TV 247 logo
      HOME > China

      China diz “basta” a bullying comercial dos EUA

      No início de fevereiro, os EUA impuseram uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses sob o pretexto do fentanil

      (Foto: CGTN)

      CGTN – As autoridades estadunidenses decidiram nesta terça-feira (4) impor mais uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses exportados aos Estados Unidos, alegando questões relacionadas ao fentanil. Diante do ato, que viola as regras do comércio internacional e prejudica a cooperação econômica e comercial bilateral, a China se opõe firmemente e não fará concessões. Em um único dia, as contramedidas da China se sucederam, desde a reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC), até a aplicação de impostos sobre alguns produtos importados dos EUA, e a inclusão das empresas estadunidenses envolvidas na lista de entidades não confiáveis e na listagem de controle de exportações. Tais ações evidenciam a determinação da parte chinesa em defender seus direitos e interesses legítimos e proteger o sistema comercial multilateral, se traduzindo em uma medida justa e necessária.

      No início de fevereiro, os EUA impuseram uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses sob o pretexto do fentanil. Mais de um mês depois, a parte estadunidense voltou a agir da mesma forma. Analistas apontam que conectar o fentanil com as tarifas é algo absurdo, sendo na verdade um meio de politizar e transformar o problema em uma arma, de forma a criar desculpas para intensificar a “guerra tarifária” e forçar a China a fazer concessões em outras áreas.

      China diz “basta” a bullying comercial dos EUA

      O governo chinês publicou no dia 4 o livro branco intitulado “Controlar as Substâncias Relacionadas ao Fentanil - Contribuição da China”, no qual são esclarecidos os significativos esforços da China no controle dessas substâncias, suas inovações e práticas. Isso deixa claro que a China tem uma das políticas antidrogas mais rigorosas e eficazes do mundo. Nos últimos anos, com base no espírito humanitário, a China tem oferecido apoio aos EUA no problema do fentanil. No entanto, os EUA se aproveitaram dessa questão para pressionar comercialmente a China.

      Como uma das contramedidas, a China anunciou o aumento das tarifas em 10% e 15% sobre determinados produtos agrícolas dos EUA. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA, em 2024, o valor das exportações de soja do país para a China representou 52% do total. Com a implementação das medidas chinesas, as exportações agrícolas dos EUA para a China serão certamente afetadas.

      Os últimos anos têm mostrado que impor tarifas não trará uma “cura milagrosa”. Segundo os dados do Departamento de Comércio dos EUA em fevereiro, o déficit comercial do país atingiu um recorde de US$1,21 trilhão no ano passado, aumentando 50% em relação ao período que precede a guerra tarifária iniciada por Donald Trump em 2017. De 2018 a 2024, o superávit comercial da China com os EUA cresceu de US$323,3 bilhões para US$361 bilhões.

      Controlar a inflação é uma das principais promessas do líder dos EUA, mas o aumento das tarifas terá um efeito contrário. Em janeiro deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA e o IPC núcleo aumentaram 3% e 3,3%, respetivamente. Sob as tarifas, o custo de vida dos estadunidenses está constantemente subindo.

      Vivemos em tempos civilizados, a pressão, coerção e ameaças nunca funcionaram contra a China, e isso não mudará no futuro. Se os EUA realmente desejam resolver a questão do fentanil, devem tratar a China de maneira igualitária e considerar as preocupações de ambas as partes. Caso os EUA tenham outros objetivos em mente e insistam na guerra tarifária, a China manterá sua posição: suas portas estão abertas para o diálogo; mas se for para lutar, iremos até o fim.

      Tradução: Zhao Yan

      Revisão: Denise Melo 

      Fonte: CMG

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Carregando anúncios...
      Carregando anúncios...