acordo foi oficializado em 8 de setembro e estabelece metas como o intercâmbio de experiências, tecnologias e inovações, além de incentivar o cooperativismo e modernizar os modelos de gestão e comercialização.</p>
<p>A implementação das ações será conduzida pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, e pela Sociedade de Desenvolvimento do Cacau (SODECACO), de Camarões.</p>
<h2>Troca de conhecimento e inovação</h2>
<p>Pedro Neto, secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Cooperativismo, destacou que a parceria representa um avanço importante: “Nosso desafio agora é fazer acontecer. É compartilhar tecnologia, práticas inovadoras e sustentáveis não apenas do ponto de vista climático, mas também ambiental e econômico".</p>
<p>Ele lembrou ainda que o Brasil já possui um plano consolidado para o desenvolvimento da cadeia cacaueira. “Temos, no Brasil, um plano de desenvolvimento para a cadeia produtiva do cacau que envolve uma produção organizada, representações consolidadas de produtores e indústrias, além de uma governança com articulação internacional. Isso tem nos estimulado a nos reinventar e a buscar novos modelos de gestão”, afirmou.</p>
<h2>Repercussão positiva</h2>
<p>O embaixador de Camarões, Martin Mbeng, ressaltou a satisfação com o acordo e os benefícios que poderão ser alcançados pelas duas nações, ambas reconhecidas internacionalmente como grandes produtoras de cacau.</p>
<p>A solenidade contou também com a presença do diretor da Ceplac, Thiago Guedes, do coordenador de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura, Lucas Fiuza de Moraes, além de representantes da embaixada camaronesa em Brasília, como o ministro-conselheiro Martial Tchenzette e o primeiro-secretário Didier Mendomo.</p>
<p>O entendimento entre Brasil e Camarões reforça a posição estratégica dos países no mercado global de cacau, abrindo caminho para avanços em sustentabilidade, inovação e competitividade no setor.</p>

Brasil e Camarões firmam parceria para impulsionar sustentabilidade no setor cacaueiro

<p><b>247 - </b>O Cerrado, reconhecido como o berço das águas do Brasil e a savana mais biodiversa do planeta, foi o centro das atenções nesta quinta-feira (11), durante a celebração do Dia do Cerrado. Em reportagem publicada pela Agência Gov, com informações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o governo federal destacou as medidas que vêm sendo implementadas para garantir a preservação e o uso sustentável do segundo maior bioma brasileiro.</p>
<p>Presente em 12 estados e no Distrito Federal, o Cerrado ocupa 24% do território nacional, com 2 milhões de km² de extensão. A região abriga as nascentes das três principais bacias hidrográficas da América do Sul e reúne mais de 13,5 mil espécies de plantas, além de uma rica fauna composta por aves e mamíferos.</p>
<h2>Queda no desmatamento e no número de queimadas</h2>
<p>De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Cerrado registrou uma queda de 25,7% no desmatamento, o menor índice desde 2019. O sistema de alertas do Deter também aponta continuidade na redução, com recuo de 20,8% no ciclo seguinte.</p>
<p>As áreas queimadas caíram quase pela metade: de 6,1 milhões para 3,1 milhões de hectares entre janeiro e agosto de 2025, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ. A redução foi atribuída tanto às condições climáticas mais favoráveis quanto às medidas adotadas em conjunto pelo governo federal e estados.</p>
<h2>PPCerrado: estratégia até 2030</h2>
<p>O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado) integra as principais iniciativas para atingir a meta de desmatamento zero até 2030. Em sua quarta fase, o plano organiza-se em quatro eixos: práticas produtivas sustentáveis, monitoramento ambiental, ordenamento fundiário e instrumentos econômicos.</p>
<p>Ao todo, são 78 linhas de ação, que incluem programas de bioeconomia, fortalecimento da fiscalização e destinação de terras públicas para conservação. O MMA coordena a execução em articulação com outros 17 ministérios, sob liderança da Casa Civil.</p>
<h2>Planos nacionais e investimentos</h2>
<p>O Cerrado também está contemplado no Plano Clima, que define as diretrizes brasileiras de enfrentamento à crise climática até 2035, abrangendo adaptação e mitigação. Além disso, recursos do Fundo Amazônia já destinaram R$ 150 milhões para o fortalecimento dos Corpos de Bombeiros e brigadas florestais em estados do bioma.</p>
<p>Outra frente é o AdaptaCidades, que reúne mais de 580 municípios, sendo 60 no Cerrado, com foco em fortalecer políticas locais de adaptação climática. O bioma também participa do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que prevê restaurar 12 milhões de hectares até 2030.</p>
<h2>Sociobioeconomia e povos tradicionais</h2>
<p>O MMA e o Ministério do Desenvolvimento Agrário ampliaram o acesso ao crédito rural sustentável por meio do Programa de Formação em Sociobioeconomia e Agroecologia (PFSA). A expectativa é beneficiar mais de 3,5 mil famílias, com potencial de crédito de R$ 200 milhões.</p>
<p>Além disso, iniciativas como o Prêmio Guardiãs da Sociobiodiversidade e o projeto “Entre Ciências: Territórios de Saber em Diálogo” valorizam o conhecimento tradicional, promovendo integração entre ciência e comunidades locais.</p>
<h2>Celebrações culturais e ambientais</h2>
<p>Para marcar o Dia do Cerrado, o MMA apoia dois grandes encontros: a Feira dos Povos do Cerrado, em Brasília, conhecida como a “COP do Cerrado”, e o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.</p>
<p>Nestes espaços, estão previstas mesas de debate sobre biodiversidade, sociobioeconomia, ecoturismo e gestão territorial. Também haverá campanhas de conscientização, como “Desacelere pela Vida”, contra atropelamentos de animais silvestres, e “Fogo no Cerrado, é prejuízo de fato”, que mobiliza brigadas voluntárias na região.</p>
<p>A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participa das celebrações, reforçando a mensagem de que a preservação do Cerrado é essencial para a manutenção dos recursos hídricos e da biodiversidade, além de ser um pilar estratégico no combate às mudanças climáticas.</p>

Governo destaca ações de preservação do Cerrado no dia dedicado ao bioma

<p><b>Agência Brasil - </b>Uma proposta inédita para mapear áreas verdes urbanas no Brasil foi apresentada nesta segunda-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Guarulhos (SP) e Palmas foram escolhidos como áreas-teste por serem regionalmente diferentes, tanto em termos de formação das cidades como de clima e vegetação. &nbsp;</p>
<p>Segundo a responsável técnica da pesquisa, Manuela Mendonça de Alvarenga, a partir deste projeto piloto, a equipe da Diretoria de Geociências do IBGE pretende avaliar proposta metodológica que seja realizada futuramente em todo o território nacional.</p>
<p>“Para nós é importante lançar este estudo em caráter experimental, para que possamos colocar a proposta de metodologia em discussão, testar sua aplicabilidade a diferentes contextos e, a partir de um retorno de outros pesquisadores, de gestores e de demais partes interessadas, propor algo que possa ser aplicável a todo o Brasil”, disse Manuela. &nbsp;</p>
<p>De acordo com o IBGE, a metodologia realizada nesta investigação utilizou a definição de áreas verdes urbanas do Código Florestal Brasileiro, que considera áreas públicas ou privadas de vegetação (natural ou recuperada), que têm uma destinação no planejamento urbano diferente de loteamentos e moradias.</p>
<p>O instituto explica que a classificação de áreas verdes seguiu a proposta do Ministério do Meio Ambiente e de Mudança do Clima, que contempla diferentes tipos, como parques, praças, canteiros.</p>
<p>“Para a área de mapeamento, &nbsp;foi considerada uma delimitação que segue o padrão internacional da ONU-Habitat pautado em densidade demográfica e tamanho da população em áreas contínuas. Além disso, foi proposta a utilização de dados de cartografia colaborativa, que indicam a presença de áreas verdes diversas. Estes foram utilizados como insumos para identificação preliminar, cruzados com outros de imagens de satélite, que indicaram a presença de vegetação”, diz o IBGE.</p>
<p>Conforme o instituto, em Guarulhos, foram identificados 7.096,37 hectares de áreas verdes urbanas, o que representa 45% das áreas urbanizadas do município, levando em conta a área de 800 metro em torno do centro urbano. Considerando as áreas verdes intraurbanas, o tamanho é reduzido para 6.036,73 hectares, e a proporção passa a ser de 38% das áreas urbanizadas da cidade.</p>
<p>&nbsp;“Com esse resultado, podemos interpretar qual é o grau do impacto que o entorno do centro urbano possui para a composição do mosaico de áreas verdes da cidade e consequentemente os serviços fornecidos à população”, explicou Manuela.</p>
<p>O IBGE informou que, em Palmas, o total de áreas verdes urbanas foi de 5.137 hectares, considerando a área de mapeamento com o entorno de 800 metros do centro urbano, o que representa 49,11% do total de áreas urbanizadas da cidade.</p>
<p>“Considerando apenas a área intraurbana, as Áreas Verdes Urbanas passam a somar 977,99 hectares, representando aproximadamente 10% da mancha urbanizada do município. A diminuição de cerca de 80% de áreas verdes entre os recortes intraurbano e periurbano se deve ao fato de que Palmas possui grandes extensões de matas ciliares de rios tributários ao Rio Tocantins que cruzam a cidade e não são consideradas áreas urbanizadas, devido à sua grande extensão sem moradias ou área construída”, afirma o instituto.&nbsp;</p>
<p>&nbsp;"O mapeamento foi proposto considerando a disponibilidade de insumos e a simplicidade de processamento, e, com isso, podemos chegar a um dado de qualidade para todo Brasil. Assim, a partir de uma primeira versão e de sua validação, o próprio mapeamento pode servir como entrada para treinar algoritmos de inteligência artificial, que poderão permitir uma atualização do mapeamento mais automatizada", completa Manuela.</p>

IBGE lança proposta para mapear áreas verdes urbanas no Brasil

<p><b>247 - </b>Celebrado nesta sexta-feira (5), o Dia da Amazônia marca não apenas a importância ambiental do bioma, mas também os esforços do governo federal para conciliar preservação e desenvolvimento. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) tem intensificado iniciativas que unem conservação da floresta e geração de renda para as populações locais.</p>
<p>Considerada a maior floresta tropical do planeta, a Amazônia cobre 4,2 milhões de km² — o equivalente a quase metade do território brasileiro — e abrange nove estados. Além do papel fundamental no equilíbrio climático e na preservação da biodiversidade, o bioma também é fonte de emprego e renda, especialmente por meio da bioeconomia.</p>
<h2>Rotas produtivas e inovação sustentável</h2>
<p>Entre as principais frentes, destaca-se o Programa Rotas de Integração Nacional, que impulsiona cadeias produtivas estratégicas. Na região amazônica, já foram estruturadas as rotas do pescado, do cacau e do açaí, fortalecendo arranjos produtivos locais e incentivando inovação, competitividade e parcerias entre o setor público e privado.</p>
<h2>Plano para o desenvolvimento do Xingu</h2>
<p>Outro pilar é o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu, no Pará, criado para reduzir desigualdades e fomentar atividades econômicas sustentáveis. O projeto engloba ações de ordenamento territorial, infraestrutura, fomento produtivo e inclusão social, com participação de comunidades tradicionais e povos indígenas. As medidas têm impacto direto em áreas afetadas pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte.</p>
<h2>Porto da Amazônia e integração internacional</h2>
<p>Em agosto, o governo articulou a inauguração de uma nova rota marítima ligando o Porto de Santana, no Amapá, ao Porto de Gaolan, na China. A iniciativa facilita a exportação de produtos da bioeconomia e do agronegócio, transformando o Amapá em um polo estratégico da logística regional, com reflexos na geração de empregos e no fortalecimento econômico.</p>
<h2>A visão do governo sobre o futuro verde</h2>
<p>O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ressaltou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva entende a Amazônia como um centro estratégico para o desenvolvimento sustentável.</p>
<blockquote>“Sabemos que toda a herança genética da floresta tem, sim, um componente social em sua construção. Por isso, acreditamos que a conservação e o desenvolvimento sustentável devem andar de forma integrada, levando em consideração as melhores práticas já implementadas pelos povos da floresta”, afirmou Góes.</blockquote>

3000x1800

Amazônia em foco: governo amplia ações de conservação e desenvolvimento sustentável

<p><b>Por Fabíola Sinimbú, repórter da Agência Brasil - </b>Uma enorme capacidade de capturar gás carbônico (CO₂), um importante papel na distribuição das chuvas no país e o atributo de guardar a história e os ciclos da Amazônia. Esses são alguns dos serviços prestados por árvores gigantes presentes no Norte do Brasil, especialmente o angelim-vermelho (Dinizia excelsa). Nesta sexta-feira (5), Dia da Amazônia, especialistas ouvidos pela Agência Brasil destacam a importância de se proteger essas espécies, que podem ultrapassar 80 metros de altura.</p>
<p>A presença dessas árvores gigantes na Floresta Amazônica foi evidenciada pela ciência recentemente. Em 2019, foram encontrados os primeiros exemplares e, em 2022, a localização de um angelim-vermelho de 88,5 m de altura, equivalente a um prédio de 30 andares, revelou a maior árvore do Brasil, no município de Almeirim (PA).</p>
<p>Ao todo, foram localizados 20 exemplares com mais de 70 m em uma área que se estende pelas proximidades do Rio Jari, na divisa dos estados do Pará e Amapá. Os pesquisadores que participaram da descoberta iniciaram imediatamente estudos para entender melhor as condições que levaram ao crescimento e todo o potencial desses angelins-vermelhos.</p>
<h2>Estudos</h2>
<p>“Essas árvores apresentam praticamente o dobro de tamanho das alturas médias das espécies amazônicas, que ficam em torno de 40 a 50 metros. Então, a gente está falando de árvores que absorvem o dobro de carbono e, portanto, podem contribuir o dobro para a regulação de clima”, explica o pesquisador do Instituto Federal do Amapá (IFAP) Diego Armando Silva.</p>
<p>Embora os estudos ainda estejam em andamento, o pesquisador diz que algumas teses já apontam os caminhos a serem investigados. “Uma estimativa que a gente tem aqui é que uma única árvore dessa representa em torno de 80% da biomassa da parcela [área aproximada de 1 hectare] em que essa árvore está inserida.”</p>
<p>Essa estimativa leva diretamente a uma relação de que um único indivíduo com essas características pode ser capaz de absorver 80% do CO₂ em toda essa área estudada. Mas, segundo Silva, ainda são necessários muitos estudos para a compreender melhor se essas árvores também emitem grandes volumes de gás carbônico, o quanto elas contribuem para captura e lançamento de água na atmosfera e até para confirmar a idade de cada uma.</p>
<p>“A gente recebeu o interesse de um grupo de pesquisadores para fazer o estudo de datação de idade de cedros, espécie que consegue demarcar muito claramente os anéis de crescimento, em torno dos angelins. Eles chegaram à idade aproximada de 260 anos. A partir dai traçamos uma estimativa de que esses angelins-vermelhos têm em torno de 400 a 500 anos”, diz o pesquisador.</p>
<h2>Ameaça</h2>
<p>Apesar de essas gigantes guardarem respostas para muitas das dúvidas sobre o bioma, a mitigação das mudanças climáticas e seus impactos no planeta, as árvores centenárias podem estar ameaçadas. Por estarem localizadas em uma faixa extensa, cada uma ocupa um território com diferente grau de proteção.</p>
<p>Enquanto a maior árvore do Brasil está no Pará, a segunda, com 85,4 m de altura, fica em Laranjal do Jari (AP).</p>
<p>“Embora o Amapá seja um estado notoriamente coberto por áreas protegidas, a gente tem duas circunstâncias que chamam a atenção. A primeira delas é que muitas árvores gigantes estão fora de unidades de conservação, e a segunda é que é permitida a exploração comercial do angelim-vermelho”, alerta a diretora executiva da organização não governamental Rede Pró-Unidades de Conservação Ângela Kuczach.</p>
<h2>Proteção</h2>
<p>A instituição integra a campanha Proteja as Árvores Gigantes, liderada pelo instituto O Mundo Que Queremos, em parceria com organizações ambientais e pesquisadores. De acordo com Ângela Kuczach, o movimento atua na mobilização da sociedade civil e tem pressionado o poder público por mais proteção e para que as futuras gerações possam conhecer esses exemplares.</p>
<p>“O maior angelim-vermelho que existe hoje no Brasil é a terceira maior árvore do mundo. Na época que foi descoberta, ela estava dentro de uma floresta estadual, a Flota do Paru, que é uma unidade de conservação que permite exatamente a extração de madeireira. A categoria existe para isso, para manejo florestal”, lembra Ângela.</p>
<p>A mobilização resultou na criação, em setembro de 2024, do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia (Pagam), uma unidade de conservação de proteção integral com 560 hectares. Segundo Ângela, a nova categorização do território é um avanço importante, mas sozinha não deixa as árvores gigantes fora de risco.</p>
<p>“A gente está falando de uma área que tem muito garimpo em volta, muito ameaçada pelo desmatamento, pela grilagem. A própria presença de CARs [Cadastro Ambiental Rural] sobrepostos, que a gente identificou lá em 2022”, destaca.</p>
<p>&nbsp;A declaração voluntária de CAR é um instrumento para propriedades privadas, que não pode ser aplicado às áreas públicas, como unidades de conservação. No ano em que foram identificadas as declarações fraudulentas, também foi registrado um crescimento de 23% no desmatamento na Amazônia, e a Floresta Estadual do Paru foi a terceira mais atingida da categoria, segundo o dados do Sistema de Alerta de Desmatamento analisados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).</p>
<h2>Processo</h2>
<p>Segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor), Nilson Pinto, as ações para implementação do Pagam já estão em andamento. “Fizemos um edital, o chamamento público, para que as pessoas se habilitassem, entidades, autoridades e moradores, para comporem o Conselho Gestor. Estamos nesse processo agora. Isso é fundamental, porque é o conselho que vai aprovar o plano de manejo, elaborado pela equipe do nosso instituto, com o apoio da Fundação Amazônia Sustentável”, diz.</p>
<p>O órgão estadual é responsável pela gestão das unidades de conservação do Pará. De acordo com Nilson Pinto, a fiscalização na Floresta do Paru e região já cumpre um papel forte de proteção.</p>
<p>“A Floresta Estadual do Paru é muito bem preservada. O que nós temos lá, normal em uma floresta estadual, que é destinada basicamente para manejo florestal, temos várias empresas fazendo manejo florestal sob supervisão do Ideflor e muito pouco de desmatamento, muito pouco mesmo”, afirma. Para o gestor, o difícil acesso ao local das árvores gigantes acrescenta uma proteção extra aos exemplares. “Tem algumas ocorrências que nós combatemos permanentemente de garimpo. Na Flota Paru, não no parque estadual. Não chegam nem perto do parque das árvores gigantes, onde não há desmatamento”, reforça Nilson Pinto.</p>
<h2>Soluções</h2>
<p>Para Ângela Kuczach, é preciso avançar nas próximas etapas de proteção e buscar a ciência como aliada para novas descobertas que permitam minimamente o tombamento de árvores gigantes fora do território identificado. “A gente pode ter a maior árvore gigante ainda não descoberta, e ela já pode estar ameaçada, porque ela pode estar fora de uma área de proteção, de uma unidade de conservação”, diz.</p>
<p>O pesquisador Diego Armando Silva reforça que, além das novas descobertas é preciso avançar nas pesquisas e monitoramento das árvores gigantes que a ciência já conhece.</p>
<p>“Os primeiros passos são a criação do comitê gestor e do plano de manejo, onde estarão, possivelmente, o plano de visitação das árvores, de educação ambiental, de pesquisa e gestão da informação, que contribui significativamente em uma estrutura mínima para que a gente possa fazer as pesquisas efetivas e ter a capacidade de receber pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e do mundo”, defende Silva.</p>
<p>A Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amapá foi procurada pela reportagem da Agência Brasil, mas até a publicação da matéria não houve resposta. O espaço segue aberto.</p>

Tudo sobre sustentabilidade