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      Rui Costa diz que “é difícil ser contra” isenção do IR, mas alerta para risco sem compensação

      Segundo o ministro, a oposição não deve votar contra a proposta, mas pode retirar a compensação que viabiliza o projeto

      Rui Costa (Foto: Casa Civil (Ascom))
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou nesta quarta-feira (27) que considera improvável a oposição votar contra o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil. A proposta, que já teve regime de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, deve ser analisada em plenário nos próximos dias.

      Durante participação no programa "Bom Dia, Ministro", transmitido pelo CanalGov, Rui Costa ressaltou que a iniciativa deve contar com apoio da maioria dos parlamentares, mas alertou para os riscos de retirar recursos sem garantir fontes alternativas de compensação. “Acho que, nesse caso, vai ser difícil eles ficarem contra essa medida. O que eles podem fazer é votar o projeto e eventualmente tentar que não tenha compensação, o que criaria dificuldade para manter escolas, hospitais, porque qualquer governo do mundo precisa de recursos para manter serviços públicos funcionando”, afirmou o ministro.

      O debate em torno da proposta envolve não apenas a ampliação do benefício aos contribuintes, mas também o equilíbrio fiscal. Rui Costa reforçou que, sem medidas compensatórias, a isenção poderia comprometer áreas essenciais do orçamento federal. Para compensar a perda de arrecadação com a isenção do IR, o texto já aprovado em comissão especial da Câmara prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil por mês.

      O ministro também foi questionado sobre a participação de integrantes de partidos da oposição no governo e a possibilidade de interferência no cenário eleitoral de 2026. Segundo ele, é fundamental que todos os ministros mantenham lealdade ao projeto político que integram. “O que o presidente fez, como já disse aqui, quem compõe o governo deve defender esse governo até porque vai estar se defendendo. Ou a pessoa acredita no trabalho que está fazendo, ou fica esquisito”, ponderou.

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