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      XP mantém projeção otimista para o Ibovespa em 2025 apesar de revisões de lucros

      Instituição reforça atratividade do índice em meio a cenário de volatilidade global

      Painel de cotações na B3, em São Paulo 19/10/2021 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A XP Investimentos reafirmou sua projeção de que o Ibovespa deve encerrar 2025 na marca dos 150 mil pontos. A informação foi publicada pelo portal InfoMoney, que destacou a visão positiva da corretora mesmo diante de revisões negativas nas estimativas de lucros de empresas ligadas a commodities. Segundo a instituição, o índice segue atrativo, negociado a 9,1 vezes a relação Preço/Lucro (P/L).

      De acordo com a XP, agosto registrou um desempenho sólido tanto nos mercados globais, com o MSCI ACWI em alta de 2,7%, quanto na bolsa brasileira, que avançou 6,3% em reais e 9,4% em dólares. O movimento foi impulsionado por fundamentos microeconômicos consistentes, expectativas de cortes na taxa de juros e o início do chamado “trade eleitoral”.

      Setores em destaque

      Entre os setores que mais se valorizaram, a corretora destacou Construção Civil, Saúde e Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (TMT). A Construção Civil apresentou alta de 17,6%, liderada pela MRV (MRVE3), que subiu 27,9% após resultados positivos em suas operações no Brasil. Já o setor de Saúde avançou 15,2%, impulsionado por Hapvida (HAPV3), que cresceu 23,7%, e Rede D’Or (RDOR3), que saltou 20,1%.

      No lado negativo, o setor Agro recuou 6,2%, pressionado pela forte queda das ações da Raízen (RAIZ4), que despencaram 23,2% após divulgação de resultados abaixo do esperado no segundo trimestre.

      Fundamentos e riscos

      Apesar das pressões externas e de revisões para baixo nas projeções de lucro por ação — que caíram 12,5% para 2025 e 11,5% para 2026 —, a XP ressaltou que 57% das empresas sob sua cobertura superaram as expectativas de resultados em agosto. A maior parte das revisões negativas, segundo a corretora, está concentrada em commodities, impactadas pela valorização do real e pela queda nos preços internacionais.

      Outros segmentos, como o financeiro e setores diversos, também registraram leve tendência de queda nos lucros, influenciados por fatores econômicos internos e específicos, como no caso do Banco do Brasil. Ainda assim, essas áreas mostraram resiliência nos últimos 12 meses.

      Perspectivas para o mercado

      A XP avaliou que setores domésticos, como Saúde e Elétricas, continuam apresentando desempenho robusto em termos de crescimento de lucros, enquanto mineração e siderurgia, dependentes das commodities, sofrem retração. No entanto, a corretora alertou para o risco de novas revisões negativas nos setores domésticos caso sinais de desaceleração econômica se intensifiquem no segundo semestre.

      Apesar do cenário misto, a instituição mantém preferência por companhias de alta qualidade e com balanços sólidos, mesmo diante do maior apetite dos investidores por ativos de risco.

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