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      Lula retira Brasil de organização em memória do Holocausto que associa críticas ao governo de Israel a antissemitismo

      A decisão, segundo diplomatas, foi tomada porque a adesão brasileira à aliança ocorreu de maneira considerada inadequada durante o governo Bolsonaro

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou a saída do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), organização criada para promover a preservação da memória do Holocausto e combater o antissemitismo. A decisão, segundo diplomatas, foi tomada porque a adesão brasileira à aliança ocorreu de maneira considerada inadequada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). As informações são da Folha de S. Paulo.

      Ao mesmo tempo, na quarta-feira (23), o Brasil ingressou formalmente como parte interessada na ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), na qual o governo sul-africano acusa Tel Aviv de cometer genocídio contra a população palestina em Gaza.

      As duas medidas foram criticadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, que reagiu em publicação feita nas redes sociais na quinta-feira (24). “Em uma época em que Israel luta por sua própria existência, voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso”, afirmou o órgão no X (antigo Twitter). “Essas ações refletem uma profunda falha moral.”

      A IHRA é composta por 35 países-membros e nove observadores. O Brasil integrava a organização desde 2021 como país observador — categoria que exige participação em reuniões plenárias e, após três anos, o pagamento de uma contribuição anual de € 10 mil (cerca de R$ 65 mil).

      A aliança é alvo de críticas por sua definição operacional de antissemitismo, que, segundo seus opositores, equipara críticas ao governo de Israel a manifestações antissemitas. Para esses críticos, esse entendimento pode dificultar posicionamentos legítimos sobre ações do Estado israelense nos territórios palestinos ocupados, incluindo denúncias feitas por organismos internacionais.

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