BNDES capta R$ 7,89 bi para projetos verdes no Brasil
Acordo firmado com bancos europeus durante a COP30 impulsiona projetos de energia limpa e mobilidade urbana no país
247 - Durante a Conferência do Clima da ONU (COP30), realizada em Belém (PA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a captação de R$ 7,89 bilhões — o equivalente a 1,28 bilhão de euros — junto a instituições financeiras de desenvolvimento da Europa.
Segindo o Estadão Conteúdo, os recursos serão destinados ao Fundo Clima, administrado pelo próprio BNDES, e aplicados em iniciativas sustentáveis no Brasil. Os projetos terão como foco a redução de emissões de gases de efeito estufa e a adaptação do país aos efeitos da crise climática global.
Parceria com bancos europeus reforça o Fundo Clima
Segundo o banco público, R$ 6,17 bilhões (1 bilhão de euros) vieram de um consórcio formado por três instituições europeias: o banco alemão Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), a agência francesa Agence Française de Développement (AFD) e o banco italiano Cassa Depositi e Prestiti (CDP).
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o caráter estratégico dessa aliança internacional. “A contribuição das instituições de desenvolvimento europeias para o Fundo Clima é uma demonstração da importância estratégica extraordinária desse instrumento do governo brasileiro na agenda da transição ecológica global”, afirmou.
Relações entre Brasil e União Europeia ganham novo impulso
Mercadante ressaltou ainda que o fortalecimento dos laços econômicos e diplomáticos faz parte de um esforço do governo do presidente Lula para ampliar a presença internacional do país. “O fortalecimento dos laços entre Brasil e União Europeia é parte de um movimento estratégico do governo do presidente Lula de ampliação das relações diplomáticas e econômicas do nosso país com o resto do mundo”, disse o presidente do banco de fomento.
Investimentos em energia limpa e mobilidade urbana
Além do aporte conjunto, o BNDES firmou dois acordos diretos com o banco alemão KfW, totalizando R$ 1,73 bilhão (280 milhões de euros). O valor inclui uma captação de 130 milhões de euros destinada a projetos de mobilidade urbana sustentável e outra de 150 milhões de euros voltada à expansão de energia renovável, especialmente solar e eólica.
Segundo Mercadante, essas operações representam um avanço concreto na estratégia de descarbonização da economia brasileira. “Estamos no caminho certo rumo a uma economia de baixo carbono”, afirmou.


