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Paulo Figueiredo diz que fala de Trump sobre Lula foi “genérica”

Bolsonarista afirma que os EUA continuarão aplicando sanções contra o Brasil mesmo após Trump elogiar Lula

Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução da rede social)

247 -  O jornalista Paulo Figueiredo, próximo ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmou que os Estados Unidos devem manter as sanções contra o Brasil. Para ele, a recente declaração do presidente norte-americano Donald Trump sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indica uma mudança de postura da Casa Branca.

Em entrevista à CNN Brasil, Figueiredo avaliou que interpretar a fala de Trump como sinal de aproximação seria um equívoco. “A fala de Trump sobre o Lula foi genérica, algo que ele já fez para diversos líderes mundiais. Achar que sinalizou uma mudança da política externa americana é quase infantil. A política externa permanece inalterada e novas sanções muito provavelmente continuarão vindo”, afirmou.

O jornalista ressaltou que o Brasil deve se preparar para cobranças em futuras negociações. “O governo brasileiro deve estar preparado para ser cobrado sobre a situação política brasileira. Qualquer acordo passará por isso”, destacou.

As declarações contrastam com o movimento recente do governo brasileiro, que avaliou de forma positiva a fala de Trump durante a Assembleia Geral da ONU. Na ocasião, o presidente dos Estados Unidos declarou que ele e Lula tiveram uma “química excelente”. A partir desse gesto, Brasília passou a buscar formas de viabilizar um diálogo direto, seja por telefone ou videoconferência, entre os dois presidentes.

Tentativas de aproximação

Segundo fontes diplomáticas, o Planalto consultou empresários sobre possíveis propostas que poderiam ser apresentadas a Trump em uma eventual conversa bilateral. A ideia é transformar a boa vontade expressa publicamente em oportunidades concretas de cooperação.

Apesar disso, Figueiredo insiste que não há alteração no cenário. Ele frisou que sua interlocução e a de Eduardo Bolsonaro com autoridades norte-americanas permanece constante. “Nós temos contato diário constante com as autoridades americanas e, caso seja necessário, agendaremos novas visitas presenciais”, declarou.

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