Lula se reúne com Mauro Vieira após sanção dos EUA ao STF
Auxiliares do presidente, porém, dizem que a reunião teve como assunto principal sua viagem ao Chile
247 - Em resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de revogar os vistos de entrada de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou neste sábado (19) o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para uma reunião no Palácio da Alvorada. O encontro ocorreu entre o fim da manhã e o início da tarde, informa o jornal O Globo.
De acordo com nota oficial da Presidência da República, divulgada antes da reunião, Lula repudiou a decisão do governo norte-americano, qualificando-a como “arbitrária e completamente sem fundamento”. Ele também expressou solidariedade aos ministros da Corte, reiterando o compromisso com a defesa do Estado Democrático de Direito. “A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável”, afirmou o presidente.
“Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”, declarou Lula, segundo a nota.
Segundo fontes do Planalto, a conversa entre Lula e Mauro Vieira tratou da viagem oficial que o presidente fará ao Chile na próxima segunda-feira (21). Lula participará, em Santiago, de uma reunião de alto nível dedicada à defesa da democracia. O embarque está previsto para domingo à tarde, com retorno na noite de segunda.
A medida adotada por Trump intensificou a tensão diplomática entre os dois países. Na sexta-feira (18), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, usou as redes sociais para anunciar a revogação dos vistos de entrada do ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e “aliados no tribunal”. A sanção também atinge outros ministros da Suprema Corte brasileira: Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Rubio justificou a decisão afirmando que o presidente Donald Trump “deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos”.
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