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Lula detona Jair Bolsonaro e dispara contra Trump: "aqui quem manda são os brasileiros"

Presidente chamou Jair e Eduardo Bolsonaro de "patriotas falsos" e criticou submissão à bandeira americana

Lula durante cerimônia de abertura do 60º CONUNE – Congresso da União Nacional dos Estudantes. Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Goiás (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Em um discurso contundente durante a abertura do 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), nesta quinta-feira (17), em Goiânia (GO), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e também contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O evento estudantil se transformou em palco de duras críticas à extrema direita, à subordinação a interesses estrangeiros e à tentativa de golpe de Estado de 2023. As declarações foram registradas pela imprensa que acompanhou o ato.

Ao comentar a soberania nacional, Lula rechaçou qualquer tipo de interferência externa nos assuntos internos do Brasil e reagiu com indignação à suposta ameaça de taxação por parte de Washington caso Jair Bolsonaro não fosse libertado: "Não aceitamos que ninguém de nenhum país de fora do Brasil se meta nos nossos problemas internos". Em tom irônico, acrescentou: "Se o Trump morasse no Brasil e tentasse fazer no Brasil o que ele fez no Capitólio, certamente ele também seria julgado e poderia ser preso".

Lula também comparou sua trajetória sindicalista à ausência de habilidade de líderes internacionais em negociar, alfinetando Trump diretamente: "Tenho certeza de que o presidente americano jamais negociou 10% do que eu negociei na minha vida".

Sem citar diretamente Eduardo Bolsonaro, mas fazendo clara referência à viagem do deputado aos Estados Unidos para se reunir com Trump, Lula ironizou: "Agora manda o filho dele para os Estados Unidos: 'vai lá pedir para o Trump me absolver'. E fica abraçado na bandeira americana, esse patriota falso!".

O presidente ainda enfatizou que o julgamento dos militares envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 está sendo conduzido pelo Supremo Tribunal Federal, e não por decisão sua: "Não estão presos à toa. Estão presos porque tentaram dar um golpe, inclusive com insinuações de que era preciso matar o Lula, o Alexandre de Moraes e o meu vice".

A retórica nacionalista foi reforçada com uma convocação simbólica à recuperação dos símbolos pátrios: "Nós vamos tomar a bandeira verde e amarela. A bandeira verde e amarela vai voltar a ser do povo brasileiro. O Bolsonaro que se abrace à bandeira americana. Transfira seu título para lá e vá votar lá. Aqui quem manda somos nós, brasileiros".

O discurso de Lula, aplaudido por uma plateia predominantemente jovem e militante, ecoou como um recado político para os desafios eleitorais de 2026 e reafirmou o compromisso do governo com a soberania, a democracia e o enfrentamento ao legado bolsonarista.

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