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"Lula merece o Nobel da Paz, não María Corina", diz Florestan

Jornalista destacou que o presidente brasileiro, de fato, derrotou extremistas de direita que ameaçavam a democracia: "vergonha dar o Nobel a uma fascista"

Florestan Fernandes Júnior e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert/PR)

247 - O jornalista Florestan Fernandes Jr. afirmou neste sábado (11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria o verdadeiro merecedor do Prêmio Nobel da Paz, após o comitê norueguês anunciar a escolha da venezuelana María Corina Machado como vencedora deste ano.

 “Se existe alguém que merece o Nobel da Paz é o presidente Lula. Ele venceu na urna e, no comando da Nação, a extrema-direita que tentou um golpe de Estado no Brasil. Um grupo muito ligado a María Corina na Venezuela. Uma vergonha dar o Nobel para uma fascista”, escreveu Florestan em sua conta no X (antigo Twitter).

A mensagem do jornalista se soma a uma onda de críticas vindas de diferentes países da América Latina, após o anúncio do prêmio.

Reação latino-americana

A escolha de María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, provocou forte repercussão diplomática e política.

O ex-diretor executivo do FMI Paulo Nogueira Batista Jr. afirmou que o Nobel “perdeu credibilidade” ao premiar uma “política controlada por Washington”, em vez de reconhecer esforços por paz em meio ao conflito em Gaza.

Também manifestaram repúdio à decisão a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o ex-presidente boliviano Evo Morales.

Para a educadora venezuelana Marisol Guedez, do Observatório para Dignidade no Trabalho, Corina “não apresentou nenhuma preocupação com a paz”, e chegou a “convocar atos violentos fora dos marcos democráticos”.

Entre lideranças da base do governo brasileiro, a venezuelana foi comparada ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, assim como Corina, apoiou sanções impostas à Venezuela pelo governo de Donald Trump em 2017.

“Prêmio priorizou a política, não a paz”

O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Nobel “priorizou a política em relação à paz” ao conceder a premiação à opositora. “Não sei os critérios do Nobel. Nem ponho em dúvida as qualidades pessoais da María Corina. Mas parece que o comitê optou por uma escolha política”, disse Amorim à CNN Brasil.

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