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Trama para matar Lula, Alckmin e Moraes causa "estrago terrível" na imagem das Forças Armadas, avalia cúpula militar

Membros do alto escalão apontam “traição não só às Forças Armadas, mas ao país”

Trama para matar Lula, Alckmin e Moraes causa "estrago terrível" na imagem das Forças Armadas, avalia cúpula militar (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

247 - O episódio que provocou uma operação da Polícia Federal que prendeu quatro militares e um policial federal por planejarem um golpe de Estado e os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levou  “surpresa”, “decepção” e “tristeza” ao alto escalão das Forças Armadas. De acordo com informações de Bela Megale, do jornal O Globo, líderes da caserna descreveram o caso como um “estrago terrível” para a imagem das instituições militares, especialmente do Exército.  

Embora os integrantes da cúpula militar classifiquem os envolvidos como uma minoria, reconhecem que o impacto do caso vai muito além dos participantes diretos, reforçando um 'preconceito' já enfrentado pelas Forças Armadas.

Grupo de elite e a acusação de traição - Os militares presos pertenciam a um grupo de elite do Exército, conhecido como “kids pretos”, e, segundo a avaliação de líderes militares, utilizaram o treinamento que deveriam empregar para proteger o Estado para conspirar contra ele. Essa conduta foi descrita como uma “traição não só às Forças Armadas, mas ao país”.  

Entre os fatores que contribuíram para o surgimento de ações extremistas como essa, os membros da cúpula militar apontam para a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Eles destacam que o uso político de setores das Forças durante o governo anterior abriu espaço para divisões internas e permitiu que uma parte dos integrantes fosse cooptada por ideias radicais.  

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