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“Não falei a palavra golpe”, diz Cid em gravação

Em um áudio, gravado no primeiro semestre do ano passado, o ex-ajudante de ordens criticou a forma como as delações foram registradas

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. Edilson Rodrigues-Agência Senado

247 – O tenente-coronel Mauro Cid firmou, em 2023, um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), comprometendo-se a revelar tudo o que presenciou e ouviu enquanto atuava como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Os depoimentos se tornaram a base para uma série de prisões e operações de busca e apreensão contra bolsonaristas. No entanto, conforme relatado pela Veja, Cid disse a aliados que as declarações fornecidas à PF eram distorcidas.

Em um áudio, gravado no primeiro semestre do ano passado, Cid criticou a forma como as delações foram registradas, afirmando que nunca teria dito a palavra “golpe” durante os relatos.

“Fala! Vou te dizer… Esse troço tá entalado, cara. Tá entalado. Você viu que o cara botou a palavra golpe, cara? Eu não falei uma vez a palavra golpe, eu não falei uma vez a palavra golpe! Então, quer dizer… Foi furo, foi erro, sei lá, acho até a condição psicológica que eu tava na hora ali (do depoimento). P… Eu não falei golpe uma vez. Não falei golpe uma vez”, diz.

Embora não se possa determinar em qual depoimento do ex-ajudante de ordens a suposta inclusão da palavra ocorreu, sabe-se que o termo "golpe" encontra-se em relatos de Cid à Polícia Federal desde o começo da delação.

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