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Trump adia definição de equipe para organizar reunião com Lula

Falta de interlocutores oficiais trava definição de local, data e formato de encontro entre os presidente dos EUA e do Brasil

Donald Trump e Lula (Foto: Reuters)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não designou oficialmente os representantes de sua equipe que ficarão responsáveis por organizar a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, diplomatas de ambos os países permanecem em contato, mas sem a definição da Casa Branca torna-se impossível estabelecer data, local ou mesmo se o encontro será virtual ou presencial.

Diplomacia brasileira pronta, mas em compasso de espera

No Brasil, o Itamaraty e a assessoria internacional do Palácio do Planalto já estão preparados para coordenar as tratativas. Porém, sem um interlocutor oficial dos EUA, o processo segue paralisado.

A expectativa natural seria de que o secretário de Estado, Marco Rubio, assumisse a função, mas sua postura crítica em relação a Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF) dificulta que ele seja o articulador.

Contatos recentes não destravam negociações

Pouco depois do aceno de Trump a Lula na Assembleia-Geral da ONU, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, manteve uma reunião virtual com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick. O encontro, realizado na última quinta-feira (25), não teve como objetivo avançar nos detalhes da reunião entre os presidentes.

De acordo com diplomatas envolvidos, ainda que membros do governo estadunidense mantenham críticas duras contra Lula, esse cenário não seria suficiente para inviabilizar um futuro diálogo direto entre os dois líderes.

Obstáculos internos na agenda de Trump

Ainda conforme a reportagem, a indefinição é atribuída às dificuldades políticas enfrentadas pelo atual presidente dos Estados Unidos. Trump lida com um “shutdown” em seu governo, que paralisou parte dos serviços públicos e ampliou sua lista de prioridades internas. No cenário externo, o fim da guerra em Gaza exige maior atenção da Casa Branca, deixando o Brasil em segundo plano.

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