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“O Brasil não aceitará pressões externas”, diz Jorge Messias

Advogado-geral da União reage com firmeza à ameaça tarifária de Trump e reforça o compromisso do Brasil com a soberania e o Estado de Direito

Jorge Messias (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – A grave ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil provocou reação imediata de autoridades brasileiras. Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira 10, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o país não se curvará a pressões externas e que a soberania nacional “é inegociável”. A declaração foi feita após Trump anunciar, por meio de carta enviada ao presidente Lula, a intenção de impor tarifas de 50% sobre todas as exportações brasileiras aos EUA — uma retaliação motivada por processos contra Jair Bolsonaro e ações judiciais contra empresas de tecnologia norte-americanas.

 “O Brasil não aceitará pressões externas que pretendam ditar os rumos do nosso país. Nosso compromisso é com a democracia, o Estado de Direito e a defesa de uma economia forte, livre e multilateral”, escreveu Messias.

O presidente americano, que disputa a reeleição, acusa o governo brasileiro de conivência com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, ameaçariam a liberdade de expressão ao sancionar plataformas digitais utilizadas por apoiadores de Bolsonaro. Trump também reclama da atuação da Justiça brasileira no julgamento de seu aliado ideológico, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado.

A resposta de Jorge Messias foi categórica e representativa da posição institucional do Brasil. “Exigimos respeito e estamos sempre abertos ao diálogo, mas jamais aceitaremos imposições externas que atentem contra a nossa pátria”, afirmou. Para ele, a tentativa de ingerência americana é inaceitável e afronta a independência do Judiciário brasileiro.

 “Decisões do nosso Poder Judiciário dizem respeito exclusivamente às instituições brasileiras, que são sólidas e independentes. Verdadeiros patriotas são aqueles que defendem seu país e suas instituições, não os que querem prejudicá-las em nome de interesses escusos”, declarou o AGU.

O gesto de Trump, que rompe com a diplomacia tradicional entre Brasil e Estados Unidos, foi amplamente interpretado como um movimento político voltado a proteger seus próprios aliados e enfraquecer governos progressistas. No entanto, segundo Messias, o destino do Brasil não será decidido fora de suas fronteiras:

 “O destino do Brasil pertence unicamente ao seu povo, pois nossa autodeterminação está na nossa alma. Viva o Brasil, viva o povo brasileiro!”

A manifestação do advogado-geral da União reforça a linha adotada pelo presidente Lula em sua própria reação. Também pelas redes sociais, Lula reafirmou a independência entre os Poderes da República e prometeu retaliar, de forma proporcional, qualquer aumento unilateral de tarifas imposto pelos Estados Unidos.

A tensão diplomática desencadeada por Trump ocorre num contexto global de disputas ideológicas, em que líderes autoritários vêm tentando interferir nas democracias alheias. O Brasil, ao reafirmar sua soberania e a força de suas instituições, se posiciona como um país que não aceitará intimidações — e cuja política será decidida por seu povo, dentro dos marcos do Estado de Direito. Confira:

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