“Tarcísio nunca vai vestir a faixa presidencial”, diz Boulos
O deputado defendeu a reeleição de Lula
247 - O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) aproveitou a manifestação realizada neste domingo (21), em São Paulo, contra a chamada PEC da Blindagem, para direcionar duras críticas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e reforçar a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do Metrópoles.
No palco montado na Avenida Paulista, Boulos se dirigiu diretamente ao governador paulista, considerado possível candidato ao Planalto em 2026. “Eu quero dizer uma coisa para o seu Tarcísio de Freitas. Você está querendo ser candidato a presidente? Vem cá que vamos te derrotar na urna. Você nunca vai vestir a faixa presidencial nesse país, Tarcísio”, declarou.
Críticas ao Congresso e defesa de Lula
O parlamentar ainda destacou que o movimento nas ruas é parte de um processo de mobilização política. “Primeiro, ainda esse ano, queremos ver Bolsonaro e os golpistas na cadeia”, afirmou, ao citar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Em seguida, completou: “O outro recado é para os senadores. Senadores da República, o que esse povo aqui espera não é nada menos, nenhuma vírgula a menos do que derrotar, enterrar a PEC da Bandidagem”.
Boulos também projetou que o impacto das manifestações se refletirá nas urnas. Segundo ele, um dos desdobramentos será “eleger Luiz Inácio Lula da Silva ano que vem presidente do Brasil”.
Outras vozes no protesto
Além de Boulos, outros políticos também atacaram Tarcísio de Freitas durante o ato. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB) foi direto: “Tarcísio, deixa de ser vagabundo. Vai trabalhar”.
Convocados por movimentos sociais, sindicatos, artistas e influenciadores, os protestos deste domingo foram avaliados como um termômetro da capacidade de mobilização da esquerda após a aprovação da urgência do Projeto de Lei da Anistia na Câmara, no último dia 17, por 311 a 163 votos.
Público e comparação com ato bolsonarista
Segundo levantamento do Monitor do Debate Político, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) em parceria com a ONG More in Common, cerca de 42,4 mil pessoas participaram da manifestação na Avenida Paulista. A margem de erro do estudo é de 12%, o que coloca o público entre 37,3 mil e 47,5 mil.
O número é praticamente equivalente ao registrado na mobilização pró-anistia convocada pelo pastor Silas Malafaia ao lado de aliados bolsonaristas, que reuniu 42,2 mil pessoas, conforme a mesma metodologia aplicada pela Universidade de São Paulo (USP).
