Lula anuncia na sexta-feira novo modelo de crédito imobiliário para ampliar acesso à casa própria da classe média e baixa renda
Medida vai facilitar financiamentos habitacionais e se integrar ao Minha Casa, Minha Vida
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira (10) do lançamento do novo modelo de crédito imobiliário no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. A medida é considerada uma reforma estrutural no setor habitacional brasileiro, com foco em ampliar o acesso à casa própria para famílias de classe média e baixa renda, além de impulsionar o mercado da construção civil.
De acordo com informações do Palácio do Planalto, a iniciativa moderniza o uso dos recursos da poupança no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A proposta busca otimizar a aplicação desses valores, tornando o direcionamento mais eficiente e ampliando a oferta de crédito imobiliário. O alcance social é um dos pontos centrais da reforma: famílias que antes enfrentavam barreiras para financiar imóveis poderão ter maior acesso ao crédito, especialmente em regiões metropolitanas com alto déficit habitacional.
Integração ao Minha Casa, Minha Vida
Um dos destaques do novo modelo é a complementaridade com o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), programa habitacional relançado em 2023 pelo governo Lula. Enquanto o MCMV é voltado principalmente para famílias de baixa renda com subsídios diretos do governo, a reforma do SBPE deve ampliar as opções de financiamento para classes médias, criando uma rede mais abrangente de políticas habitacionais.
Na prática, famílias de diferentes faixas de renda poderão acessar linhas de crédito mais compatíveis com sua realidade financeira. Isso pode ampliar o impacto do MCMV, já que parte da demanda habitacional que não se enquadrava totalmente no programa agora encontrará alternativas viáveis de financiamento.
Impacto esperado no setor da construção civil
A modernização do SBPE deve trazer efeitos positivos para a economia. O setor da construção civil, que responde por milhões de empregos diretos e indiretos, pode ser impulsionado por novos lançamentos imobiliários e maior previsibilidade no fluxo de financiamentos.
Especialistas também destacam o efeito social: o Brasil ainda enfrenta um déficit habitacional estimado em 5,8 milhões de moradias, segundo a Fundação João Pinheiro. Com a ampliação do crédito e o reforço do MCMV, o governo busca reduzir essa carência e ampliar o direito à moradia digna.