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PGR: Braga Netto coordenava ações “mais violentas” do plano golpista

Segundo Paulo Gonet, ex-ministro da Defesa planejou golpe com grupo encarregado de “neutralizar” adversários e ligado às Forças Especiais

General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
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247 - O ex-ministro da Defesa Walter Souza Braga Netto atuou diretamente junto ao “núcleo mais violento” da suposta tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR), enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da CNN Brasil.

De acordo com o parecer, Braga Netto foi um dos articuladores centrais da conspiração, que envolvia militares das Forças Especiais ainda vinculados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A função do grupo, segundo o Ministério Público, era coordenar ações clandestinas e monitorar — ou até “neutralizar” — adversários políticos do então governo.

“O conjunto de provas reunidas indicam que Braga Netto participou ativamente do planejamento de golpe, que teria sido executado ‘clandestinamente por militares das Forças Especiais’, ligados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma a PGR.

Durante as investigações, documentos considerados estratégicos para o plano foram apreendidos com militares envolvidos. Entre eles, a planilha intitulada “Desenho Op Luneta”, encontrada com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, preso por envolvimento na tentativa de golpe. O material, segundo a PGR, “retratava as pretensões golpistas do grupo”.

Outro elemento citado foi uma pasta com o nome “memórias importantes”, contendo esboços da chamada “Operação 142”, que, segundo o Ministério Público, envolvia estratégias baseadas em uma interpretação deturpada do artigo 142 da Constituição Federal. O documento estava na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor direto de Braga Netto à época.

Além disso, a Polícia Federal localizou um documento de teor golpista na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, na sala ocupada por Jair Bolsonaro. Conforme relatos de investigadores, o texto defendia a decretação de estado de sítio e continha trechos que simulavam um pronunciamento oficial à nação.

A partir desses documentos, a PGR afirma que foi elaborado o plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que previa assassinatos de autoridades do Estado brasileiro. “O plano tinha como objetivo os assassinatos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes”, aponta o documento.

Esse plano foi impresso e localizado no Palácio do Planalto, segundo relatado pelo general Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro.

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