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      Paulo Teixeira condena ameaça da Embaixada dos EUA ao STF: "ultrapassou todos os limites"

      'Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados. Estamos monitorando a situação de perto', publicou a embaixada

      Paulo Teixeira (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Em declaração pública divulgada nesta quinta-feira (7), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), criticou duramente a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, após a representação diplomática retuitar uma publicação que atacava o Supremo Tribunal Federal (STF) e, especificamente, o ministro Alexandre de Moraes. O post fazia menção direta à aplicação da Lei Global Magnitsky contra Moraes e seus aliados, sugerindo possíveis sanções por parte do governo norte-americano. “A Embaixada EUA Brasil ultrapassou todos os limites da diplomacia ao retuitar mensagem de um supremacista branco com ameaças ao STF. São os Bolsonaros usando os EUA para causar mais danos ao Brasil. Não faz bem à relação entre países posturas como essas”, escreveu o ministro em suas redes sociais.

      A crítica de Teixeira aconteceu no mesmo dia em que a embaixada dos Estados Unidos em Brasília publicou em seu perfil na rede social X (antigo Twitter) uma mensagem que expressa apoio à fala do subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado, Darren Beattie. “O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump”, afirmou a publicação oficial da embaixada. O comunicado segue com um alerta: “Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto".

      A escalada na retórica hostil contra o Supremo Tribunal Federal marca um momento inédito nas relações diplomáticas entre os dois países. As manifestações do governo dos EUA ocorrem após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor prisão domiciliar a Jair Bolsonaro (PL). 

      Em outro comunicado, divulgado pelo Departamento do Hemisfério Ocidental, o governo norte-americano voltou a criticar Moraes, acusando-o de usar as instituições brasileiras para “silenciar a oposição” e pedindo o fim de restrições contra Bolsonaro: “O ministro Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”.

      O subsecretário Darren Beattie, que se tornou conhecido por seu estilo agressivo nas redes sociais e por sua atuação como redator de discursos de Trump, reforçou a ameaça: “Os aliados de Moraes, na Corte e em outras esferas, estão fortemente advertidos a não colaborar com comportamentos sancionados. Estamos monitorando a situação de perto".

      A retórica de Beattie — que ganhou projeção na era Trump e é apontado como simpatizante de ideias supremacistas — foi compartilhada pela própria embaixada norte-americana em Brasília, gerando forte reação dentro do governo brasileiro. Para Paulo Teixeira, trata-se de uma afronta à soberania nacional e uma tentativa de interferência externa no Judiciário do Brasil.

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