Secretário do Tesouro dos EUA acusa Moraes de 'abusos' contra Bolsonaro
Medida contra esposa do ministro do STF é vista como afronta à soberania do Judiciário brasileiro
Medida contra esposa do ministro do STF, anunciada por Donald Trump, é vista como afronta à soberania do Judiciário brasileiro
247 - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (22) sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão, divulgada pelo Departamento do Tesouro, utiliza a chamada Lei Magnitsky, mecanismo que permite aos EUA punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos e corrupção. A medida foi recebida no Brasil como uma ingerência direta na autonomia do Judiciário.
A ordem foi oficializada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), braço do Tesouro norte-americano responsável por aplicar sanções internacionais. Em comunicado, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou Moraes de conduzir o que chamou de “caça às bruxas ilegal” contra cidadãos e empresas de ambos os países.
Acusações contra Moraes
Bessent afirmou que “Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil”. Em outra declaração, o secretário acusou o ministro de “promover uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos judicializados com motivação política — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
A publicação oficial do Tesouro norte-americano destacou ainda que o Lex Instituto de Estudos Jurídicos LTDA, vinculado a Viviane de Moraes, também foi incluído na lista de sanções, sob a justificativa de dar apoio ao ministro do STF.


