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      PF e CGU investigam fraudes em licitações e contratos no Pará

      Operação aponta desvio de recursos do Fundeb e do Fundo Nacional de Saúde que podem somar quase R$ 200 milhões

      Agente da Polícia Federal e servidor da Controladoria-Geral da União (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (2), a Operação Expertise, segundo informações divulgadas pela Comunicação Social da PF no Pará. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações e contratos públicos, além de lavagem de dinheiro, envolvendo recursos federais destinados à educação e à saúde.

      De acordo com a PF, a investigação identificou irregularidades na contratação de empresas por órgãos estaduais e municipais no Pará, utilizando verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS). O esquema criminoso envolveria empresários, servidores públicos e companhias de fachada que, segundo os investigadores, simulavam concorrências e executavam contratos de forma parcial ou fraudulenta.

      As apurações apontam que os participantes da organização atuavam no direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços, simulação de serviços e repasses vultosos de verbas públicas. Posteriormente, parte dos valores era sacada em espécie e redistribuída entre os envolvidos. O montante dos contratos suspeitos chega a aproximadamente R$ 198 milhões.

      A operação mobilizou 65 policiais federais e seis auditores da CGU. Foram expedidos 18 mandados de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio de ativos de até R$ 198 milhões. Também houve a determinação de prisão preventiva para cinco investigados, monitoramento eletrônico para outro alvo, afastamento de seis servidores públicos e suspensão das atividades de quatro empresas, que ficam proibidas de manter contratos com órgãos públicos no Pará e no município de Marituba.

      As diligências foram concentradas em Belém e Marituba, no Pará. Além das prisões e apreensões, a Justiça autorizou o afastamento do sigilo bancário e fiscal de 17 investigados. 

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