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Governo reforça compromisso com descarbonização e transição energética no setor de transportes

Ministro Silvio Costa Filho destaca investimentos na Amazônia e projetos sustentáveis em portos, hidrovias e aviação como legado da COP 30

Silvio Costa Filho (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

247 – O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a COP 30 deixará um legado duradouro para o Brasil ao consolidar a transição energética como política de Estado. Em entrevista ao Canal Gov, repercutida pela Agência Gov, o ministro ressaltou que o evento será um marco para que o mundo conheça a Amazônia brasileira e reconheça a importância do país na agenda global de sustentabilidade.

 “A COP vai deixar para o nosso país avanços civilizatórios, sobretudo para essa nova geração de brasileiros e brasileiras que sonham com um Brasil mais democrático, mais humano, com as instituições fortalecidas e, sobretudo, um país que priorize a transição energética como política pública e de Estado”, afirmou o ministro.

Amazônia no centro da política ambiental

Silvio Costa Filho destacou que, com a realização da COP 30 em Belém, o Brasil ganha visibilidade internacional. “O mundo agora conhece a região da Amazônia brasileira. Antes era de ouvir falar, agora muita gente vem a Belém conhecer nossas reservas ambientais, nossa floresta, cultura e gastronomia”, afirmou.

O ministro também enfatizou os investimentos estratégicos do governo federal na região Norte. “Estamos aplicando mais de R$ 5 bilhões na aviação, com 15 aeroportos novos e requalificados, além de investimentos no setor portuário e na agenda hidroviária, que é uma prioridade do nosso governo”, disse.

Hidrovias e portos sustentáveis

Entre os projetos estruturantes, o ministro anunciou o avanço nas concessões hidroviárias, que reduzem a emissão de gases e os custos logísticos. “Vamos fazer, em 2026, a primeira concessão hidroviária, que é a do Paraguai. Depois virão as de Manaus e do Tocantins. A hidrovia reduz a descarbonização em mais de 30% e os custos logísticos em mais de 40%”, explicou.

Silvio Costa Filho observou que cada 25 barcaças equivalem a 500 caminhões a menos nas estradas, reforçando o impacto ambiental positivo. Além disso, o ministério publicou uma portaria sobre portos sustentáveis e navios descarbonizados, alinhada à transição energética.

Incentivo à descarbonização no transporte marítimo

O ministro explicou que o processo de descarbonização dos navios envolve a substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis como etanol de cana, etanol de milho e metanol. “Queremos estimular novas embarcações que operem com combustíveis sustentáveis, reduzindo a emissão de gases e fortalecendo nossa agenda ambiental”, disse.

Ele acrescentou que o governo está criando linhas de crédito específicas, via Fundo da Marinha Mercante e BNDES, para incentivar investimentos privados em projetos sustentáveis. “Queremos que esses projetos tenham prioridade na análise e liberação de recursos”, afirmou.

Consulta pública e geração de empregos

Segundo o ministro, será aberta uma consulta pública sobre embarcações sustentáveis, dentro do programa BR do Mar, com planos de expandi-lo para a BR dos Rios. A iniciativa visa estabelecer um legado de longo prazo para o setor portuário.

 “Hoje temos mais de R$ 30 bilhões em contratos assinados no setor portuário e R$ 1 bilhão em portos sustentáveis. Esses empreendimentos já geram mais de 50 mil empregos diretos e indiretos no Brasil”, destacou.

Silvio Costa Filho também celebrou o interesse internacional na pauta verde brasileira. “A COP vai estimular que grandes empresas da Arábia Saudita, dos Estados Unidos, da Europa e da América do Sul busquem parcerias com o Brasil. Isso fortalece nosso crescimento e melhora a qualidade de vida do povo brasileiro.”

Fortalecimento da aviação e mobilidade regional

O ministro ressaltou que o governo trabalha para reconstruir o setor aéreo nacional, afetado pela pandemia, com crédito de R$ 5 bilhões via BNDES para renovação de frota e compra de novas aeronaves. “Estamos fazendo um grande programa de formação de pilotos e pilotas, e buscando reduzir o custo do querosene de aviação para baratear as passagens aéreas”, explicou.

De acordo com ele, o país já registrou uma redução de mais de 6% no preço médio das passagens. “Nosso objetivo é democratizar o acesso à aviação e integrar o Brasil mais profundo, garantindo mobilidade e inclusão regional.”

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