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      Pontos essenciais sobre a avaliação pré-operacional na Margem Equatorial

      Ibama conduz simulado que definirá os próximos passos para a perfuração no bloco FZA-M-59, no Amapá

      Sonda de perfuração NS-42 (Foto: Divulgação Foresea/Agência Petrobras)

      247 - A Avaliação Pré-Operacional (APO), coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é a última etapa antes da concessão da licença para perfuração em águas profundas na Margem Equatorial. A informação foi divulgada pela Agência Gov, que detalhou como o exercício simulado está sendo conduzido e qual o papel da Petrobras nesse processo.

      Segundo o órgão, a APO ocorre no bloco FZA-M-59, localizado em águas profundas do Amapá, e tem como objetivo avaliar a eficácia do plano de resposta emergencial apresentado pela Petrobras. O simulado tem duração prevista de três a quatro dias e mobilizará cerca de 400 profissionais.

      Como funciona o exercício

      A partir de um cenário emergencial definido pelo Ibama, a Petrobras deve acionar os recursos previstos em seu plano de contingência. A estrutura envolve seis embarcações para contenção e recolhimento de óleo, um navio-sonda, além de três aeronaves destinadas a resgate aeromédico, monitoramento aéreo e apoio à fauna.

      O exercício também conta com seis embarcações adicionais com especialistas e equipamentos voltados ao atendimento de animais atingidos por acidentes ambientais. Nessa frente, dois Centros de Atendimento e Reabilitação de Fauna (CAF) estarão de prontidão: um em Oiapoque (AP) e outro em Belém (PA). Essas unidades funcionam como verdadeiros hospitais para animais marinhos, oferecendo desde ambulatórios até centros cirúrgicos para aves, tartarugas, golfinhos e peixes-boi.

      Perfuração ainda não está autorizada

      O Ibama reforçou que a APO não envolve a perfuração de poços. Esse passo só poderá ocorrer após a conclusão da avaliação e a eventual concessão da licença ambiental. A Petrobras já participou de simulações semelhantes, como a realizada em setembro de 2023 na Bacia Potiguar, também na Margem Equatorial, quando obteve autorização para atuar no bloco BM-POT-17.

      Risco de óleo na costa é descartado

      Outro ponto destacado pelo Ibama é que, segundo as modelagens de correntes e marés realizadas, não há possibilidade de o óleo atingir a costa em caso de incidente. Isso porque a área do bloco FZA-M-59 está localizada a 175 quilômetros do litoral do Amapá e a mais de 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

      Próximos passos

      Ainda não há prazo definido para a emissão da licença de perfuração. Após o simulado, caberá ao Ibama analisar os resultados e determinar os encaminhamentos.

      A Margem Equatorial é considerada uma das fronteiras mais promissoras para a produção de petróleo no Brasil, despertando atenção pelo potencial de reservas, mas também por sua localização em uma região ambientalmente sensível.

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