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Lula prevê Messias com apoio maior do que Dino no Senado

Governo calcula que Jorge Messias pode obter 50 votos em sua indicação ao STF, superando os 47 conquistados por Flávio Dino em 2023

Luiz Inácio Lula da Silva e Jorge Messias (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O Palácio do Planalto avalia que a eventual indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF) deve encontrar um cenário favorável no Senado. Segundo levantamento interno, o governo calcula que Messias teria condições de conquistar cerca de 50 votos em plenário. A informação foi divulgada pelo blog de Gustavo Uribe, da CNN Brasil.

O número projetado é superior aos 47 votos obtidos por Flávio Dino em 2023, quando foi aprovado para o STF, e equivale à mesma margem conquistada em 2015 pelo atual presidente da Corte, Edson Fachin. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanha pessoalmente as articulações e deve oficializar sua escolha antes da viagem oficial à Malásia, prevista para a próxima terça-feira (21). Durante a visita, há a possibilidade de Lula se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Resistências e negociações políticas

Apesar do saldo positivo nas projeções, há pontos de resistência na base aliada. Partidos como PSD e União Brasil, que preferem o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não se mostram alinhados à indicação de Messias. O governo, entretanto, acredita ser possível reduzir as objeções, principalmente com o compromisso de Lula em considerar Pacheco para uma futura vaga na Corte, caso seja reeleito em 2026.

Na oposição, o Planalto aposta em votos de parlamentares do Podemos e do Republicanos. O perfil de Messias, que tem trânsito junto à bancada evangélica, é visto como um trunfo para atrair apoios desses partidos, considerados estratégicos para garantir maioria sólida.

Sabatina em novembro

A expectativa é de que, uma vez formalizada a indicação, a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado seja marcada para novembro. O calendário é considerado crucial para que a votação ocorra ainda este ano, consolidando mais uma nomeação de Lula ao Supremo.

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